Sábado é dia de observador. Observador, observa. Morro de "si rir", dizia o morador de rua "Homem é Homem", no Beco do Cotovelo, em Sobral, quando encontrava comigo, já então avis rara na cidade, morando longe, indo matar saudades e saber e ouvir fuxicos novos. Ele sabia da alegria de ver e ouvir a enorme risada dele, boca desprovida de dentes, que lhe realçava os sons e emoldurava os sofrimentos de uma vida sem teto, sem banho, sem dia ou noite. Mas o Homem é Homem sempre foi honesto. Ria quando tinha que rir e dizia o que tinha que dizer, sem freios e sem faze-lo em troca do "boi" que enobrece o "faz-me rir" de quem usa do que não é dono para melhorar os ganhos. Ora, ora, ora...hoje é sábado, pra que tanta verdade? Olhe o dia, olha o dia. Logo mais passarão o moço que vende rosca do Acaraú, o moço que vende pirulito da Paupina e o outro que vende notícia...
Um pouco de Paris, neste instante, faz bem pra alma.
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