Após fala polêmica em entrevista, prefeito se explica e nega acordo com facções
Após repercussão negativa de uma declaração polêmica sobre estar “trabalhando com CV (Comando Vermelho) e com PCC (Primeiro Comando da Capital)”, ambas conhecidas organizações criminosas, o prefeito de Santana do Acaraú, Francisco das Chagas Mendes (PSB), conhecido como “Meu Deus”, negou ter qualquer acordo com essas organizações. Em uma entrevista no último final de semana para a rádio Coqueiros FM, de Sobral, o gestor falava sobre a falta de oportunidades para crianças e jovens, sobretudo quanto à educação e trabalho, e a relação dessa falta de oportunidades com o avanço do crime. Então, ele começou a falar das ações na sua gestão nesse tema. “Em Santana, nós tratamos diferente, o bem venceu o mal. Hoje nós estamos com pessoas que a sociedade de Santana poderia não aceitar esse povo. Meu Deus simplesmente abriu as portas da Prefeitura e disse: ‘Tá aqui. Querem trabalhar? Nós temos trabalho’. E hoje estamos trabalhando com CV, com PCC, porque são humanos. Não quero saber qual é a sigla, quero saber se são humanos e eles merecem viver com dignidade, como cidadãos e assim está sendo feito”, declarou o prefeito na entrevista. Após dar a entender uma suposta ligação com as organizações criminosas citadas, o prefeito publicou uma nota para se explicar. Meu Deus afirmou que suas palavras foram tiradas de contexto e que nunca fez qualquer acordo com essas organizações. “Nunca fiz qualquer acordo com organizações criminosas e nem farei. Muito pelo contrário, eu sofri ameaças de facções, quando fui buscar a instalação de uma Batalhão do Raio em nossa cidade. Não compactuo com qualquer tipo de crime, nem faço qualquer tipo de acordo com facção ou faccionado”, disse o gestor. “Em minha administração, eu busco humanizar as pessoas mais carentes de nossa cidade. A população mais carente sofre com as organizações criminosas e eu busquei tirar pessoas, faccionadas ou não, desse sofrimento através da oferta de esporte, educação e emprego. Não faço distinção de qualquer pessoa. Todos merecem respeito e amor”, completou.
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