MAPA e Ematerce atuam na certificação de agroindústrias de farinha no Cariri

A farinha de mandioca é um alimento ancestral para o povo brasileiro. Sua produção e consumo teve início com a população indígena e, depois, foi incorporada ao quotidiano alimentar do colonizador. Nesse cenário, diversos municípios do Nordeste se especializaram na produção da mandioca e de seus subprodutos, como a farinha de mandioca e a fécula (goma).
Há um enclave de produção, composto por diversos municípios da região do Cariri: Salitre, Santana do Cariri e Araripe, pelo lado do Ceará; Araripina e Serolândia, em Pernambuco, e Marcolândia, no Piauí. Ali, existem casas de farinha com fabrico diário médio em torno de 400 sacos de 50 quilos e produção mensal estimada em 500 mil quilos. Com relação ao fornecimento de matéria-prima, estima-se uma área cultivada de mandioca de cerca de 60 mil hectares.
Essa produção de farinha e goma abastece todo o Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, assim como, a região norte, em especial os estados do Pará e Acre.
No Ceará, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) realiza o mapeamento e a regularização das unidades de produção dos subprodutos da mandioca. As primeiras ações envolvem a realização de reuniões técnicas com diversos atores produtivos, como associações, cooperativas, Ematerce, sindicatos rurais e secretarias municipais de agricultura.
O principal objetivo é consolidar a região da Chapada do Araripe como uma das principais produtoras de farinha de mandioca do País e dar maior sustentabilidade à uma das cadeias agrícolas mais importantes para a agricultura nordestina.
Um exemplo dessa iniciativa é o trabalho realizado junto à Prefeitura de Salitre, através da Secretaria Municipal de Agricultura. Foram cedidos alguns técnicos para assessorar ações do MAPA e da Ematerce, objetivando orientar as agroindústrias no ajuntamento e encaminhamento da documentação necessária para efetivação do registro e execução das melhorias físicas das casas de farinha.
Segundo o auditor fiscal federal agropecuário do MAPA, Francisco Leandro de Paula Neto, o primeiro desafio do Ministério é conhecer o universo e fomentar o primeiro registro das casas de farinha, que ocorre por meio de solicitação eletrônica, sem cobrança de qualquer taxa. Além disso, o MAPA preconiza a estruturação das fábricas, visando as boas práticas, como disponibilidade de sanitários, controle de pragas, qualidade da água utilizada no processo de fabrico e higiene de pessoal, dentre outros pontos. Nesse processo, é incessante o trabalho de conscientização realizado pela extensão rural (Ematerce).
Em 2024, o MAPA e a Ematerce devem concentrar ações nos municípios da região, com foco no registro dos estabelecimentos, em uma força-tarefa que ocorrerá ao longo de todo o ano e terá por objetivo registrar o maior número de casas de farinha. A meta é conscientizar os produtores sobre a importância de produzirem a farinha e a goma com processos de higiene e qualidade.
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