Opinião

 Pesquisas viciadas e debates vazios

O país é mais uma vez bombardeado pela “pandemia” de pesquisas se repetindo em ritmo crescente a cada pleito. Essa atividade nos Estados Unidos na campanha Kennedy x Nixon, quando apenas dois institutos consultavam o eleitorado, foi implantada no Brasil, pelo IBOPE que se destacou nesse campo. Hoje somente no Brasil, ao que se sabe, nascem institutos da noite para o dia em cada bairro e em cada esquina, desprovidos em sua quase totalidade de capacitação técnica e, o que é mais grave, servindo para encher as contas de aventureiros trapalhões em busca de dirigentes partidários de candidatos fáceis de cair em suas armadilhas, através das quais eles multiplicam ou reduzem as vantagens, tudo dependendo da grana recebida. Nos mais recentes pleitos outra “atração”, também crescente, vem atraindo a atenção, não só dos envolvidos diretamente, assim como dos telespectadores, ou dos rádios-ouvintes. Quem se recorda do famoso debate que deu a vitória a Kennedy sobre Nixon, teve chance de testemunhar um confronto de alto nível que resultou na vitória do candidato democrata. Os debates de hoje, que seriam a grande chance para os candidatos exporem seus projetos não passam de “ringues” onde adversários políticos transformados muitas vezes em inimigos, esvaziam seu tempo para trocar exposições de pecados mortais e veniais. Não admira que muitos candidatos e espectadores percam o gosto por elas. Lamentavelmente aqui no Brasil quando se esperava que pesquisas e debates fossem atos educativos, ocorre exatamente o oposto.

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