Projeto desafia kitesurfistas de todo o mundo a velejarem, buscando engajar pessoas, empresas e organizações na resolução de desafios ambientais
- Já imaginou um esporte aquático capaz de impulsionar a retirada de lixo dos oceanos? Neste episódio, no “Brasil Sustentável”, na TV 247 entrevistamos Mariana Zonari, líder do movimento Winds For Future, no Ceará. O projeto nasceu de um festival que promove a sustentabilidade, buscando engajar pessoas, empresas e organizações governamentais na resolução de desafios ambientais por meio da tecnologia.
A estreia do evento ocorreu em setembro de 2019, na Praia de Cumbuco, Ceará, e já começou de forma grandiosa. Durante a abertura, o Winds for Future quebrou o recorde do Guinness World Records para o maior desfile de kitesurfistas do mundo.
Reconhecendo a força e a fragilidade do oceano, a ideia de envolver os praticantes do esporte em ações sustentáveis surgiu naturalmente. “Por que não unir os amantes de um esporte aquático, que precisam do oceano e gostam de estar nele, para protegê-lo? Esse foi o grande mote para o nascimento do nosso movimento no Ceará.”
Com sua posição de destaque no cenário global, o estado oferece o palco ideal para iniciativas que combinam esporte, turismo e conscientização ambiental. “O Ceará é a meca do kitesurf mundial, todos os anos pessoas do mundo inteiro vêm para cá velejar, e isso nos inspirou a agir.”
O oceano é uma grande entidade indivisível, conectando todos os continentes, ecossistemas e a humanidade. “Muitas vezes, enquanto limpamos as praias cearenses, encontramos resíduos de latinhas de refrigerante que só vendem na África e Europa. O que acontece do outro lado do mundo, afeta a todos”, relata.
A colaboração entre organizações públicas, privadas e governamentais tem sido essencial para projetos de preservação ambiental no Ceará. Para Mariana, em iniciativas de limpeza e preservação costeira, o apoio de entidades públicas é indispensável para o sucesso das ações.
“Contamos com a parceria de prefeituras como Caucaia e Eusébio. Sem esse apoio, que vai desde autorizações de funcionamento até contribuições práticas, seria impossível atuar de forma abrangente, desde os rios até as praias”, destacou.
A preservação das tartarugas marinhas no estado também é um ponto de atenção durante todas as operações de retirada do lixo costeiro. “Eu preciso dialogar com os institutos que cuidam das tartarugas, porque temos muitos ninhos no Ceará. Não posso simplesmente passar com um trator em qualquer praia ou época do ano. É essencial saber onde estão os ninhos, e essa informação vem de instituições públicas, como o governo e as prefeituras, que são responsáveis por essa preservação”, enfatiza Mariana.
Além do suporte técnico, as políticas públicas têm ampliado o impacto das ações. “Em Caucaia, 20% do valor pago em licenças ou multas ambientais pode ser destinado a projetos certificados pela prefeitura, desde que comprovem atuação na prevenção de resíduos que chegam ao mar”, explicou.
Essas parcerias evidenciam como a união de iniciativas sustentáveis juntamente aos governos, podem ser potencializadas na preservação ambiental no Brasil e no mundo.
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