Autoridades cearenses repudiam ataque contra o Fortaleza
Do Executivo ao Legislativo, políticos e instituições do Ceará reagiram ao episódio de violência sofrido pela equipe do clube
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT),chamou de “triste” e “lamentável” o ataque e prestou solidariedade aos atletas, comissão técnica, diretoria e ao CEO do clube, Marcelo Paz. “Futebol não combina com episódios de violência como este”, disse pelas redes sociais.
Quem também se pronunciou sobre o episódio foi a governadora Raquel Lyra (PSDB), de Pernambuco, estado do Sport e onde o atentado ocorreu. “O futebol é uma paixão nacional e deve sempre unir as pessoas, jamais ser palco para atos violentos. O episódio com o time do Fortaleza é lamentável e será apurado com todo vigor. Como torcedora e pernambucana, fico triste e envergonhada”, escreveu. Ela garantiu que trabalhará para buscar e punir os culpados. “As pessoas responsáveis por esse ato não são torcedores, são criminosos. Futebol e violência não devem se misturar jamais”, concluiu.
O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado Evandro Leitão (PT), que já foi presidente do Ceará Sporting Club, prestou solidariedade à delegação do Fortaleza e desejou recuperação aos feridos. “Futebol é espaço para diversão e alegria, não combina com episódios como este. Que os responsáveis sejam identificados e punidos o mais rápido possível”, publicou.
Na Alece, os deputados estaduais aprovaram de forma unânime requerimento de Fernando Santana (PT) pedindo providências ao Governo de Pernambuco para apurar e punir os responsáveis pelo ataque.
Na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), vereadores como Lúcio Bruno (PDT), Adriana Almeida (PT) e Léo Couto (PSB) utilizaram a tribuna para apoiar a delegação do Fortaleza e repudiar os atos, pedindo providências em relação à violência sofrida pelos atletas.
Projeto de lei
O deputado federal Domingos Neto (PSD) anunciou que apresentou uma proposta à Câmara dos Deputados para ajudar a combater a violência no esporte. “Protocolei o Projeto de Lei nº 388/2024, que mira em endurecer as penalidades para atos violentos em eventos esportivos”, afirmou.
A proposta estabelece penas mais duras, com reclusão de um a dois anos e multa, para quem promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir locais restritos. Além disso, possibilita converter a pena de reclusão em proibição de comparecimento a eventos esportivos, por um a quatro anos, dependendo da gravidade da conduta. Também promove mudanças no Código Penal, especialmente em relação à participação em rixas, com penalidades mais severas em contextos esportivos.
Medidas
O Ministério Público do Ceará (MPCE) publicou nota de repúdio ao atentado contra a equipe do Fortaleza e informou que adotará “as providências cabíveis a fim de que os envolvidos no atentado sejam devidamente punidos”, trabalhando junto com o MP pernambucano.
“Ao lado do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE), o órgão acompanhará as investigações para identificação e posterior punição dos responsáveis pelo ato criminoso. O MP também acionará Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que, no âmbito da Justiça Desportiva, sejam aplicadas punições ao Sport Club do Recife e às torcidas organizadas possivelmente envolvidas no ato de violência”, diz o texto. O MP Estadual ainda estuda a possibilidade de impedir a presença da torcida visitante do clube pernambucano em jogos ocorridos no Ceará até que os incidentes em questão sejam elucidados.
Legenda: Proposta do deputado cearense Domingos Neto endurece punição a atos violentos em eventos esportivos
Foto: Câmara dos Deputados
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