Toda quinta tem feira livre aqui nas barrancas de casa. Nem sei até, quando. Capaz de os riquinhos que vão morar no monstrengo aí, conseguirem , com a força do dinheiro botar a feira pra correr da calçada de seu, deles, quintal. Mas vamos tocando. Como diz o Kotscho, vida que segue. A feira de que falo e o monstrengo são ai. O monstrengo e ao pé dele , nas costas da Igreja da Saúde, no Mucuripe, a feira onde abasteço o fiteiro cá de casa, de polpa de maracujá, pronta na cara do freguês, folha de jambu que é comida de paraense, queijo do sertão, castanha de caju caramelizada, manga rosa, caju da praia, sapoti, cipó do rio e murici. A quinta, aliás, tá bonita. Andou serenando, tá com cara de chuva mas ontem, tava assim e assado, mas mei dia o sol rachava qualquer moleira mole. Se botasse a cabeça do Zema ao relento na beira mar, capaz de entrar alguma coisa menos idiota que a idiotice de seu defensor cearense, cujo nome recuso a escrever. Chega de sofrimento, por arrependimento de ter votado no miséria.
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