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Na semana passada, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tuitou: "Imagina o que seria do Brasil e dos brasileiros com Lula presidindo-o na pandemia!".
vou imaginar, Eduardo, mas, antes, vamos começar imaginando como seria o desastre no Rio Grande se o golpe de seu pai, denunciado pelos ex-chefes do Exército e da Aeronáutica, tivesse dado certo.
Nesse cenário, e só nele, Jair Bolsonaro ainda seria presidente em 2024.
Quando as enchentes começassem, Jair negaria a existência de enchentes e as chamaria de "chuvazinha". Em suas lives de quinta, divulgaria teorias da conspiração sobre como a China causou a enchente. Com base em uma estimativa de Osmar Terra, afirmaria que menos chuvas cairiam no Rio Grande em 2024 do que no ano anterior. Ao lado de Paulo Guedes, declararia que a evacuação das áreas inundadas seria completamente desnecessária e atrapalharia a economia.
Jair declararia guerra a Eduardo Leite e Sebastião Melo por tentarem resgatar vítimas da enchente, como fez com Doria e suas vacinas. Não visitaria os desabrigados, não choraria pelos mortos. Ao invés disso, faria piada imitando um gaúcho se afogando, e, diante da indignação popular, diria: "Querem que eu faça o que? Não sou salva-vidas".
Em cadeia nacional de rádio e TV, Bolsonaro afirmaria que os afogados deviam ter algum problema de saúde preexistente, porque só isso os impediria de vencer a correnteza a nado, o que ele, com seu histórico de atleta, faria com facilidade. (por Celso Rocha de Barros, Folha)

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