Nordestinos, com todo orgulho...

Tiririca neles. kkkkkkkkkkkkkkkk

Bilhete do Francis Vale

Macário,

Todos viram a campanha do FHC contra os nordestinos. E teve repercussão nas chamadas redes sociais.
Pois bem. Nesses meios, somos chamados de "povo sem cultura". Comecei a lembrar alguns nomes sem os quais as artes e a cultura brasileiras seriam bem mais pobres: Gonçalves Dias, José de Alencar, Castro Alves, Alberto Nepomuceno ( os paulistas, recentemente, "descobriram" uma ópera dele de 1898 e estão encantados com ela), Farias Brito, Clóvis Beviláqua, Joaquim Nabuco, Silvio Romero, Ariano Suassuna, Câmara Cascudo,Joaquim Pimenta, Gilberto Freyre, Celso Furtado, Josué de Castro, Paulo Freire, Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, João Ubaldo Ribeiro, João Gilberto, Dorival Caymmi, Alberto Cavalcanti, Glauber Rocha, Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Eleazar de Carvalho, Jacques Klein. E muitos outros que a memória, por enquanto, não alcançou.
Por isso, devemos afirmar o seguinte: Cultura nos temos. E memória também. Pra não esquecer o que o senhor FHC e sua tropa de entreguistas fizeram com o patrimônio do povo brasileiro, passando para alguns "eleitos", na "bacia das almas", empresas como a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, o Sistema Telebrás. E, por pouco, não foi a Petrobrás, a Eletrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e outras menores.
O pior é que ainda há quem pague quase meio milhão pra esse pilantra dar palestra por essas bandas.
Um abraço do
Francis Vale

Penso eu - O sr. Francis Vale é advogado, funcionário retirado do contencioso da Receita Estadual, cineasta e meu amigo. 

O desrespeito ao brasileiro dos "grotões" ou a Dor de corno "dazelite".

Nordestinos são discriminados

07.10.2014

Xingamentos associam o voto do eleitor da região aos programas sociais promovidos pelo governo petista

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Perfis de usuários de redes sociais divulgaram mensagens preconceituosas durante a divulgação dos resultados
Foto: reprodução da web
São Paulo. Os eleitores da região Nordeste foram mais uma vez vítimas de preconceito, agora durante eleições presidenciais. A vantagem de Dilma Rousseff (PT), no primeiro turno, gerou uma onda de comentários de preconceito nas redes sociais contra habitantes da região. Nas redes sociais, eleitores de outras partes do país apontaram os nordestinos como os “culpados pelas mazelas” do país.

Uma conta criada no tumblr, intitulada de “Esses Nordestinos”, reuniu algumas mensagens publicadas durante a divulgação dos resultados das eleições, que apontavam maioria de votos para a candidata petista no Nordeste. Os xingamentos são variados, mas geralmente associam o voto do eleitor nordestino aos programas sociais promovidos pelo governo do PT.

FHC cita ‘grotões’

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse ontem que o PT cresceu nos grotões do país e que o partido tem o voto dos “menos informados”. A declaração foi dada aos blogueiros do UOL Josias de Souza e Mário Magalhães.
“O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados”, afirmou o ex-presidente.

“Essa caminhada do PT dos centros urbanos para os grotões é um sinal preocupante do ponto de vista do PT porque é um sinal de perda de seiva ele estar apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados”, disse FHC. Para o tucano, o desempenho do PSDB é diferente, nesse aspecto, uma vez que em Estados como São Paulo seu partido tem maioria.


Cinco estados a mais

No tabuleiro eleitoral, a presidente e candidata à reeleição levou a melhor na disputa em 15 dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.
Aécio Neves ficou em segundo nesse ranking, e abocanhou a maior parte dos eleitores em 10 estados. Fora da disputa do segundo turno, Marina Silva (PSB) venceu apenas no Acre, sua terra natal, e em Pernambuco, reduto do aliado Eduardo Campos (PSB), morto em agosto. Apesar de ter menos estados sob sua influência, Aécio ganha em regiões com maior densidade eleitoral.

Penso eu - Com todo respeito a tucanos honestos: Vão darem!!!

