O ex-governador do Ceará e pré-candidato pelo PDT à Presidência da Repúblico em 2018, Ciro Gomes,
acusa o vice-presidente Michel Temer (PMDB) de apoiar uma “escalada
golpista” contra a presidente Dilma Rousseff. Para Ciro, em entrevista
publicada neste domingo (20), na Folha de S.Paulo, caso a Câmara Federal
autorize a abertura de um processo de impeachment contra a presidente, o
país viverá “momentos tensos” de radicalização política.
“A democracia está ameaçada pelo golpismo”, afirma Ciro à reportagem,
ao estranhar o comportamento de Temer, que passou a dar palestras pelo
país. “Nunca vi um vice-presidente se mexer tanto. (…) O Temer foi dar
palestra para um movimento que está no golpe contra a Dilma e fez uma
frase que não admite dupla interpretação. Onde está escrito na
Constituição que uma presidente com 7% (8%, segundo o Datafolha) de
aprovação não se aguenta no cargo?”, diz.
Apesar de garantir que estará “na primeira fila” para defender nas
ruas o cumprimento do mandato da presidente, Ciro afirma que o
sentimento do povo, com relação ao governo Dilma, é da mentira. “A zanga
do povo não é propriamente com a corrupção, que é chocante, mas com o
sentimento de ter sido enganado. A gente votou em um conjunto de valores
e está recebendo o oposto”, avalia o ex-ministro, que sugere uma
reorganização política e uma gestão econômica coerente. “O problema é
que ela (Dilma) não tem projeto nem equipe”, ressalta.
Ao ser perguntado se pretende disputar a eleição ao Palácio do Planalto, em 2018, Ciro Gomes afirma que “não posso disfarçar”.
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