Natural como vir ao mundo é se ir. A vida se renova com a morte. A morte e suas despedidas marcam o anúncio do fim e do começo. Algumas vezes o recomeço; de obra, de arte, de história, de destinos. Tudo recomeça quando a vida que se foi possa ser recontada na posteridade, desde que o bem seja legado e a saudade seja verdadeira. Poucos se dão conta dos ocasos, alguns se dão conta dos nascimentos e muitos apenas esquecem que a vida, nem sempre, mas quase sempre, tem começo, meio e fim. Há inclusive vidas nem vividas que deixam marcas e ensinamentos.
O mundo que se despede de sua Monarca, a cerca, morta, de toda a espécie que se faz de bons e maus, de maus e ruins, de portadores de verdadeiros sentimentos e de mentirosos que lhe curvam o dorso mas vendem a lembrança, num simples adereço que marcaria sua passagem por uma grande fila. Claro que tem quem fure a fila ou entre pela porta dos fundos e aí, como na grande fila há de tudo. Há emergente e sol poente, o que nos faz mostrar que a vida sempre se refaz.
O dia que vem, mostra bem isso, seja na Londres de dia claro, seja no Crato de lusco-fusco, seja na alma cinza de quem não sabe nem de sí...
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