Coluna do Macário Batista em 18 de junho de 2024

 


Santa Casa deve dinheiro à maior organização criminosa do Brasil
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) deve 200 mil reais (cerca de 40 mil euros) ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil, revelou um gestor da MCE, a empresa de jogo comprada no Rio de Janeiro pela SCML. O PCC, cuja principal fonte de rendimento tem sido o tráfico de droga, terá dezenas de milhares de membros no Brasil e noutros países, incluindo Portugal. A notícia é avançada pelo Expresso, que teve acesso a um documento entregue à SCML. Numa reunião referida nesse documento, um novo representante no Rio de Janeiro da administração da SCML, na altura ainda liderada por Ana Jorge, foi confrontado com a necessidade de se resolver a dívida e com o facto de o crédito estar relacionado com uma operação da MCE em São Paulo, onde o PCC está mais presente. O representante da SCML pediu a um funcionário da MC E para colocar a informação escrita num email, de forma a fazer o problema chegar aos seus superiores em Lisboa, mas o gestor da empresa de jogo não acolheu bem o pedido. “Não dá para registar isso, não é?”, ripostou. Refira-se que Ana Jorge já tinha denunciado um conjunto de irregularidades ao Ministério Público português, depois de ter encomendado à consultora BDO uma auditoria forense e financeira sobre as atividades da Santa Casa Global, a subsidiária criada para concentrar todos os investimentos internacionais da SCML. Ainda com a auditoria numa fase inicial, a então provedora remeteu elementos para a Procuradoria-Geral da República, para o Tribunal de Contas e para a ministra do Trabalho e da Segurança Social, que tinha a tutela da Santa Casa, Ana Mendes Godinho. A versão final da auditoria forense foi entregue à SCML no início do m&ec irc;s passado, mas nada consta no relatório sobre o PCC. O PCC decidiu entrar no mercado do jogo de azar há mais de uma década, de forma muito discreta, com o objetivo de lavar dinheiro produzido pelo tráfico de droga, numa rede que chegou a abranger uma rede de 42 cassinos clandestinos na região de São Paulo e cinco em Fortaleza, além de pontos de venda do jogo do bicho, uma bolsa de apostas ilegais muito popular no Brasil.
A frase: "Falar de touros não é a mesma coisa que entrar na arena". Dizem os espanhóis.
É muita gente (Nota da foto)
Em todos os 184 municípios cearenses 1,46 milhão de beneficiárias do Bolsa Família começam a receber os repasses de junho nesta segunda-feira, dia 17. O cronograma de pagamentos é escalonado, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS), e segue até o fim do mês. O valor médio do benefício no Ceará é de R$ 677,25, a partir de um investimento de R$ 991,5 milhões do Governo Federal. Se juntar o Fome Zero...
Tabajara
Povo indígena promete luta e 'sangue' para não trocar CE pelo PI
"Combinaram de nos matar. Combinamos de não morrer." Essas duas frases estavam em um cartaz pendurado na mesa montada no último dia 24 de maio para uma audiência pública no município de Poranga (CE), onde vivem os índios Tabajara, que estão lutando para não serem "levados" para o Piauí.
ANO DE 1720 -
OS ÍNDIOS DA SERRA DA IBIAPABA DIZEM QUE "ANTES QUEREM MORRER, QUE VIVER NO PIAUHY". Encontra-se registrada nos Arquivos de Portugal, uma Resolução do Conselho Ultramarino, onde os índios da Ibiapaba manifestam seu repúdio ao Decreto Real, que mandava anexar a aldeia da Serra da Ibiapaba ao Estado do Maranhão: “(...) e finalmente, se vissem que sendo a sua aldeia anexada a capitania do Piauhy e ao de estar sujeitos ao Maranhão, a qual sujeição lhes aborrecem tanto que dizem que antes querem morrer do que viver nela; e porque a consideração de tudo isso poderá causar neles a resolução que se tem, de largarem a aldeia e fugirem para as mais remotas serras dos sertões para nunca mais serem vistos, com perda de suas almas (...). P[revine] a Vossa Majestade, que para evitar a ruina de tantas almas, seja servido de suspender a execução do dito decreto, ordenando ao governador de Pernambuco e capitão mor do Ceará, que assim a façam, ficando a aldeia como até agora estava, anexada a capitania do Ceará e sujeita ao governo de Pernambuco (...)”. Fonte: Arquivo Histórico Ultramarino de Portugal - Códice nº 266, anos 1712-1749, p. 109. Por João Bosco Gaspar.
Debaixo do cajueiro
A área onde hoje está a aldeia Cajueiro, com 5 mil hectares, está no olho do furacão: poderá mudar de estado, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) acolha pedido do Piauí, que disputa desde 2011 com o Ceará a posse sobre uma área de 2,8 mil km².

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