Sou mineiro. Por adoção de cidadania. mas sou mineiro. Um querido e saudoso jornalista chamado Dê Miranda, mineirinho da melhor qualidade, amante de sua terra, Congonhas que já foi do Campo, sugeriu a seus pares, na Câmara do Município e fui aprovado por unanimidade. Um orgulho que carrego na alma. Sou de Sobral, da Praça João Pessoa, nascido no número 431 e de Congonhas, nascido lá desde que aportei em 1968 para fazer reportagens para o Jornal O Paíz, assim mesmo, com Z, de cuja sucursal mineira fui chefe tão cedo. Conto essa ligeira historinha, pra dizer como sinto a vergonha alheia. O Governador Zena, de Minas Gerais, fez uma visita a uma linda cidade chamada Divinópolis. Lá, foi a uma rádio dar entrevista. Sempre bons anfitriões, como a grande maioria dos meus irmãos mineiros, o locutor que entrevistaria o Governador, ofereceu a Zena, um livro com 150 poesias de Adélia Prado, 85 anos, filha querida da cidade, prêmio Jabuti e outros festejos culturais. Zena recebeu o livro, folheou, "achou bonito". O locutor disse que era de Adélia Prado e o presente era uma lembrança por saber que ele, governador seria um grande leitor, como diz nas redes sociais lá dele. Aí, Zena, pra matar a gente de vergonha pergunta..."Ela trabalha aqui?".
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