Resultado será divulgado nesta terça-feira e confirmará projeções mais otimistas
Depois de seis meses de estabilidade, a economia brasileira voltou a crescer no primeiro trimestre de 2024, segundo estimativas de economistas para os dados do PIB (Produto Interno Bruto). Os números oficiais serão divulgados na terça-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As projeções coletadas pela agência Bloomberg mostram expectativa de crescimento de 0,5% a 1% no período, em relação ao trimestre imediatamente anterior. A mediana das projeções é de 0,7%, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
Para o ano, as projeções indicam um crescimento próximo de 2%, abaixo dos cerca de 3% observados em 2022 e 2023, mas com um resultado menos dependente da agropecuária. Economistas esperam que os números do IBGE mostrem um crescimento disseminado entre os três grandes setores econômicos, com destaque maior para a agropecuária nos três primeiros meses do ano. Pelo lado da demanda, os destaques positivos devem ser o consumo das famílias e os investimentos, enquanto o setor externo deve ter uma contribuição negativa, com importações crescendo acima das exportações.
O início de 2023 foi marcado pela melhora no mercado de trabalho, antecipação de pagamentos de precatórios e do 13º para beneficiários do INSS, reajuste de benefícios vinculados ao salário mínimo e queda dos juros, fatores que contribuíram para o aumento da renda e do consumo. No entanto, um fator de incerteza para os trimestres seguintes são as enchentes no Rio Grande Sul, que devem impactar negativamente os dados do PIB no segundo trimestre, embora se esperem efeitos positivos da reconstrução da região até o final do ano.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) indica crescimento de 0,7% no primeiro trimestre, com Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, afirmando que esses resultados representam uma mudança em relação ao ano passado. O instituto espera resultados positivos para o PIB em todos os trimestres de 2024, mesmo com o impacto das enchentes no Sul. No entanto, a antecipação de gastos no primeiro semestre pode afetar o crescimento na segunda metade do ano.
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