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Disputa pelo Senado no CE já agita meio político e deve ser a mais acirrada em 2026
Duas vagas serão abertas para o Ceará e diversos nomes, na base do governo e na oposição, se apresentam na busca por consolidar uma candidatura
Em 2026 haverá eleições em todo o país para cinco cargos políticos diferentes: presidente da República, senador, governador de estado, deputado federal e deputado estadual. No entanto, faltando mais de um ano para o início do período eleitoral, no Ceará, destacam-se as mobilizações relacionadas à disputa pelo Senado Federal. Diversos nomes já lançaram pré-candidaturas ou são apontados por aliados para uma candidatura pleiteando uma das duas vagas na câmara alta que serão disputadas no próximo ano no estado.
Na avaliação do cientista político e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia da Universidade Federal do Ceará (Lepem-UFC), Cleyton Monte, a eleição para o Senado deverá ter a disputa mais acirrada no Ceará em 2026.
Um dos fatores que contribui para esse cenário é o fato de que nenhum dos atuais senadores do estado que estão concluindo mandato - Cid Gomes (PSB) e Eduardo Girão (Novo) - confirmam que vão tentar a reeleição. Enquanto Cid afirma não tentar o segundo mandato e apoia o deputado federal Júnior Mano (PSB) para o Senado, Girão anunciou pré-candidatura ao Governo do Estado. "Isso abre uma incógnita", afirmou Cleyton, em entrevista para O Estado.
Outro ponto que o pesquisador destaca é que a base aliada do governador Elmano de Freitas (PT) é ampla e os partidos esperam receber o apoio do chefe do Executivo estadual para estar na chapa governista disputando uma vaga no Senado.
"O Senado Federal se transformou num espaço muito importante de disputas nacionais, sendo muito buscado e disputado tanto pelo governo atual como pela oposição. Por quê? Porque lá são travadas pautas ideológicas, agenda orçamentária. Então, são espaços estratégicos demais e os partidos não abrem mão disso”.
Somado a isso, mais um fator contribuindo para o acirramento dessa disputa, conforme Cleyton, é que não há até o momento, pelo menos entre os governistas, nenhum nome capaz de unificar a base aliada, visto como preferido para o Senado. Assim, “vários nomes com ‘densidade eleitoral’ estão se movimentando publicamente”.
Sem contar o senador Cid Gomes, que não confirma a busca pela reeleição, entre os governistas, são pré-candidatos ao Senado ou são apontados como possíveis nomes: o deputado federal José Guimarães (PT); a deputada federal Luizianne Lins (PT); o deputado federal Júnior Mano (PSB); o deputado federal Eunício Oliveira (MDB) e o presidente estadual do Republicanos, Chiquinho Feitosa. Recentemente foram incluídos nessa lista o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado estadual Romeu Aldigueri (PSB) e o secretário-chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira.
Na oposição, o Partido Liberal (PL) apresenta os nomes do deputado estadual Alcides Fernandes, pai do deputado federal André Fernandes (PL), além da vereadora Priscila Costa, que foi a mais votada em Fortaleza para a Câmara Municipal e é próxima à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Também são citados pelos partidos da oposição como possíveis nomes o ex-deputado e presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner; o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
Além disso, o PSDB quer lançar o ex-secretário estadual de Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto.
Cleyton também aponta que há uma justificativa para que os vários nomes com interesse pelo Senado se adiantem e já se apresentem para a disputa. Ele lembra que a eleição para senador segue o modelo majoritário, assim como a de presidente e governador, em que vence aquele com a maioria dos votos.
“Por ser uma eleição majoritária é uma eleição muito cara, muito capilarizada. Então, para que o candidato seja competitivo, ele tem que ter uma grande estrutura de apoio, tem que ter uma grande coligação, tem que ter presença em todo o estado. E isso só é possível se ele tiver um arco de aliança consistente e isso tem que ser construído”, explica o especialista.

O céu é aqui, já dizia um senador cearense que já saiu de cena.

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