Coluna do Macário Batista para 22 de outubro de 2024

Pobre de direita, o fenômeno
Sábado, antes do sereno que caiu sobre Fortaleza, já na rua aguardando o possante que  veio e nos levou a um dia de esbórnia política, como visualizações de movimentos das torcidas contendoras na capital, fiquei a ver o mundo nascendo na manhã. No vai-e-vem passa o primeiro catador de resíduos puxando aquele carro cheio de plásticos e outras burundangas que chegam às reciclagens. Vinha cantando uma musica qualquer, não compreensível, como quem faz versos em cantoria e no fim dizia...É 22. Fui mais pra perto, porque o homem parou na frente do prédio onde está meu tugúrio e ouvi, como se fosse um coisa aprendida. O que ele dizia não fazia sentido, mas o É 22 estava claríssimo. Fui  aos compêndios da sociologia e encontrei um livro que cabei de ler por indicação do Juca Kfouri, um cronista esportivo formado em sociologia. E veja o que encontrei...
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"É preciso mostrar ao povo quem são seus verdadeiros inimigos", diz Jessé Souza Em novo livro, sociólogo tenta explicar o fenômeno do 'pobre de direita'
Em entrevista ao programa Juca Kfouri Entrevista, transmitido pela TVT, o renomado sociólogo Jessé Souza discorreu sobre seu mais recente livro, Pobre de Direita: A Vingança dos Bastardos, e apresentou uma profunda análise do cenário político e social do Brasil. A obra, que já está entre as mais vendidas do país, explora como parte da população pobre, beneficiada por políticas de esquerda durante o governo Lula, passou a apoiar forças de extrema-direita.Jessé Souza, autor de outras obras de sucesso como A Elite do Atraso, ressaltou a importância de compreender esse fenômeno. "A grande surpresa é exatamente o fato de a gente compreender por que os pobres, que votaram em uníssono no governo Lula de 2002 a 2016, mudaram tanto a partir de 2016", destacou o sociólogo. Para ele, o sucesso da Lava Jato em criminalizar a política e a entrada da extrema-direita americana no Brasil foram determinantes para essa transformação. Na entrevista, Souza destacou como a extrema-direita se aproveitou da humilhação sofrida pelas classes populares. "A extrema-direita surfa nessa onda de raiva real, mas, ao invés de transformá-la em indignação como a esquerda fazia, ela a redireciona para o lugar errado", explicou. O sociólogo argumenta que a elite econômica e o sistema financeiro são os verdadeiros responsáveis pela opressão dos mais pobres, mas esses continuam sendo manipulados a acreditar em outros inimigos. Outro ponto relevante foi a relação entre racismo estrutural e o comportamento político das classes populares. Souza explicou que a humilhação cotidiana vivida por essas pessoas, especialmente os negros, é central para entender por que votam contra seus próprios interesses. "O sentimento político mais importante é a humilhação", afirmou o sociólogo, lembrando que essa emoção, se mal canalizada, torna-se uma poderosa ferramenta de manipulação política. Jessé Souza também analisou o papel das igrejas neopentecostais, que, segundo ele, ajudam a construir uma subjetividade alinhada ao neoliberalismo. "O neopentecostalismo retira a causalidade social, coloca a culpa na guerra cósmica entre Deus e o diabo, e desvia a atenção das causas reais da desigualdade", afirm Para o sociólogo, a esquerda precisa retomar o diálogo com essas classes populares e explicar quem são seus verdadeiros opressores. "É preciso resgatar a noção de cidadania e mostrar ao povo quem são seus verdadeiros inimigos", concluiu Jessé Souza, defendendo que o caminho para a mudança está em uma maior conscientização política.

A frase: "Com 326.734 famílias contempladas, a capital Fortaleza é a cidade com maior número de beneficiários do Bolsa Família no Ceará neste mês. Na sequência dos cinco municípios com maior número de famílias atendidas estão Caucaia (65.164), Juazeiro do Norte (34.774), Maracanaú (34.767) e Sobral (23.066)." Quem mais tem mais quer.

 

Seguindo Laís (Nota da foto)
Aurineide Amaro, secretária de educação de Icó por sete anos, estendeu à rede de escolas do município ações voltadas para o progresso e "fino trato". Encontro Aurineide e pergunto o que fazer depois de Laís Nunes e seu
 excepcional trabalho. Responde com simplicidade: A Laís arrumou o município inteiro. Urbi et orbi. Deixa a mim a responsabilidade de dar trato ao comércio,indústria,emprego e educação superior. E como você gosta do Icó,logo logo vai chegar lá de avião.Vou fazer "seu"aeroporto que o lider Neto Nunes e o dr.Fabrício encaminharam.
 

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