Analistas e observadores da cena política, comentam, no dia a dia, não mais o comportamento de Ciro Gomes em relação a Lula da Silva, ou mesmo sua posição de criar a votação do PDT que escolheu Roberto Cláudio candidato do partido ao governo do Ceará. Desde o princípio, afirmam fontes, a candidatura estava as mãos de Izolda Cela que disputara o governo no exercício do cargo, logo que Camilo Santana, como era previsto, deixasse o Palácio da Abolição para disputar a vaga do senado federal, deixada por Tasso Jereissati que anunciou parar de disputar mandatos.
O que chama atenção da população e desses observadores é o comportamento, tido como agressivo da campanha de Roberto Cláudio, que não vai diretamente aos adversários mais bem avaliados, no caso de Elmano de Freitas e do sr. Wagner. O discurso tem sido dirigido à governadora Izolda, numa maratona de inaugurações e viagens pelo interior, onde obras são vistoriadas e outras tantas a nunciadas como estava previsto na planilha de Camilo,quando governador ou dela própria, no comando do Estado.
Defensores do trabalho de Izolda Celano Governo, como o senador Cid Gomes, são enfáticos na defesa da mandatária. Sempre “algodão entre os cristais” Cid Gomes usou todo seu cabedal político ficando de fora das disputas no primeiro turno, numa clara demonstração de que não comprou a posição do irmão Ciro, mas defendeu Izolda como uma “pessoa séria e de grandes serviços prestados ao Ceará”.
O embate entre os ex-aliados acentua o racha entre PT e PDT, que romperam aliança e lançaram candidaturas individuais desde que a governadora foi preterida por Roberto Cláudio na disputa pelo Palácio da Abolição. Na época, a legenda petista alegou que, ao escolher o ex-prefeito da Capital, os pedetistas provocaram “rompimento tácito e unilateral”.
Tudo começou com a chapa encabeçada por PDT e PSD denunciando “recorrente abuso de poder político e econômico” por parte dos adversários. Sendo assim, eles apresentam uma série de denúncias de “benesses” que estariam sendo ofertadas a prefeitos que apoiam Elmano como “serviços, programas e obras, contratados e executados diretamente pelo Estado”.
Além da suspensão a ação da coligação de RC pede: a proibição de celebração de aditivos e assinatura de novos convênios até a posse dos eleitos na eleição deste ano, busca e apreensão em vários órgãos do governo cearense, além da cassação dos registros de Elmano, Camilo Santana (PT) e a candidata a vice da chapa, Jade Romero (MDB).
Quem também defendeu a gestora foi o ex-governador do Ceará Camilo. Se referindo a governadora como “querida”, o petista disse que Izolda foi “atacada de forma injusta e oportunista” e, em seguida, completou: “É preciso mais respeito na política”.
O candidato Elmano, chamou a chefe do Executivo cearense de “mulher séria, honrada e competente”, acrescentando que “o povo cearense reconhece isso”. O prefeito de Caucaia, Vitor Valim (sem partido), repudiou o que classificou como “acusações levianas” contra Izolda. “Vem conduzindo nosso estado com ética e grande espírito público”, ressalta, na continuidade das avaliações sobre trabalho da governadora e sua postura político-administrativa.
Isso dá um ponto final naquilo que foi uma união de 16 anos no Ceará,iniciada em Sobral, quando Cid Gomes chamou o petista Veveu Arruda e o convidou para ser vice na chapa encabeçada por Leônidas Cristino que deixou a prefeitura pra ser Ministro o que fez Veveu ser eleito prefeito para um segundo mandato. Não tem volta, por mais que haja habilidade de Cid, avaliou uma fonte conhecida na politica de Sobral, onde viemos analisar o quadro.
(Macário Batista-Editor de Política).
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