O autor se baseou em fontes primárias, que são apresentadas na publicação, entre elas arquivos de Portugal que derrubam a tese dos historiadores piauienses. “Sobre a ocupação do litoral, encontramos um documento firmado pelo rei de Portugal no ano de 1718, nomeando Domingos Machado Freire, no posto de capitão de cavalos do distrito da ribeira do Camosy [Camocim] e demais povoações, desde o rio Acaracu até o Parnayba, capitania do Ceará”, diz João Bosco Gaspar.
Em relação ao território da Serra de Ibiapaba, o livro, conforme revela ainda o escritor, descreve a Carta Régia firmada pelo rei de Portugal, de 1720, na qual, Dom João V determina que “toda a terra que fica em cima da Serra, pertence aos índios da aldeia da Ibiapaba, da capitania do Ceará-Grande”. O professor avalia como óbvio que a divisa da capitania do Piauí somente “poderia ser traçada a partir do pé da serra, das raízes da Ibiapaba”.
Para o coordenador do Celditec, Luís Carlos Mourão, que realizou parte da pesquisa, “nós já tínhamos o sentimento da população, que se considera cearense, os equipamentos públicos mantidos pelo Governo do Ceará na região, e os bens mantidos pelas prefeituras cearenses. Com os documentos históricos fechamos o ciclo. Agora, a gente pode efetivamente ter a certeza absoluta e mostrar para todos que esta terra sempre foi nossa”.
O lançamento do livro será realizado no auditório Murilo Aguiar, conduzido pelo presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PDT), e pelo presidente do Comitê de Estudos, Queiroz Filho (PDT).
Livro sobre pesquisa a respeito de divisas CE/PI será lançado hoje (11)
O Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec) da Assembleia Legislativa do Estado (Alece) lança, nesta segunda-feira (11), às 9h30, o livro “Análise Histórica das Divisas Cearenses: caso do litígio de terras entre o Ceará e o Piauí”, de autoria do professor João Bosco Gaspar, membro do Celditec.
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