André
Trigueiro e a psicose ambiental: Trigueiro explica o que é uma psicose
(uma perturbação que impede a pessoa de perceber o que é real) para elencar a
destruição ambiental que o presidente e seus ministro estão provocando e
mostrar que “contrapor os cuidados ambientais ao desenvolvimento é um debate
ultrapassado desde o século passado.” Trigueiro cita Bolsonaro dizendo que
‘só veganos se preocupam com o meio ambiente’ para concluir: “Como se sabe, a
realidade não é essa. Não perceber a realidade é sintoma de um grave problema
de saúde.”
Jamil
Chade fez uma retrospectiva dos atos e frases de Bolsonaro, do
ministro do meio ambiente e do chanceler Araújo. Conta como a Amazônia, sua
floresta e seus povos virou uma grande preocupação mundial: “Hoje, em
diferentes fóruns internacionais, a Amazônia está no centro dos debates e a
questão ambiental já é o maior obstáculo internacional para Bolsonaro (...) O
Brasil pode tentar enganar a humanidade sobre sua capacidade de controlar o
que ocorre na floresta. Mas não terá como asfixiar o debate internacional.”
E termina assim: “Hoje, o maior ato de soberania que o Brasil
poderia fazer seria o de proteger a floresta, transformando-a em seu maior
ativo. Seu maior instrumento de barganha. De pé, as árvores dessa imensa
região do mundo garantirão respeito – e lucros – a uma nação em busca de um
reencontro com seu destino. No chão, aprofundarão a cova onde estará
enterrada a reputação do único país com nome de árvore.”
Herton
Escobar relata na Science a briga do presidente com os números do INPE
e a escalada que aconteceu sobre o Instituto e seu diretor. Escobar buscou a
opinião de cientistas internacionais que corroboraram o alto conceito que o
INPE tem entre seus pares. Bill Laurance, da universidade australiana James
Cook, diz que “seus dados têm sido usados há muito tempo como um barômetro
confiável do que acontece na Amazônia brasileira (...) Declarar que os dados
do INPE são mentirosos é igual a argumentar que a Terra é plana.” Douglas
Morton, da NASA, disse que “sempre fico impressionado com a habilidade
técnica dos cientistas do INPE e os cumprimento pelo esforços desbravadores
de prover as estimativas anuais do desmatamento.”
Naiara
Galarraga Gortázar diz que o Brasil de Bolsonaro se tornou o
novo vilão ambiental do planeta. Ela também discorre sobre esses primeiros meses
de governo que levaram o país à condição inédita de tomar “o lugar da China
como vilão ambiental (...), mas o gigante asiático conseguiu se livrar da
imagem de grande poluidor ao abraçar com entusiasmo o Acordo de Paris.”
Marcelo
Leite deixou transbordar ontem todo o seu mau humor: “De Ricardo
Salles, Damares Alves, Abraham Weintraub e Osmar Terra é melhor nem falar.
Com Pontes e Guedes, formam o primeiro escalão zureta da República da
Ignorância que Bolsonaro instaurou e lidera em Brasília, secundado por
Huguinho, Zezinho e Luizinho.”
Falando sobre o ataque que o ministro Pontes fez ao INPE, Leite diz
que este ataque, “para um ex-astronauta, cujo feito não foi mais que uma
viagem de turismo espacial, mais ainda, um beneficiário do complexo espacial
erguido sob as asas da Aeronáutica em São José dos Campos (CTA, ITA, INPE,
Embraer), é um acinte. Vale tudo para se manter no cargo.” Sobre Guedes,
Leite não perdoou a intenção de vender oxigênio produzido pela Floresta
Amazônica para os EUA e tornar Manaus capital mundial destas transações.
“Não, ministro, não é nada disso. O senhor caiu no conto do “pulmão verde do
mundo”, um equívoco pedestre. O erro indica que a pessoa faltou nas aulas
ginasianas de botânica.”
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