Cala-te, Bolsonaro!
Por Solange Palhano
Cada vez que o nosso Presidente vai dar uma declaração, fico ansiosa para ver a besteira que vai sair de sua boca. É incrível como Bolsonaro é cercado por assessores, ministros e nenhum tem força para orientá-lo. Em sete meses de governo, ele já declarou cada idiotice que é de deixar a população brasileira arrepiada, insegura e amedrontada. A fala de um Presidente de um país pode resultar em consequências graves. A Bolsa já despencou várias vezes, e a credibilidade para os investidores internacional também foi afetada.
A personalidade de nosso presidente mostra que ninguém consegue calar sua boca, fala o que quer e o que não deve, continuamente comete equívocos e depois do estrago volta atrás para não virar um terremoto.
As suas últimas declarações deixaram todos indignados. Bolsonaro demonstrou seu preconceito chamando de paraíba, forma pejorativa usada pelos cariocas e paulistas, pessoas nascidas em nossa região. “Paraíba” quer dizer um sujeito “brega”. Esquece que sua mulher é nordestina, quem construiu e constrói toda a sua cidade de origem, São Paulo, é a de coração, Rio de Janeiro são os “paraíbas”. A força de trabalho que contribui para o desenvolvimento destes estados são formadas por nordestinos.
Somos uma raça de heróis, que estamos sempre dando a volta por cima. Enquanto as regiões do Sul e Sudeste sempre foram privilegiadas com destinação de verbas faraônicas da União por todos governos já existente no Brasil, rebemos migalhas. Sempre fomos acusados de fomentar a indústria da seca. Isto é mentira, calúnia. Nunca quiseram resolver o problema da seca. Desde a monarquia existe o discurso eleitoreiro. O imperador D. Pedro II, em visita ao semiárido cearense, afirmou que venderia até a última joia de sua coroa, mas solucionaria o problema da seca do Nordeste. Mais de um século depois, o então presidente Lula iniciou a obra e até hoje depois de 12 anos de governo o trecho do Ceará ainda não foi finalizado.
Com toda esta crise, a fraqueza e desunião da bancada política nordestina e o desprezo dado pelo poder central crescemos muito mais que a média nacional.
Cearense quando chega em uma cidade para participar de um concurso é aprovado sempre nos primeiros lugares.
Somos um povo, bravo, trabalhador, inteligente, criativo, sofrido e hospitaleiro.
Bolsonaro, cala-te antes que seja tarde demais!
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