Base repreende oposição e cobra que acabem os motins
Deputados da base do Governo do Estado repudiaram ontem (20), na
Assembleia Legislativa (AL), as ações recentes da movimentação que os
policiais militares têm tocado, exigindo um reajuste maior ao poder
público estadual. Um dia após confronto que terminou com o senador Cid
Gomes (PDT) baleado por arma de fogo no tórax, em Sobral, os deputados
cobraram responsabilidade de parlamentares da oposição – muitos dos
quais têm atuado como representantes dos agentes de segurança no
movimento –, pedindo ainda o fim das movimentações dos policiais.
Em meio a isso, surgem ainda acusações ao deputado federal Capitão Wagner (Pros), que não atua na Assembleia, mas que é reconhecido como um dos principais líderes da categoria no Estado e deverá ser candidato à Prefeitura de Fortaleza no pleito deste ano. O parlamentar do Pros registrou, na manhã de ontem, um boletim de ocorrência contra Cid Gomes por tentativa de homicídio aos policiais de Sobral – levando em conta que o senador avançou contra o grupo com uma retroescavadeira antes de ser atingido – e depois divulgou a iniciativa em suas redes sociais.
O deputado Salmito (PDT) lamentou a postura do deputado de oposição. Para ele, este é um claro uso político da situação: “Os deputados Soldado Noelio, Vitor Valim, o vereador Reginauro, todos do mesmo partido de Capitão Wagner, não tiveram essa postura. Ele não deveria fazer isso.” Já Elmano de Freitas (PT) questionou as prioridades de Wagner na situação: “Qual o critério que temos que vai além das paixões políticas? Para mim, o bom critério é o critério da vida”, considerou. Segundo ele, um líder se mede pela capacidade de representar as pessoas, mas também pela coragem de dizer que os seus liderados estão errados. “Lamento a postura de quem não coloca a vida como critério central de qualquer julgamento”, apontou.
O líder do governo na Casa, Júlio César Filho (Cidadania), por sua vez, lamentou um vídeo divulgado na internet pelo deputado federal Cabo Sabino (Avante) convocando a tropa da Polícia Militar a não se apresentar para a operação de Carnaval. O parlamentar parabenizou a Polícia Civil, que está nas ruas e não aderiu a nenhum movimento de paralisação. “A Polícia Civil está esperando o Delegado Cavalcante (PSL) falar alguma coisa sobre as ameaças que eles estão recebendo de pessoas mascaradas, por não estarem paralisados. Neste momento, parabenizo esse segmento, que está a favor do povo”, assinalou.
Encerramento
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) pediu, em seu pronunciamento, que os policiais encerrem os motins nos batalhões militares e voltem às ruas para garantir a segurança da população do Estado. “Ações essenciais para a comunidade estão deixando de ser executadas por esses policiais e podem resultar em perda de vidas de pessoas inocentes. Conclamo aqueles que os estão se manifestando ilegalmente: pensem bem e se importem com o bem-estar da coletividade. Deixem de lado todo e qualquer interesse político e eleitoreiro para pensar na nossa população.”
Já a deputada Dra. Silvana (PL), que em ocasiões recentes manifestou apoio à movimentação da polícia, assinalou ontem que é contra a perspectiva de paralisação dos agentes. “A população não pode ficar refém dos bandidos. Aconselho aos policiais que busquem negociação e entendimento”, acrescentou. Ela disse ainda, sobre o caso ocorrido em Sobral na véspera, que “pessoas encapuzadas atirando, para mim, são bandidos”.
Oposição
Os parlamentares de oposição falaram menos na sessão de ontem da Assembleia, em comparação a ocasiões anteriores, deixando a maior parte das declarações para a base. No entanto, Soldado Noelio (Pros), que tem despontado como o principal interlocutor no Parlamento com a categoria, chegou a subir à tribuna para criticar as colocações dos colegas, pontuando que há muita “politicagem e nenhuma proposta de solução”.
Já Delegado Cavalcante disse, sobre o caso em Sobral, que Cid Gomes “convocou seus correligionários junto com o secretário de Segurança do município para uma guerra”. “O senador destruiu patrimônio histórico, derrubou um portão e lesionou pessoas em cima de uma retroescavadeira. Para se de defender, os policiais que estavam dentro do quartel atiraram”, complementou. Ele rebateu, ainda, que Fortaleza está calma e as ações que aconteceram em Sobral foram isoladas. “Esses profissionais são pessoas de bem que estão precisando de solução”, afirmou.
Acordo
O deputado Salmito, em outra fala sua na tribuna, defendeu um acordo suprapartidário, liderado pelo Legislativo estadual, para retomar a paz no Estado. Segundo o parlamentar, como o poder que representa o povo cearense, a Assembleia precisa deixar claro que não aceita retomar diálogos e negociação enquanto a Polícia Militar não voltar ao seu funcionamento normal. “Peço a união suprapartidária dos 46 deputados desta Casa para pedir oficialmente que todos os militares voltem às suas funções, garantindo a segurança do povo cearense, para que as negociações sejam reabertas”, anunciou.
