Polarização na cama: 40% dos brasileiros não transariam com alguém de oposição
Pesquisa do app de relacionamento happn revela preferência dos eleitores brasileiros de direita e de esquerda no amor e no sexo.
O segundo turno das Eleições Municipais se aproximam e o happn, um dos aplicativos de relacionamento mais baixados do mundo, conduziu uma pesquisa para descobrir como a opinião política influencia as conexões românticas e sexuais dos brasileiros. A pesquisa revela diferenças entre eleitores de direita e de esquerda quando se trata de curtir perfis, namorar e ter relações sexuais com pessoas de visões políticas opostas.
O levantamento foi realizado durante o mês de setembro e ouviu aproximadamente mil usuários do aplicativo em todo o Brasil.
Curtir Perfis: Direita seletiva, esquerda Liberal
Um dos pontos abordados pela pesquisa do happn foi o impacto das visões políticas na hora de curtir perfis: 52% dos eleitores de direita afirmaram preferir perfis que compartilhem da mesma ideologia ao selecionar potenciais Crushes. Em contrapartida, apenas 25% dos eleitores de esquerda veem a posição política como um critério determinante para curtir perfis.
Mulheres de direita entre 26 e 35 anos são as mais seletivas nesse aspecto, com 69% delas preferindo perfis alinhados com suas visões políticas.
Sexo e Relacionamentos - Não há polarização na cama
Mesmo com 52% dos eleitores de direita afirmando preferir curtir perfis com a mesma ideologia, 60% dos eleitores de direita e 57% dos eleitores de esquerda afirmaram estar abertos a ter relações sexuais com alguém que tenha uma visão política diferente, mostrando que a política não interfere em suas decisões sexuais.
No recorte por gênero e geração, as mulheres de direita entre 26 e 35 anos são as mais flexíveis neste ponto, com 67% delas afirmando que uma conexão genuína com alguém pode superar qualquer diferença política quando se trata de sexo.
No que diz respeito a relacionamentos sérios e de longo prazo, mesmo em um cenário político polarizado, 64% dos eleitores de direita e 81% dos eleitores de esquerda disseram que estariam abertos a namorar alguém com visões políticas opostas.
"Nossa pesquisa mostra que, embora as visões políticas possam moldar a forma como abordamos certos aspectos da vida, elas não impedem conexões significativas. O fato de a maioria dos nossos usuários estarem abertos a conexões íntimas e a relacionamentos sérios com alguém que tenha opiniões diferentes é um sinal positivo - mais uma vez, comunicação e aceitação são fundamentais", afirma Karima Ben Abdelmalek, CEO do happn.
O Amor Supera a Política
Embora as diferenças políticas possam gerar desentendimentos, a maioria dos solteiros não as considera um motivo para terminar um relacionamento: 90% dos indivíduos de direita e 94% dos de esquerda afirmaram que nunca terminaram com alguém por esse motivo. Por outro lado, 6% dos entrevistados de esquerda, entre 26 e 35 anos, admitiram ter encerrado um relacionamento nos últimos quatro anos devido a divergências políticas.
"É interessante notar que, ainda que haja alguma resistência para iniciar um relacionamento sério com alguém que tenha uma opinião política diferente, as pessoas que já estão em um relacionamento consideram que o amor é mais forte. Portanto, ainda que os solteiros prefiram permanecer dentro de seus próprios círculos políticos, eles não estão dispostos a interromper sua vida amorosa se houver uma diferença de opinião", afirma Karima.
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