Observações do Brickmann
Homens
fortes
Um levantamento
do Instituto Paraná Pesquisas chegou a um dado preocupante: 35% dos entrevistados são favoráveis a uma intervenção
militar provisória. São minoria: 59,2% são contrários à intervenção. Mas é surpreendente
perceber que 1/3 dos pesquisados esqueceram que a última intervenção militar "provisória" durou 21 anos. O Estado de
S. Paulo, em 1964, queria uma intervenção militar provisória. Os militares teriam poder absoluto por seis meses, fariam as
reformas necessárias, e entregariam o poder aos civis.
Acontece que, quando chega ao poder, ninguém gosta de entregá-lo. Os militares descobriram que era
mais fácil governar com o Congresso, na base do toma lá - dá cá, ainda mais com os congressistas amedrontados.
Experimentaram mordomias e viram que era bom. Retirá-los foi difícil. E o próprio general Eduardo Villas Bôas, comandante
do Exército, já se manifestou contra qualquer intervenção militar no Governo.
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