Fortaleza: 297 anos de orgulho e constante evolução


Nesta quinta-feira, 13, Fortaleza completa 297 anos de história. Nacionalmente conhecida por ter belas praias, a capital cearense recebeu nota 9,14 dos turistas nos quesitos de satisfação e felicidade no ano passado. A pesquisa inédita foi realizada pela Secretaria Municipal do Turismo (Setfor) e revelou que fatores como os atrativos naturais foram os que mais marcaram os visitantes, sendo seguidos pela receptividade do fortalezense. Tais atrativos não deixam saudades somente aos turistas, mas também continuam habitando o imaginário daqueles que viveram na cidade e precisaram se mudar por alguma razão. “O que eu mais sinto falta em Fortaleza é passar pela Beira-Mar de carro. Quando meus pais não queriam ir direto pra casa no final do dia, a gente dirigia pela Beira-Mar para ver o movimento, os turistas e a feirinha de artesanato. Em todas as cidades que morei, ainda não achei nada equivalente a esse passeio”, relata a cearense Beatriz Maia, que atualmente vive nos Estados Unidos.

Foto: Rogério Lima

Maia conta que, ao conhecer pessoas de outros estados durante suas viagens, percebeu que o fortalezense tem uma simplicidade única. “Minha geração teve a sorte de crescer no período em que Fortaleza mais se desenvolveu, quase como se a cidade tivesse crescido junto com a gente, o que só me fez ficar mais apaixonada por ela”, orgulha-se. Para a recifense Pietra Georgia, que vive na capital desde a infância, fazer compras no Centro é um diferencial. “Quando eu estou no Centro é como se eu estivesse fazendo parte da cidade. Imersa no passado. Costumo lembrar muito das histórias de quando a minha avó ia lá. Me sinto conectada com a história de uma forma mais pura”, afirma.

Para ela, uma das características que mais chamam atenção é a organização do comércio local. “É o meu shopping a céu aberto”, brinca. Assis Cavalcante, presidente da Câmara dos Dirigentes (CDL) Lojistas de Fortaleza, ressalta que o Centro é o ponto onde nasceu a cidade, pois foi onde as primeiras famílias se estabeleceram e, em decorrência disso, desenvolveram-se as atividades econômicas. “O comércio do Centro é pujante e crescente. As pessoas que lá começaram tinham esse projeto de trazer grandes lojas e operações”, pontua. Para ele, o propósito da região, até hoje é o mesmo: gerar emprego, renda e conforto para o consumidor. “O Centro é uma grande escola, através do exemplo dos empreendedores de lá, é que nós desenvolvemos locais altamente comerciais e de vida própria como o Montese, a Monsenhor Tabosa, a Bezerra de Menezes e tantos outros”, detalha.

O desenvolvimento da cidade afeta diferentes áreas. Durante os anos da atual gestão, por exemplo, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) informa que Fortaleza ganhou 71,2 km de ciclovias, totalizando 419,2 km de faixas exclusivas distribuídas entre todas as regionais. Segundo o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil) 51% dos habitantes do município vivem a menos de 300 metros de alguma infraestrutura cicloviária. “Em Fortaleza tem uma segurança a mais por conta das faixas e isso facilita quando o passeio é feito com pouca gente ou sozinha”, relata a ciclista Erika Andrade, que costuma pedalar pela Sabiaguaba, Beira-Mar e ir até municípios vizinhos como Aquiraz. No entanto, Andrade afirma que o asfalto como um todo ainda precisa ser melhorado, uma vez que os buracos podem ocasionar acidentes. 

Nesse sentido, o motorista Thiago Falcão conta que a suspensão dianteira de seu veículo apresentou problemas no último mês devido a presença de um buraco no entorno do Lago Jacarey. “Se eu andasse cinco segundos sem sentir uma ondulação ou precisar desviar de algum buraco, já seria ótimo”, pontua. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal da Gestão Regional (Seger) informou que, no primeiro trimestre de 2023,  27.765,37 m² de ruas e avenidas de grande fluxo de veículos  receberam serviço tapa-buraco asfáltico.

Outro fator que costuma preocupar os moradores da capital é a segurança. No entanto, segundo dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, o problema vem sendo amenizado ano após ano. Em 2022, o Ceará apresentou redução de 4,6% no índice de Crimes Violentos Contra o Patrimônio. Com destaque especial para a Região Metropolitana de Fortaleza, que teve diminuição de 4,9% em comparação com o ano anterior. No primeiro trimestre de 2023, sozinha, Fortaleza também registrou redução de 25,3% no número de Crimes Violentos Letais e Intencionais em comparação com os três primeiros meses de 2022.

Por Yasmim Rodrigues

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