Líder de Elmano é novo indicado para comando da Assembleia
Mudança aconteceu para “unificar” base do governo após senador Cid Gomes não apoiar que presidência da Alece pudesse ficar também com PTO último final de semana apresentou uma reviravolta na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Agora, a base de apoio ao governo de Elmano de Freitas (PT) na Casa terá como candidato o deputado estadual e atual líder do governo, Romeu Aldigueri (PDT). O deputado Fernando Santana (PT), que foi inicialmente o escolhido para suceder Evandro Leitão (PT) no comando do Legislativo estadual, com o apoio do governador, anunciou a desistência da sua candidatura na última sexta-feira (22).
Após isso, o nome de Aldigueri passou a ser apontado como o favorito e foi confirmado por Elmano. De acordo com o governador, o novo indicado tem o aval do senador Cid Gomes (PSB) e é alguém que “unifica” a base e conta com sua “plena confiança”.
"Eu penso que, se na base aliada, com o próprio senador Cid, o líder do meu governo é um nome que unifica, estou muito satisfeito que o líder do meu governo vá ser o presidente da Assembleia", declarou Elmano ao falar com a imprensa depois de participar de reunião do diretório estadual do PT no sábado (23).
"Agora, vamos trabalhar para construir uma chapa que possa efetivamente ter o trabalho democrático, inclusive com participação (da oposição). Sempre defendi que a Mesa Diretora devia representar as forças que tem na Assembleia. Então, é razoável que a oposição também participe da Mesa e eu acho que é isso o que o Romeu vai buscar fazer", completou o governador.
Ainda segundo Elmano, o momento agora é de somar apoios, junto aos demais deputados, para a eleição de Romeu Aldigueri para o comando da Alece: "Agora é trabalhar com os deputados, dialogar e tentar construir uma votação, se possível, por unanimidade, se não, por uma ampla maioria".
Nesse sábado (23), Aldigueri se reuniu com deputados estaduais do PT, incluindo o atual presidente da Alece, Evandro Leitão, além de De Assis Diniz, Nizo Costa e Missias Dias. Quem também participou da reunião foi Osmar Baquit (PDT), que era um dos aliados de Cid Gomes na Alece cotado para disputar o comando da Casa.
Conflito entre aliados
A eleição para a presidência da Alece e a indicação de Fernando Santana estiveram no centro de um embate entre o senador Cid Gomes (PSB) e o governador Elmano de Freitas (PT) nos últimos dias. A indicação de Romeu Aldigueri pelo Palácio da Abolição ocorre como resposta a uma sinalização de rompimento de Cid com o governo estadual.
Até a indicação de Santana, diversos deputados do PDT da ala liderada por Cid eram cotados para disputar o comando da Assembleia representando a base governista. A sigla possui a maior bancada partidária da Alece. Cid se encontrou com Elmano no último dia 15 e questionou a possibilidade de o PT ocupar mais um espaço de poder de destaque no Ceará. Sem entendimento com o governador, o senador sinalizou um rompimento.
No entanto, no dia 19, Cid pareceu recuar, afirmando que ainda não tinha uma decisão definida sobre essa situação. Enquanto isso, petistas apontavam para uma possível “pacificação” e que diálogos estariam acontecendo. Até que, ocorreu o anúncio de que Fernando Santana não seria mais o candidato do governo para disputar o comando da Assembleia.
Em nota divulgada nas redes sociais, Santana disse que faz parte de um projeto liderado pelo presidente Lula (PT), o ministro Camilo Santana (PT), o governador Elmano de Freitas (PT) e cita a parceria “com grandes aliados”.
“Diante de algumas ponderações, e do atual contexto, para a importância da manutenção dessa aliança coesa e forte, anuncio que abro mão de minha candidatura. Faço isso com a tranquilidade da alma, porque não faço política como projeto pessoal, mas coletivo. Continuarei firme, ao lado dos nossos aliados, na luta por um Ceará cada vez mais forte”, anunciou Fernando Santana.
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