A viagem de Bolsonaro aos EUA ocupará um bom espaço da mídia
nesta semana, mas trará poucos resultados e muitos riscos. Um dos resultados
esperados é o acordo militar para alugar/emprestar a base de Alcântara para
lançamento de satélites. Espera-se também a criação de um fórum de discussão
de oportunidades de investimento em energia, especialmente nas áreas de
petróleo, gás e energia nuclear.
Por falar em energia e relações internacionais, na semana
passada o governo falou em abrir a extração de urânio no país a empresas
internacionais. Esse era um anátema até há pouco, pelo valor
estratégico-militar visto pelos militares no programa nuclear brasileiro. O
ministro das minas e energia disse que o país não tem recursos para explorar
suas reservas e que terá que atrair parceiros estrangeiros para tanto. Bento
Albuquerque deve estar olhando principalmente para as ocorrências associadas
a outros minerais, como aqueles encontrados no Amazonas, e para as
promissoras áreas nas proximidades de Carajás, no Pará. Reuters, Exame, DCI e Bloomberg deram a
notícia. Segundo a Bloomberg, talvez futuras usinas nucleares façam parte do
cardápio da viagem.
Em tempo: esperava-se que a viagem
de Bolsonaro aos EUA pudesse ajudar o produtor brasileiro de carne, mas o
assunto nem entrou na pauta.
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