Bom dia


Quando acordo as 3 da manhã, trago da noite pouca coisa, eis que fui-me a Morfeu bem cedo, ainda quando o noticiário começava a contar o dia. Tem dia, contudo, que 3 da manhã está longe do encontro com o abraço do sono. Hoje é um deles. Teve futebol seis da tarde quando o normal é de 9 em diante. Teve a trama maravilhosa do folhetim do bilhete premiado roubado por um cara nojento, escroto, que nunca fez nada e acaba se dando bem na vida, lá dele. E assim, de assim em assim, de assim em assado, chego inteiraço a uma e tanto da manhã pra ver o Lira Neto, um ex-colega de redação que abdicou das ruas, das reportagens e largou tudo pra escrever livros sobre a vida alheia. O bom e insatisfeito Lira Neto, de projeto novo, biografando Osvalde de Andrade foi ao Bial, o Pedro, e deitou falação sobre coisas e causos de suas andanças por aquelas figuras com quem viveu anos e anos, descobrindo virtudes e podres, que é onde está a graça da biografia, ou a história de cada um. Televisão é assim; de vez em quando aparece, na madrugada, alguma inteligência que bem poderia estar no horário da novela das 9. Que já foi das 8.

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