Após cortes na educação, governo Bolsonaro enfrenta hoje 1ª greve nacional
Os cortes anunciados para a área da educação são tema do primeiro grande protesto contra o governo Jair Bolsonaro (PSL), que acontece hoje nas principais cidades de 26 estados e no Distrito Federal.
Professores, estudantes e trabalhadores da educação devem ir às ruas, desde a manhã desta quarta-feira, em defesa das universidades federais, da pesquisa científica e do investimento na educação básica.
As manifestações acontecem após o MEC (Ministério da Educação) anunciar um congelamento orçamentário que atinge recursos desde a educação infantil até a pós-graduação, com suspensão de bolsas de pesquisa oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Nas universidades federais, o bloqueio anunciado foi de 30% dos recursos destinados a gastos discricionários (como água, luz e serviços de manutenção).
Também hoje o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os cortes na Câmara. Anteriormente, ele havia apenas sido convidado para falar em uma comissão. Agora, após a aprovação no plenário, ele é obrigado a comparecer.
Centrais sindicais já haviam convocado, para a mesma data, um protesto contra a reforma da Previdência. Para Antonio Gonçalves, presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), o anúncio dos cortes fez com que o movimento pela educação ganhasse "mais corpo".
"O objetivo é barrar a política educacional do governo, reverter os cortes e ampliar o investimento na educação pública e gratuita", diz. "Não estamos hierarquizando pautas. A gente vai para a rua em defesa da educação pública e contra a reforma da Previdência."
Na avaliação de Gonçalves, o governo busca passar uma imagem de que os cortes são mera consequência do momento econômico do país --o que ele diz não acreditar ser verdade.
"É um projeto educacional que leva à maior parte da classe trabalhadora uma educação apenas instrumental, que busca inibir o pensamento crítico, e com esse tipo de concepção da educação nós não estamos de acordo", afirma.
Por envolver diversos segmentos da educação, a paralisação é encarada como uma greve, mas não deve se estender para outros dias. Ela também serve como um balão de ensaio para uma greve nacional dos trabalhadores, convocada por centrais sindicais para o dia 14 de junho.
Entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes), a ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) convocaram estudantes de todo o país a participar da mobilização de hoje.
Unidades sindicais que representam professores de escolas particulares também apoiam o movimento. Em São Paulo, colégios tradicionais como Oswald de Andrade, Santa Cruz, São Domingos, Equipe e Vera Cruz vão aderir à paralisação, segundo o Sinpro-SP (Sindicato dos Professores de São Paulo).
Também na capital paulista, universidades particulares como a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie vão aderir.
Reitores das universidades estaduais --USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista)-- divulgaram, ontem, uma carta criticando o corte dos recursos destinados às federais. O documento ainda convoca a comunidade acadêmica a "debater problemas da educação e ciência" nesta quarta.
Em Campinas, professores, funcionários e alunos da Unicamp farão panfletagem e uma passeata pela manhã, na região central da cidade.
O ato foi marcado para este período porque professores e estudantes de Campinas também vão participar da manifestação em São Paulo, à tarde. O ato está marcado para as 14h, no Masp, na avenida Paulista.
Estudantes de instituições de diferentes perfis devem se somar às manifestações. Em Brasília, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UnB (Universidade de Brasília), cuja gestão atual se define como liberal, aderiu à paralisação. A universidade foi uma das três a serem criticadas por Weintraub por promover suposta "balbúrdia".
Diversos campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) também irão paralisar suas atividades. Na unidade de Osasco, onde Weintraub foi professor até o ano passado, estudantes programaram uma panfletagem pela manhã para também participar do ato no Masp, em São Paulo.
No Rio de Janeiro, o ato terá início com aulas públicas no período da manhã na região da praça 15. À tarde, a concentração será na Candelária, palco habitual de protestos na cidade. No início da noite, será realizada uma caminhada até a Central do Brasil.
Já em Curitiba, o ato acontecerá na praça Santos Andrade, na região central da cidade.
Professores, estudantes e trabalhadores da educação devem ir às ruas, desde a manhã desta quarta-feira, em defesa das universidades federais, da pesquisa científica e do investimento na educação básica.
As manifestações acontecem após o MEC (Ministério da Educação) anunciar um congelamento orçamentário que atinge recursos desde a educação infantil até a pós-graduação, com suspensão de bolsas de pesquisa oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Nas universidades federais, o bloqueio anunciado foi de 30% dos recursos destinados a gastos discricionários (como água, luz e serviços de manutenção).
Também hoje o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os cortes na Câmara. Anteriormente, ele havia apenas sido convidado para falar em uma comissão. Agora, após a aprovação no plenário, ele é obrigado a comparecer.
Centrais sindicais já haviam convocado, para a mesma data, um protesto contra a reforma da Previdência. Para Antonio Gonçalves, presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), o anúncio dos cortes fez com que o movimento pela educação ganhasse "mais corpo".
"O objetivo é barrar a política educacional do governo, reverter os cortes e ampliar o investimento na educação pública e gratuita", diz. "Não estamos hierarquizando pautas. A gente vai para a rua em defesa da educação pública e contra a reforma da Previdência."
Na avaliação de Gonçalves, o governo busca passar uma imagem de que os cortes são mera consequência do momento econômico do país --o que ele diz não acreditar ser verdade.
"É um projeto educacional que leva à maior parte da classe trabalhadora uma educação apenas instrumental, que busca inibir o pensamento crítico, e com esse tipo de concepção da educação nós não estamos de acordo", afirma.
Por envolver diversos segmentos da educação, a paralisação é encarada como uma greve, mas não deve se estender para outros dias. Ela também serve como um balão de ensaio para uma greve nacional dos trabalhadores, convocada por centrais sindicais para o dia 14 de junho.
Entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes), a ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) convocaram estudantes de todo o país a participar da mobilização de hoje.
Unidades sindicais que representam professores de escolas particulares também apoiam o movimento. Em São Paulo, colégios tradicionais como Oswald de Andrade, Santa Cruz, São Domingos, Equipe e Vera Cruz vão aderir à paralisação, segundo o Sinpro-SP (Sindicato dos Professores de São Paulo).
Também na capital paulista, universidades particulares como a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie vão aderir.
Reitores das universidades estaduais --USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista)-- divulgaram, ontem, uma carta criticando o corte dos recursos destinados às federais. O documento ainda convoca a comunidade acadêmica a "debater problemas da educação e ciência" nesta quarta.
Em Campinas, professores, funcionários e alunos da Unicamp farão panfletagem e uma passeata pela manhã, na região central da cidade.
O ato foi marcado para este período porque professores e estudantes de Campinas também vão participar da manifestação em São Paulo, à tarde. O ato está marcado para as 14h, no Masp, na avenida Paulista.
Estudantes de instituições de diferentes perfis devem se somar às manifestações. Em Brasília, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UnB (Universidade de Brasília), cuja gestão atual se define como liberal, aderiu à paralisação. A universidade foi uma das três a serem criticadas por Weintraub por promover suposta "balbúrdia".
Diversos campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) também irão paralisar suas atividades. Na unidade de Osasco, onde Weintraub foi professor até o ano passado, estudantes programaram uma panfletagem pela manhã para também participar do ato no Masp, em São Paulo.
No Rio de Janeiro, o ato terá início com aulas públicas no período da manhã na região da praça 15. À tarde, a concentração será na Candelária, palco habitual de protestos na cidade. No início da noite, será realizada uma caminhada até a Central do Brasil.
Já em Curitiba, o ato acontecerá na praça Santos Andrade, na região central da cidade.
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