Pimentel
defende nova eleição para presidente, senadores e deputados
O senador também
criticou a aprovação da PEC 55, que congela investimentos no país por 20 anos
O senador José Pimentel (PT-CE) defendeu, nesta terça-feira (13/12), em Brasília, a realização de eleições diretas para presidente da República, senadores e deputados. “A única forma que nós temos para sair dessa crise política é uma nova eleição. Eleição geral para todos os parlamentares da Câmara dos Deputados, do Senado e para presidente da República. As declarações que estão vindo dos dirigentes da Odebrecht, não deixam outro caminho para o Congresso Nacional e para o governo federal, a não ser realizar novas eleições diretas”, afirmou.
A defesa de novas
eleições foi feita por Pimentel durante sessão do Senado em que foi aprovada,
em segundo turno, por 53 votos favoráveis e 16 votos contrários, a proposta de
emenda à Constituição que congela investimentos no país por 20 anos (PEC
55/2016). Segundo o senador “nesse momento, nós vivemos a maior crise política
do núcleo dirigente deste governo, resultado do golpe parlamentar aprovado
nesta Casa. E aqueles que defendiam o impeachment da presidenta Dilma, eleita
democraticamente por mais de 54 milhões de votos, como solução para a crise
política, faltaram com a verdade para a sociedade brasileira. Portanto, essas
lideranças deveriam ter a humildade de reconhecer que a única forma que temos
para sair dessa crise política é uma nova eleição”, ponderou.
Pimentel também se
manifestou sobre a aprovação da PEC 55. “A crise política, econômica e social
no Brasil é muito intensa. E o caminho que você escolhe para sair da crise
define o que você pretende para a nossa nação, o nosso país, o nosso Brasil.
Nesse momento, quando o Congresso aprova a PEC 55, escolhe que os mais pobres
paguem o preço da crise econômica”, considerou.
O senador voltou a
destacar os prejuízos da chamada “PEC da Maldade” e a defender que fossem
retirados do texto os dispositivos que resultarão no congelamento dos recursos
destinados à saúde e educação, além do texto que impede a aplicação da política de valorização
do salário mínimo. Segundo Pimentel, “não
é congelando o salário mínimo por 20 anos que vamos impedir ou resolver a crise
econômica”.
Para Pimentel, não é
possível permitir que apenas os mais pobres sofram as consequências da crise
econômica, enquanto os mais ricos continuam com seus lucros assegurados, por
meio das altas taxas de juros. “Todas as vezes que os banqueiros estão
satisfeitos é porque a sociedade está pagando juros acima do razoável. E o
Brasil tem hoje a maior taxa de juros do mundo. Essa situação vem desde os anos
1980. Só que agora chegou num patamar que não tem mais como manter esse
rendimento para a ‘banca’ do Brasil e daqueles que aqui operam”, concluiu.
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