O dia



E tem o pessoal da zanga. Na verdade, há no mundo um bocado de gente que, pra alegria do próprio mundo, é muito diferente uns dos outros. Lembra daquela velha frase...o que seria do verde se todos gostassem do amarelo? É aí que entra o pessoal que não admite ser derrotado.É o famoso...se acha. Dai que a gente pensa que o importante da manhã é o nascer todo santo dia com uma cara. Cara que não mostra humor, mas diferente. Um dia tem nuvem que parece raiva, outro dia tem nuvem que não parece nada e tem dia que não tem nuvem nenhuma. É como se a vida viesse lá do fundo do mar pra ensinar que as besteiras que se lê dos zangados, nos remetem a outra frase velha, cheia de graça, desde quando a gente era menino de calça curta; tá com raiva? Tira as calças e pise em cima. E como hoje é quinta feira, dia de comprar paçoca, cajá-umbu, rapadura preta, que não leva cal pra ficar branca e folha de jambu pra anestesiar a lingua, vou arrumar uma camisa bem bonita e descer pra feira daqui da barranca de casa, bem do ladim da igreja de N.S.da Saúde, enquanto o sol prepara um sorriso pra enfeitar o dia da turma com ódio da chibata que levou.

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