Da coluna de hoje do jornalista Fernando Maia no jornal OEstadoCe


Polarização às favas
Na política, ensinava o governador-sertanejo Manuel de Castro, há coisas que, com certeza, não foram invenção e Deus, e uma delas é a inimizade. Por conta disso, já tivemos, no nosso Ceará casos de inimizade política que resultaram em banho de sangue. A expressão polarização política ainda não havia sido bolada pelos jornalistas e analistas que cobrem essa atividade. Entretanto, bastou que a inimizade política desse entrada no Brasil, com os políticos Jair Bolsonaro transformando um pleito presidencial numa briga de foice. Aqueles que se transformaram em adeptos fanáticos do ex-presidente e do atual presidente, Lula e Bolsonaro fazem hoje da polarização o seu comportamento característico. Entretanto, como se vê, há exceções que tornam mais alto o nível da atual campanha. Um exemplo a ser seguido é o caso o deputado Júnior Mano, do PL. Quem tem acompanhado os passos o jovem parlamentar, já tem confirmado que ele tem rejeitado, em toda essa pré-campanha para as Prefeituras e Câmaras Municipais a prática condenável da polarização. Para tanto, em vez de forçar a barra para impor candidaturas apena do PL, sigla de Bolsonaro, ele já fechou dezenas de alianças partidárias e contribuiu para o lançamento de várias candidaturas do PT, PSD, PDT, PP, PSB e Republicanos. Como se empenha, não só para unir partidos e lideranças que, no futuro, deverão estar ao seu lado, o que não ocorreria se ele fizesse da campanha atual um “show” lastimável como o de 2022, em que candidatos que não Lula ou Bolsonaro foram triturados.

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