Sobre armar o cidadão comum..
Emilia W. R. Silva
Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que armas na mão da população civil não foi, nem nunca será, fator de aumento de segurança. Para cada uma pessoa que consegue se defender por portar uma arma haverá incontáveis outras pessoas que matarão ou morrerão pela posse da arma, seja por conta de acidentes, seja porque o ladrão tomou a arma do cidadão e o matou com ela, seja porque o detentor da arma matou um inocente ou assassinou alguém em uma briga de trânsito, de bar, ciúmes ou por outro motivo estúpido qualquer que na hora pareceu ao portador da arma algo gravíssimo, seja porque em um momento de desespero que teria sido superado em poucas horas alguém que tinha uma arma se suicidou, seja por inúmeras outras situações que a morte matada ou morrida teria sido evitada se o sujeito não portasse uma arma. O saldo de mortes inúteis, desnecessárias, que inclusive trazem graves transtornos principalmente para os portadores das armas é tremendamente negativo. Incomparavelmente maior do que os casos em que a posse da arma evitou um roubo ou uma morte.
Quem saiu ganhando com os decretos de liberação desenfreada de armas feitos pelo inelegível obviamente foram os bandidos, o crime organizado, aí incluídas as milícias desde sempre apoiadas pelo ex-presidente. E é óbvio que o motivo dele para liberar as armas foi abastecer o crime, seja o organizado, seja o desorganizado.
No fundo, todos sabem disso. Mas, sabe-se lá porque, ninguém se atreve a dizer.
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