02/05/2019
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
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* Prof. Ms. Samuel André de Oliveira Neto |
VEJA AS FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO |
As
comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio) a nós
brasileiros soam em tons e cores mais acentuados, pois neste momento
começamos ouvir e ver algumas decisões no campo judiciário que afetaram a
circulação da notícia, fato este que por demais afronta a essência do
que é um direito da sociedade.
Acesso à
informação, o descortinar das verdades ou mentiras, é sim direito
fundamental da sociedade e, tudo que se opõe a essa liberdade que se
concretiza por meio da imprensa, age em dissonância às conquistas
sociais. Ressalta a importância dos lastros éticos e das pautas
criteriosas a se conduzir na imprensa nacional.
Não há
espaço mais para aviltar a consistência da sociedade que, por meio dos
seus organismos, se traduz em construção plena da democracia. Ora, mais
do que o proclamar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, aprovado pela
Assembleia Geral da ONU, em 1993, hoje há necessidade de preservarmos
esse direito que, em melhor detalhe, é pertencente à essência da vida.
Observe-se
em exemplos transnacionais o comportamento do “poder” afrontando a
liberdade de imprensa que por seu ofício esclarece e informa. Sim, os
interesses pessoais ou até mesmo corporativistas se expõem em
fragilidades quando o jornalismo atuante escreve em pautas suas
importantes ponderações.
A imprensa
compõe uma ferramenta importante para a sociedade subsistir, pois o
fundamento não se esgota somente na democracia, mas sim na existência
harmoniosa da sociedade. Porque a informação é derivativa da natureza
humana e sem isso regressaríamos ao tempo das cavernas.
Nessa
linha o Estado brasileiro deve zelar pela preservação da liberdade de
expor notícias por meio da imprensa, ajustando-a em todos os níveis dos
poderes constituídos. A nós brasileiros o alerta está sendo soado. Não
podemos mais regredir no tempo e viver nos lastros atados aos nossos
tornozelos por falta de acesso às informações, seja por ordem de quem
for.
Assertivo é
que hoje há um processo de refino nos atos de imprensa a reluzir o grau
de credibilidade das informações e é exponencial que isso não exime os
erros. Contudo, o que experimentamos dias atrás no ato decisório do STF
(investigação do próprio órgão retira revista digital “Crusoé” e o site
“O Antagonista” do ar, suprimindo os noticiários), nos leva a refletir a
ordem máxima mundial: liberdade de imprensa se opõe à censura.
O deslize
foi reconhecido e o fato corrigido face ao posicionamento da sociedade,
consolidado pelos protagonistas da notícia – a imprensa. Portanto, aqui
se acentua mais uma vez a felicidade de todos nós ao comemorarmos esta
data tão importante.
A
comunicação, a informação, o detalhamento de fatos, os indicadores
comportamentais no mundo, todo esse conhecimento faz parte da nossa
natureza. Logo, a imprensa tem papel fundamental que se inaugura na
democracia, mas vai muito além, gera melhoria continua da sociedade.
Assim,
cabe a nós desejar “o” parabéns! Siga a imprensa em frente em seu papel
fundamental de promover as notícias e trazer vida.
Samuel André de Oliveira Neto
é especialista em Direito Constitucional, professor no curso de Direito
da Fundação Santo André, mestre, consultor jurídico e mercadológico.
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Opinião
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