Governadora Izolda Cela declara apoio a Elmano

 


A governadora Izolda Cela (sem partido) declarou nesta segunda-feira (26) apoio à candidatura de Elmano de Freitas (PT) ao Governo do Estado, a menos de uma semana da votação do primeiro turno. A gestora, que deixou o PDT ao ser preterida na votação interna do partido para a disputa a governador, vinha mantendo-se em silêncio sobre possíveis apoios na campanha estadual.
“Tenho muita honra de ser governadora e de ter sido vice-governadora, ao lado de Camilo. Foram muitos desafios e muitas conquistas. Agora, sigo minha consciência, pensando no melhor para o nosso povo. E o melhor para seguir esse projeto é Elmano”, diz ela em peça de campanha da coligação petista veiculada nesta segunda, reforçando ainda que conhece o candidato desde a época em que foi secretária de Educação do governo Cid Gomes. “Vejo uma trajetória pautada na defesa do povo cearense. Tenho certeza que com Elmano governador, o Ceará vai garantir as conquistas e avançar ainda mais no caminho certo em busca das vitórias que todos nós desejamos”, finaliza.
A governadora se mantinha afastada de atividades de campanha, mas chegou a ter papel definidor na escolha do nome do candidato petista. Como informou o ex-governador e atual candidato a senador Camilo Santana (PT), no início da campanha, Izolda o ajudou a definir o nome de Elmano. À época, ela já havia sido vencida na disputa interna do PDT, mas ainda não tinha anunciado a desfiliação do partido.
Nesta segunda, Camilo agradeceu “o importante apoio da querida governadora Izolda Cela” em publicação na internet. O petista, considerado hoje principal aliado de Izolda, foi governador durante todo o período em que a atual gestora foi vice. Elmano, por sua vez, reforçou a participou comum entre os dois no projeto de governo em curso: “É com muita honra que recebo o apoio da governadora Izolda Cela. Somos parceiros no projeto que revolucionou a educação no Ceará.”
Contexto
Izolda, até o mês de julho, disputava com o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio a indicação do PDT para a candidatura ao Governo do Estado. À época, ela já era governadora, tendo assumido o cargo em abril, após a desincompatibilização de Camilo para disputar o Senado Federal. A reeleição de Izolda era apoiada em massa pelos petistas e por alguns outros partidos que integravam a base governista no Ceará, mas encontrava resistência em parte do PDT, incluindo o ex-governador e presidenciável Ciro Gomes.
Em votação no diretório pedetista, os partidários escolheram o ex-prefeito para representar a sigla na disputa, de modo que Izolda não pôde se candidatar à reeleição. No dia seguinte, o PT estadual se reuniu e decidiu se afastar da aliança com o PDT – segundo disseram os petistas na ocasião, a escolha de RC foi entendida como um “rompimento unilateral” da aliança por parte do PDT.
Ao longo de todo o processo, o PT prestava solidariedade à governadora, com integrantes da sigla acusando os pedetistas de a terem negado o direito dado a todo governante de tentar se reeleger. Em alguns casos, como no da deputada federal Luizianne Lins (PT), falava-se em violência política de gênero, por podar a candidatura da primeira mulher governadora do estado.
Por outro lado, entre os pedetistas, as últimas semanas de campanha foram pautadas por acusações feitas ao Governo do Estado, recaindo sobre Izolda, de uso indevido da máquina pública para beneficiar as candidaturas de Camilo e Elmano – a campanha de Roberto Cláudio apontava que Izolda condicionava o envio de verbas de governo a um apoio explícito aos candidatos petistas. A governadora, após o ocorrido, negou as acusações e rechaçou as declarações do ex-aliado, nas raras ocasiões em que se pronunciou sobre as eleições após sair do PDT.
A imagem é um QP do vídeo em circulação no horário eleitoral.

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