TV de Collor prevê calotes e diz que Globo 'abusa da boa-fé' ao não renovar

A TV Gazeta de Alagoas disse à Justiça que a Rede Globo "claramente abusa da boa-fé" ao decidir não renovar o vínculo de 48 anos com a emissora de TV da família do ex-presidente Fernando Collor — ele é o acionista majoritário.

O que aconteceu

A TV Gazeta solicitou à Justiça uma tutela de urgência para que a Globo seja obrigada a renovar contrato com a emissora por mais cinco anos. A defesa apresentou, na quarta-feira (22), uma resposta aos argumentos dados pela Globo na 10ª Vara Cível da Capital de Alagoas.

O argumento é que o contrato é essencial para a manutenção da OAM (Organização Arnon de Mello) e representa 72% do faturamento do grupo. Arnon de Mello, que dá nome à organização, foi senador, governador de Alagoas e era o pai de Collor — ele morreu em 1983.

A TV Gazeta afirma que, caso o contrato não seja renovado, toda a OAM deve ir à falência. O processo de recuperação  judicial corre em Maceió

Isso resultaria em demissão em massa e calotes de mais de R$ 100 milhões, segundo a empresa — R$ 77 milhões em débitos renegociados com a Fazenda Nacional e R$ 27 milhões com os credores inscritos na recuperação judicial. 

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