A disputa pelo comando do PT se intensifica com a ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula. José Guimarães (CE) e Humberto Costa (PE) se articulam para assumir a presidência interina do partido até a eleição interna em julho.
Gleisi precisará se afastar do cargo para assumir o ministério, conforme normas da Comissão de Ética da Presidência. O PT, então, terá que escolher um nome para um mandato-tampão até a eleição de julho.
A CNB, corrente majoritária do partido, defende Humberto Costa no cargo interino para que ele possa se fortalecer como candidato na eleição interna.
Guimarães, que chegou a ser cotado para a SRI, perdeu força após seu nome ser mencionado em uma investigação sobre desvio de emendas – ele não é investigado e nega qualquer irregularidade.
O comando do PT é estratégico para Lula e para a articulação política do governo. Além disso, a escolha pode impactar a sucessão petista em 2026.
A posição de Guimarães como líder do governo na Câmara pode estar ameaçada. Aliados de Gleisi acreditam que Lula pode removê-lo para dar espaço ao Centrão.
Edinho Silva, preferido de Lula para comandar o partido, ainda enfrenta resistências. Ele tem viajado o país em busca de apoio interno.
O PT terá eleição direta para presidente no dia 6 de julho.
O partido avançou nas eleições municipais, conquistando 246 prefeituras e uma capital: Fortaleza, com Evandro Leitão (PT).
A disputa interna no PT pode influenciar o equilíbrio entre o governo e a base aliada no Congresso.
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