Era 1981, do século passado, claro. O Brasil vivia (até hoje sofre por isso)uma proibição "religiosa" contra jogos, especificamente cassinos, fechados a pedido da mulher de um presidente ai. Ela, super religiosa, pediu, ou mandou, ao marido proibir os cassinos no país, desempregando artistas, músicos e um mundaréu de pessoas. Isso dura até hoje. Nem o Congresso, nem a Presidência, ninguém, chegou perto de fazer voltarem os cassinos embora a Nação seja uma imensa mesa de jogos de azar, desde o jogo do bicho que em Fortaleza tem 9 extrações diárias, transmitidas pelo rádio e pela televisão, até as sofisticadas bets. Pois bem; paladino da defesa da volta dos cassinos, um senhor chamado Ciro Batelli largou-se Brasil a dentro a "vender" a ideia. Encontrou um mundaréu de portas fechadas, principalmente na imprensa. Incluindo o Ceará. Bateu às portas da TV Verdes Mares onde espaços seriam restritos no noticiário. Só que tinha um jornal sério, de meia hora pela manhã chamado Bom Dia Ceará, então apresentado por Ruy Lima e tendo como parceiros de entrevistas e comentários, Egídio Serpa, Dorian Sampaio, Nelson Faheina, Sérgio Pinheiro e um editor que ainda hoje quebra regras. Ciro Batelli foi pro Bom Dia Ceará, vendeu seu peixe por 8 minutos e todos ficaram sabendo que os cassinos queriam voltar ao Brasil. Ciro Batelli morreu recentemente nos Estados Unidos, em Las Vegas, onde tinha um cassino, sem ver seu sonho brasileiro de pano verde em hotéis e estâncias. O editor está vivo. Sou eu.
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