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Aliado do Capitão aponta estratégia de conquistar votos de indecisos

Sobre a disputa pela Prefeitura de Fortaleza, vice-líder do União Brasil avalia que última semana da campanha deverá ser decisiva
Correligionário de Capitão Wagner (União Brasil), o vice-líder do União Brasil, deputado estadual Felipe Mota, avalia que a última semana deverá ser decisiva na eleição pela Prefeitura de Fortaleza, com destaque para a busca dos votos de eleitores indecisos. O parlamentar foi questionado pelo O Estado sobre o atual momento da candidatura do aliado.
Capitão Wagner iniciou a disputa com ampla vantagem em relação aos outros candidatos, segundo as primeiras pesquisas de intenção de voto. No entanto,  a disputa foi ficando cada vez mais acirrada, com a pontuação do Capitão reduzindo ao passo que a dos adversários subiam. Último levantamento divulgado nessa terça-feira (24) apontou que o Capitão na quarta posição, com 20,8% das intenções de voto, atrás de André Fernandes (PL), Evandro Leitão (PT) e José Sarto (PDT). Além disso, o candidato do União Brasil foi o único dentre esses quatro a cair nas intenções de voto, perdendo 1,2 pontos percentuais. Pesquisa foi realizada pela Atlas/Intel.
Mota minimizou os números, considerando que representam “registro do momento” e que “muitas coisas ainda vão ocorrer nas estratégias de cada campanha”. Ele avalia que o eleitor de Fortaleza tem “tradição" de decidir o voto na última semana antes da eleição. A aposta dele é de que ainda há muitos eleitores indecisos cujos votos ainda precisam ser conquistados.
“Nós precisamos agora, com muita transparência, verificar, acompanhar e pisar no acelerador. Nós precisamos de rua, quem quer ir para o segundo turno não pode parar, não pode verificar pesquisa. A gente precisa pisar no acelerador e ir para a rua para pegar o voto no indeciso”, afirmou Felipe Mota nessa terça-feira (24) ao O Estado.
Para o deputado, os candidatos com chances de ir para o segundo turno da eleição precisam agora buscar esses votos dos indecisos e avaliar qual é a tendência desse grupo. “Temos que verificar onde está a vontade dos votos indecisos, se é para um projeto conservador, de extrema-direita ou de extrema-esquerda”, disse Mota. “Eu acredito fielmente que a última semana da campanha é que vai ‘decidir’ o eleitorado de Fortaleza, mais uma vez”, completou.
Votos da direita
O deputado Felipe Mota também falou sobre a migração de votos entre os candidatos do campo de centro e direita em Fortaleza. É o caso de Capitão Wagner (União Brasil), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo). Desde o ano passado, esses três discutiam nos bastidores uma possível aliança em torno de uma candidatura da direita ainda para o primeiro turno da eleição, mas nenhum recuou nas suas candidaturas. Uma possível desvantagem seria a de que os votos do eleitorado mais à direita ficasse dividido, “enfraquecendo” assim cada uma dessas candidaturas.
“Os eleitores do André, do Girão e do Capitão convivem e conversam. Existe esse convívio do eleitor ligado à centro-direita e os votos podem migrar”, afirmou Mota. Ele ainda avalia que o Capitão pode receber votos de Sarto; o que não ocorreria com André.
Mota também considera como importante nessa reta final de campanha o fator do “voto útil”, quando o eleitor decide investir o voto em um candidato que não seria sua primeira opção mas que teria mais chances de vencer outro candidato que aquele eleitor não quer que vença. Ele lembrou os votos de Eduardo Girão, que, na avaliação dele, podem migrar para Capitão ou André.

Por Igor Magalhães

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