Educação
e desenvolvimento
Concordamos com a
ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um
direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de
constituir um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o
mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações
entendam, em primeiro lugar, que a educação não constitui um gasto, mas um investimento.
Em segundo lugar, é um investimento de longo prazo que deve expressar o
compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado Democrático, para
além das divergências partidárias das forças políticas que momentaneamente
ocupam os papéis de governo e oposição, ou seja, a educação não deve ser um
programa de Governo, mas de Estado. Ademais, deve-se buscar a articulação dos
diversos atores sociais, somando esforços de governos, setores empresariais e
trabalhistas, enfim, da sociedade em geral. Há uma evidente correlação entre os
níveis educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o
desenvolvi mento dos países. Esse entendimento levou à adoção da educação como um
dos fatores na construção do conhecido IDH – Índice de Desenvolvimento Humano,
que tem orientado as políticas públicas em vários países e constituído importante
indicador de avaliação de seus acertos ou insuficiências. Resta, pois, o passo
mais difícil — transformar a retórica em ações concretas e priorizar os
investimentos no setor educacional, nas múltiplas dimensões do acesso, da
equidade e da qualidade. Este será o caminho do desenvolvimento equilibrado,
com distribuição de renda e participação de todos na riqueza das nações – o
verdadeiro desenvolvimento humano. Devemos nos preocupar menos com a pobreza
financeira e mais com a falta de educação. P.S. Segundo Kant: “É no problema da
educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.
Gonzaga
Mota
Prof.
aposentado da UFC
Ex Governador do Ceará e meu amigo
Nenhum comentário:
Postar um comentário