O dia

 


- No sítio da gente na serra da Meruoca, lá em cima, depois da segunda ladeira, vizinho ao sítio Recife, das freiras do Colégio Santana, tinha a cruviana, as presepadas do Chico Cão, o suplício do seu Mané Mouco, e um frio como o desta manhã em Fortaleza. Se chovesse, como choveu agorinha, era de bater o queixo o que acabava dando em bacia debaixo das redes de quem mijava na madrugada. Na rede, claro. A lembrança remete ao tempo em que ainda havia mata na serra e passarinhos cantando na alvorada, trabalhadores tomando uma pinga em pé, no balcão da bodega do seu Ruberto e meu tio cheirando uma pitada grande de tabaco pisado num pano grosso, antigo, de encerado de caminhão. Depois tomava uma talagada de quinado Imperial, ligava o rádio na bateria e ouvia , em 49 metros, o Matutino Pré 9...gente, que viagem.

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