Sarto entrega 11º ateliê colaborativo do Projeto Costurando o Futuro, no Canindezinho

 

A iniciativa disponibiliza máquinas de costura para promover a inclusão produtiva, economia criativa e o desenvolvimento econômico do entorno


sarto cumprimenta uma costureira
Como destacou o prefeito Sarto, o projeto Costurando o Futuro desenvolve a economia local a partir da promoção do microempreendedorismo (Foto: Marcos Moura)

O prefeito José Sarto entregou, na sexta-feira (28/07), o novo ateliê colaborativo do Projeto Costurando o Futuro, no Centro Cultural Canindezinho. Este é o 11º equipamento entregue pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), que disponibiliza máquinas de costura para promover a inclusão produtiva, economia criativa e o desenvolvimento econômico do entorno. A ação conta com o apoio da Secretaria Municipal da Juventude e Rede Juv.

Como destacou o prefeito Sarto, o projeto Costurando o Futuro desenvolve a economia local a partir da promoção do microempreendedorismo. Além disso, as costureiras podem participar de feiras de negócios e cursos de capacitação em parceria entre a Prefeitura e o Sistema S.

“Este ateliê é o 11º da nossa gestão. Com esse projeto, as costureiras têm acesso a feiras de empreendedorismo e também aos cursos de capacitação feitos em parceria com o Sistema S. Neste atelie são 12 máquinas, onde as mulheres têm acesso gratuito e podem revezar o uso delas por turnos. É um projeto que desenvolve a economia local, incentiva o empreendedorismo e faz todo o entorno se desenvolver se utilizando da vocação latente de Fortaleza para a confecção têxtil”, afirmou Sarto.

A iniciativa segue a lógica de coworking, ou seja, um espaço compartilhado e colaborativo, gratuito e voltado para as atividades de corte e costura, produzido por pessoas em situação de vulnerabilidade social. Dessa forma, o território do Canindezinho, localizado na Regional 10, foi reconhecido pela SDE como um polo de produção de costura e devido à demanda existente de aluguel de equipamentos, a população passou a contar com as máquinas em sistema de revezamento.

Com a iniciativa, Fortaleza sai à frente em relação a outras capitais, não apenas pelo espaço que promove a inclusão e a independência financeira, mas por atingir principalmente mulheres que possam sofrer de violência matrimonial. As usuárias também podem trocar experiências entre si e formar uma rede de contatos. Até o momento, cerca de 20 mil pessoas já foram beneficiadas com o projeto, como comentou o secretário da SDE, Rodrigo Nogueira.

“Este é um projeto surpreendente. Várias pessoas mudaram suas vidas e já são mais de 20 mil que passaram pelos nossos ateliês. Nosso planejamento é fechar o ano de 2023 com 15 unidades e, junto com isso, já fizemos parcerias para formar consultorias e cooperativas nos ateliês para que os usuários possam vender seus produtos diretamente para o consumidor final e aumentar seus lucros”, informou o secretário.

O ateliê disponibiliza máquinas profissionais do tipo: reta, overloque, galoneira, bordado e máquina de corte. Em Fortaleza, os equipamentos estão localizados no Bom Jardim, Vila União, Ancuri, Jangurussu, Vila Velha, José Walter, Pirambu, Conjunto Ceará, Barra do Ceará e Vicente Pinzon. Parte da matéria-prima utilizada no ateliê, a exemplo de retalhos, vem de doações de empresas.

Erbene Nogueira é costureira no José Walter e contou que o projeto foi responsável por uma mudança na sua vida, trazendo mais renda e a vontade de voltar a costurar profissionalmente. “Eu já costurava há muito tempo, trabalho na confecção de bonecas. Só que eu estava com meu estoque parado, pegando poeira. Então uma amiga minha me falou do ateliê, fui lá e consegui usar as máquinas e vender meus produtos”.

“Em casa, eu faço apenas o corte, e uso as máquinas do ateliê. E é assim, você marca um horário, vai lá, leva seu material e usa tudo gratuitamente. Eu digo que é como uma colcha de retalhos, cada costureira leva um pouquinho e, no final, o projeto se completa com a união de todas e com o compartilhamento de experiências”, concluiu a costureira.

Estiveram presentes no lançamento do 11º ateliê do Costurando o Futuro os vereadores Professor Enilson, Aguiar Toba, Josivan Clube, Eulógio Neto, Neto dos Relógios, Nega do Henrique Jorge, Ana Aracapé, Moura Taxista e Professor Gerôncio. Também participaram o deputado estadual Antônio Henrique e os secretários Davi Gomes, Elpídio Nogueira, Didi Maravilha e Ubiratan Teixeira.

Próximas unidades

A previsão é de que o Cuca Mondubim também receba um ateliê do Projeto e de que até o fim do ano essa ampliação seja ainda maior. "Até o fim do ano queremos ter 15 ateliês espalhados na cidade, além de um projeto de consultoria que estamos desenvolvendo para que esses espaços se tornem cooperativas. Dessa forma, as costureiras poderão vender diretamente ao mercado, e contarão também com uma capacitação de vendas e gestão para ter um melhor fruto desse trabalho", explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Nogueira.

O projeto Costurando o Futuro faz parte de diversas outras ações da Prefeitura de Fortaleza que têm por objetivo capacitar e fomentar o empreendedorismo na cidade. Os projetos Fortaleza Capacita e Mais Futuro, por exemplo, realizam capacitações em parceria com o Senai, Senac e Sebrae, com as próprias costureiras do ateliê, para que se tornem empreendedoras qualificadas e donas do próprio negócio.

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