É como se aqui não tivesse o alfabeto gay

 


Eleições 2024

Orientação sexual e identidade de gênero são mapeadas pela primeira vez
São Paulo, Minas, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná são os estados com mais candidaturas LGBT+, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na primeira vez em que foi possível incluir a orientação sexual e identidade de gênero no registro das candidaturas para as eleições brasileiras, o site do TSE divulgou, nesta segunda-feira (19), que ao menos 3.371 pessoas LGBT+ participarão da disputa eleitoral municipal em outubro no Brasil. São 1.045 gays, 645 lésbicas, 450 bissexuais, 190 assexuais e 73 pansexuais. 968 pessoas se declararam transgêneras no quesito identidade de gênero, e 344 pessoas optaram por se candidatar com nome social.
São Paulo é o estado com o maior número de candidaturas LGBT+, 528 no total. Minas aparece em segundo, com 470 candidaturas. Bahia, em terceiro, com 291 pessoas candidatas, Rio Grande do Sul em quarto, com 256, e Paraná em quinto, com 193 pessoas no páreo eleitoral.
Para assumir prefeituras, se candidataram 19 gays, 7 pessoas bissexuais, 3 assexuais, 1 pansexual e uma lésbica. 17 lideranças trans disputam o executivo, sendo 7 prefeituras e 10 vice-prefeituras.
“Há 10 anos, a gente contava nos dedos as lideranças políticas que se declaravam LGBT+ publicamente. Hoje a gente pode ver mais de 3300 lideranças, que não só declararam sua identidade LGBT+ para um órgão oficial do estado, mas também concordaram em deixar essa identidade pública. É muito significativo que quase um terço das candidaturas LGBT+ seja composto por lideranças trans”, comemora Gui Mohallem, diretor da ONG VoteLGBT.
Das 457.348 pessoas que registraram seus nomes para as eleições das Câmaras Municipais e prefeituras em todo o Brasil, cerca de 31,57% (144.377) optaram por divulgar sua orientação sexual à Justiça Eleitoral, uma novidade deste pleito. 98,27%, no entanto, se identifica como heterossexual. Na eleição anterior foram mapeadas 556 candidaturas dessa categoria, segundo levantamento independente publicado no relatório A Política LGBT+ Brasileira, entre potências e apagamentos, da ONG VoteLGBT.
Apesar do aumento significativo, essas postulações da comunidade LGBT representam apenas 0,52% do total de candidaturas registradas em 2024.

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