A maior favela do Brasil já não é a Rocinha nem fica no Rio
Sol Nascente, no Distrito Federal, a 35 km do centro de Brasília, é agora o maior complexo de residências precárias do Brasil, segundo o Censo 2022
Não será propriamente a honra mais agradável de ostentar, mas o Sol Nascente, onde agora há 32.081 residências registadas - segundo dados prévios do Censo 2022, do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) - é a nova maior favela do Brasil, destronando a famosa Rocinha, do Rio de Janeiro.
Desde 2010, a favela da capital Brasília cresceu 31%, enquanto a região do Rio de Janeiro aumentou 20%, para os atuais 30.955 domicílios.
Até novembro do ano passado, a favela do Sol Nascente era considerada a segunda maior do país, com 24.441 domicílios, sendo superada pela Rocinha, com 25.742 domicílios. Mas a atualização do Censo, no ano passado, confirmou o grande crescimento da favela localizada no Distrito Federal.
Citado pela Globo, o presidente do IBGE, Cimar Azeredo, explica que o instituto considera como favela toda a área em que a ocupação se deu de forma precária. De acordo com o responsável, a diferença entre o Sol Nascente e a Rocinha é o relevo - enquanto um é mais plano o outro é "acidentado". "O Sol Nascente tem formato plano, com acesso muito mais fácil. Foi uma área 'fácil 'de fazer".
Para o líder comunitário Edson Batista, o Sol Nascente não é favela. "Somos uma cidade. Precisamos de um conjunto de melhorias para tirar essa imagem", afirma, também ao Globo.
As dez maiores favelas do Brasil, por número de domicílios:
1. Sol Nascente, Brasília: 32.081
2. Rocinha, Rio de Janeiro: 30.955
3. Rio das Pedras, Rio de Janeiro: 27.573
4. Beiru, Tancredo Neves: Salvador: 20.210
5. Heliópolis, São Paulo: 20.016
6. Paraisópolis, São Paulo: 18.912
7. Pernambués, Salvador: 18.662
8. Coroadinhoa, São Luís: 18.331
9. Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, Manaus: 17.721
10. Comunidade São Lucas, Manaus: 17.666
Do Diário de Notícias de Lisboa (PT)
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