Coluna do Macário Batista para 08 de outubro de 2024

As voltas que o mundo dá
É costume ouvir o bumbo grande tocar pros menores seguirem. No Ceará é meio diferente. O que toca no bumbo menor (?) pode dar o tom e o ritmo para o bumbo grande. Exemplo de tocar,é a política de Sobral pra Capital.
Corriam-se as vésperas da primeira eleição de Ivo Gomes para prefeito de Sobral em 2016, ainda com sinais apertados das sondagens internas, nos quais o então adversário Moses Rodrigues ameaçava apear o grupo FG do famoso 5º andar da Paço Municipal, quando Cid Gomes, à época sem mandato, disparou: “acho que talvez seja mesmo o caso de perdermos pra esse grupo, e os sobralenses sentirem na pele a diferença do nosso trabalho”. Pois bem, eis que se passaram 8 anos, Ivo Gomes prefeito, a frente duma gestão que muitos dizem irretocável do ponto de vista administrativo, plena de realizações e entregas, mas ao mesmo tempo imensamente insensível no que concernia o relacionamento dele e sua gestão, com os reclamos de quase toda cidade. Sim, entregou muito. Sobral é uma cidade do ponto de vista urbanístico sem igual, em matéria de comparação com suas médias no âmbito do Ceará, e mesmo do Nordeste. O aspecto limpo, ordenado e bem cuidado das suas ruas, praças e demais logradouros é digno das cidade ricas do interior paulista. Escolas, postos de saúde, centros de referência de apoios social e psicossocial - os CRAS - a iluminação pública, a pujança dos negócios, bares, lojas e restaurantes; o mercado imobiliário bombando, novos bairros e condomínios pipocando aos quatro cantos da cidades, só de imensos centros atacadistas são 3 novos equipamentos, todos de bandeira nacional e até multinacional; tudo isso fazia crer que a sucessão de Ivo, no caso a eleição de sua candidata Izolda Cela, fosse um passeio no parque (e Sobral tem parques urbanos que nem se imagina por essas paragens). Pois bem ! Decorridos 28 anos, desde a eleição de Cid, seu irmão e criador do método e inspirador do processo gerencial que se desenvolveu por ali, a população de Sobral parece que se enfadou do modelo. Algo como se dissesse, assim. “Tá bom de filé, hoje eu quero comer é tripa de porco assada !”. E assim, foi. Sentindo o cheiro de queimado, lá por março ou abril, Ivo desistiu de indicar seu chefe de gabinete como seu sucessor. Um bedel seu, o qual imaginava eleger pra seguir sob o comando de fato. Assim, resolveu jogar pesado e convidar Izolda Cela. Ela, a ex governadora e então vice-ministra do MEC. A mulher que entende tudo de educação, e não é governadora do estado hoje, por um capricho doidivanas do doravante irrelevante Ciro F Gomes. Tinha tudo pra dar certo. Izolda faria uma campanha limpinha, educada que só ela, sem ataques, sem firulas, sem sequer pronunciar o nome do adversário. Deu tudo errado. E a causa ? Ora a causa foi justamente a esnobe empáfia de Ivo, achando-se acima do bem e do mal; e em crer que sob seu estofo de realizações, era possível instituir uma taxa de lixo, dentro da conta d’água, que simplesmente dobrava a fatura do precioso líquido. Sim, quem tinha uma conta do SAAE local de 100,00 reais, viu a danada dobrar da noite pro dia, sob viso de fazer cumprir a regra legal do tal Marco do Saneamento - que faculta, apenas faculta, não obriga - aos prefeitos fazerem cobrar da população os encargos da limpeza urbana. Pois bem, mais uma vez. A oposição pregou na testa da candidatura de Izolda que ela era a “mãe da taxa do lixo”, que ela seria a co-responsável pelo pesado fardo, que em caso de inadimplência corria-se o risco, inclusive, de ter o serviço de água cortado, uma vez que tal fatura era atrelada diretamente ao consumo, ao “papel da água”. Afora tudo isso, a campanha foi confiada a uma coordenação geral caótica, não se sabe por motivos quais, comandada por um suplente de dep federal cirista, irrelevante tal e qual, além de desagregador, divisivo e repulsivo a iniciativas voluntárias, e paralisado pelo pânico de achar que o eventual êxito de Izolda não fosse creditado a ele. Enfim, não poderia ser pior coordenada. Como disse um prócer do ex governador Camilo, “entregaram uma ferrari a um carroceiro”, com todo respeito a esses humildes e trabalhadores homens do povo. Fato é que, o que Cid dissera há 8 anos, enfim e de fato, consolidou-se. A oposição elegeu-se sob o monocórdio discurso da tal taxa do lixo, versus anos e anos de grande êxito administrativo de seu grupo político. Dito isso, fato é que Sobral embarca a partir de janeiro próximo num modelo de gestão absolutamente inverso ao atual. Sob promessas de afrouxamento das regras de gerenciamento urbano, fim de taxas e multas de trânsito, abertura de espaços para carros e afins, facilitação e acesso aos gestores, desburocratização de regras para construção civil, enfim, contra tudo que a sequência de bons governos liderados por Cid implantou na cidade. Num pano rápido, quando entrar 25; Cid, Veveu, Ivo e, principalmente, Izolda, assistirão atentos ao que o grupo das faculdades INTA fará com suas conquistas, e em última espécie, com os destinos da vaidosa e próspera.
A frase: "Agora vamos dar um tapa no visual do Juazeiro". Gledson Bezerra, único Prefeito reeleito de Juazeiro do Norte.
Gledson Bezerra prefeito(Nota da foto)
Chegou um momento que tomei um susto. Mas tinha o povo comigo. Primeiro prefeito reeleito no Juazeiro com 14 mil votos de maioria;é muito!!!
A taxa do lixo
Oscar Rodrigues, prefeito eleito de Sobral, anunciou ontem que vai extinguir a taxa do lixo no município.A partir de janeiro,disse ele,não terá taxa do lixo.
Kassab poderoso
O PSD do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab foi o partido que mais elegeu prefeitos ante-ontem, no primeiro turno das eleições municipais.
A direitona cresce
O MDB veio logo atrás, seguido pelo PP do presidente da Câmara, Arthur Lira, pelo União Brasil e pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sorte ou azar?
Olho D'Água dos Borges,aqui no vizinho Rio Grande do Norte, elegeu o prefeito Antonimar Amorim contra Laize Sales. Ele teve UM (1)voto a mais.
TPM
A Tensão Pós Maratona de Evandro Leitão, levou o presidente dra Assembleia ao celular. Ligou até pro Capitão e pra Luiziane pra encarar o Raspa.
Amor incondicional
Curitiba terá segundo turno com um bolsonarista oficial, Eduardo Pimentel (PSD), e uma bolsonarista extraoficial, Cristina Graeml (PMB). Topázio Neto (PSD) foi reeleito em Florianópolis apoiado por Michelle Bolsonaro.

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