Segundo ele, a população cearense precisa ser colocada em primeiro lugar, diante de qualquer desacordo. “Divergências precisam ficar em segundo plano quando é dever e obrigação dos representantes do povo preservar a vida do povo cearense”, avaliou. O parlamentar pontuou, ainda, que a vida está acima de qualquer partido e até da democracia. “Só existe democracia para viabilizar a vida, partilhando o poder com a soberania popular.”
Em meio a isso, surgem ainda acusações ao deputado federal Capitão Wagner (Pros), que não atua na Assembleia, mas que é reconhecido como um dos principais líderes da categoria no Estado e deverá ser candidato à Prefeitura de Fortaleza no pleito deste ano. O parlamentar do Pros registrou, na manhã de ontem, um boletim de ocorrência contra Cid Gomes por tentativa de homicídio aos policiais de Sobral – levando em conta que o senador avançou contra o grupo com uma retroescavadeira antes de ser atingido – e depois divulgou a iniciativa em suas redes sociais.
O deputado Salmito (PDT) lamentou a postura do deputado de oposição. Para ele, este é um claro uso político da situação: “Os deputados Soldado Noelio, Vitor Valim, o vereador Reginauro, todos do mesmo partido de Capitão Wagner, não tiveram essa postura. Ele não deveria fazer isso.” Já Elmano de Freitas (PT) questionou as prioridades de Wagner na situação: “Qual o critério que temos que vai além das paixões políticas? Para mim, o bom critério é o critério da vida”, considerou. Segundo ele, um líder se mede pela capacidade de representar as pessoas, mas também pela coragem de dizer que os seus liderados estão errados. “Lamento a postura de quem não coloca a vida como critério central de qualquer julgamento”, apontou.
O líder do governo na Casa, Júlio César Filho (Cidadania), por sua vez, lamentou um vídeo divulgado na internet pelo deputado federal Cabo Sabino (Avante) convocando a tropa da Polícia Militar a não se apresentar para a operação de Carnaval. O parlamentar parabenizou a Polícia Civil, que está nas ruas e não aderiu a nenhum movimento de paralisação. “A Polícia Civil está esperando o Delegado Cavalcante (PSL) falar alguma coisa sobre as ameaças que eles estão recebendo de pessoas mascaradas, por não estarem paralisados. Neste momento, parabenizo esse segmento, que está a favor do povo”, assinalou.
Encerramento
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) pediu, em seu pronunciamento, que os policiais encerrem os motins nos batalhões militares e voltem às ruas para garantir a segurança da população do Estado. “Ações essenciais para a comunidade estão deixando de ser executadas por esses policiais e podem resultar em perda de vidas de pessoas inocentes. Conclamo aqueles que os estão se manifestando ilegalmente: pensem bem e se importem com o bem-estar da coletividade. Deixem de lado todo e qualquer interesse político e eleitoreiro para pensar na nossa população.”
Já a deputada Dra. Silvana (PL), que em ocasiões recentes manifestou apoio à movimentação da polícia, assinalou ontem que é contra a perspectiva de paralisação dos agentes. “A população não pode ficar refém dos bandidos. Aconselho aos policiais que busquem negociação e entendimento”, acrescentou. Ela disse ainda, sobre o caso ocorrido em Sobral na véspera, que “pessoas encapuzadas atirando, para mim, são bandidos”.
Oposição
Os parlamentares de oposição falaram menos na sessão de ontem da Assembleia, em comparação a ocasiões anteriores, deixando a maior parte das declarações para a base. No entanto, Soldado Noelio (Pros), que tem despontado como o principal interlocutor no Parlamento com a categoria, chegou a subir à tribuna para criticar as colocações dos colegas, pontuando que há muita “politicagem e nenhuma proposta de solução”.
Já Delegado Cavalcante disse, sobre o caso em Sobral, que Cid Gomes “convocou seus correligionários junto com o secretário de Segurança do município para uma guerra”. “O senador destruiu patrimônio histórico, derrubou um portão e lesionou pessoas em cima de uma retroescavadeira. Para se de defender, os policiais que estavam dentro do quartel atiraram”, complementou. Ele rebateu, ainda, que Fortaleza está calma e as ações que aconteceram em Sobral foram isoladas. “Esses profissionais são pessoas de bem que estão precisando de solução”, afirmou.
Acordo
O deputado Salmito, em outra fala sua na tribuna, defendeu um acordo suprapartidário, liderado pelo Legislativo estadual, para retomar a paz no Estado. Segundo o parlamentar, como o poder que representa o povo cearense, a Assembleia precisa deixar claro que não aceita retomar diálogos e negociação enquanto a Polícia Militar não voltar ao seu funcionamento normal. “Peço a união suprapartidária dos 46 deputados desta Casa para pedir oficialmente que todos os militares voltem às suas funções, garantindo a segurança do povo cearense, para que as negociações sejam reabertas”, anunciou.
Segundo ele, a população cearense precisa ser colocada em primeiro lugar, diante de qualquer desacordo. “Divergências precisam ficar em segundo plano quando é dever e obrigação dos representantes do povo preservar a vida do povo cearense”, avaliou. O parlamentar pontuou, ainda, que a vida está acima de qualquer partido e até da democracia. “Só existe democracia para viabilizar a vida, partilhando o poder com a soberania popular.”
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