Opinião

Autodelação premiada

Sim, sou culpado ainda de ter na discoteca o LP dos Cinco Crioulos
Por Joaquim Ferreira dos Santos*
Antes que a polícia invada meu sacrossanto lar, eu reivindico o direito da delação premiada e faço de público a relação de bens que possuo e não são mais apropriados para a vivência num mundo politicamente correto como o que ora se apresenta. Não quero delatar ninguém. São todos inocentes. Parabéns pela honradez. O culpado sou eu mesmo.

Semana passada as autoridades americanas retiraram do ar episódios de Tom e Jerry por verem neles elementos de violência racista. Depois foi a vez de as britânicas apagarem de um muro, pelo mesmo motivo, um grafite de milhares de libras assinado por Banksy. Eu sou dessa estirpe lamentável. Também tenho entre meus pertences, e me delato em busca de uma pena menor, objetos que foram muito queridos, mas, agora percebo, não são mais compatíveis com a sociedade igualitária e unida contra o preconceito em que vivemos. Aqui está minha coleção de gibis do Zé do Boné, o bêbado que maltratava a esposa. Incinerem-na.

Sim, sou culpado ainda de ter na discoteca o LP dos Cinco Crioulos, lançado em 1967 com texto na contracapa de Sergio Porto. O grupo era formado por Anescar do Salgueiro, Mauro Duarte, Elton Medeiros, Nelson Sargento e Jair do Cavaquinho.

O LP é um primor de arte popular, mas não importa. Prefiro deixar os ouvidos surdos e andar na linha. Acompanhei tudo que se disse de como era incorreto o título do programa “O sexo e as negas”. Tenho medo que um vizinho me ouça batucando com os “Crioulos” e faça chegar à minha porta o império da lei com os seus homens justos. Antes que isso aconteça, doo o LP para os devidos fins legais. Levem também a caixa com todo o Noel Rosa, aquele que disse “mulher indigesta merece um tijolo na testa”.

O passado me condena, a infância mais ainda. Quero, com a autodelação premiada, confessar os erros de outrora e pedir um abatimento das penas. Aqui está minha perna direita. Coloquem a tornozeleira e me deixem pelo menos no semiaberto.

Eu já tinha passado adiante a coleção do Monteiro Lobato, alertado pelas autoridades literárias de como o escritor — antes por mim julgado genial, o responsável por eu levar a vida escrevendo — maltratara com escárnio verbal a empregada doméstica, ou melhor, a executiva do lar, Tia Nastácia. Mandei os livros para a reciclagem de papel. Sinto que ainda é pouco. Quero apagar todas essas manchas comprobatórias de minha periculosidade social. Aqui está o velho revólver de espoleta com que eu enfrentava os meninos da rua rival. Levem-no. Passem o trator por cima.

Tenho, confesso, entre meus pertences uma foto emoldurada, retirada de uma velha “O Cruzeiro”, da cena em que os palhaços Fred e Carequinha jogam para o ar o outro palhaço do grupo, o anão Meio Quilo. A foto era uma madeleine, uma viagem imediata ao reino feliz dos 8 anos. Via-me de volta, por exemplo, ao quintal onde pegava passarinhos num alçapão. Tudo aquilo me divertia muito. Vejo agora, porém, que não devia sentir essa saudade carinhosa. De quanta maldade fui capaz! Peço desculpas e rogo que a autodelação me abrevie a punição. Anotem na minha folha criminal essas ofensas aos animais indefesos e aos verticalmente prejudicados. Sou culpado de todas.

Sem comiseração! Aos rigores da lei! Levem para o ferro-velho mais próximo, destruam com o maçarico mais incandescente, a batedeira Arno, reluzente, que uso como peça decorativa num canto da cozinha! Não fiz por mal, era costume na época. Ao receber meu primeiro salário, no “Diário de Notícias”, comprei-a para a pobre mãezinha, de prendas do lar, e que passava o dia inteiro resolvendo as questões domésticas. Achava, vejo agora que baseado na mais profunda ignorância discriminatória, que aquele mimo alegraria a vida de uma mulher. Ledo engano. Era apenas um ícone da dominação masculina. A batedeira — fiquem à vontade para destruí-la — sobreviveu. O preconceito contra a mulher, agora até presidente da República, graças a Deus não mais.

Aos poucos, para não ampliar os rigores da minha condenação, busco me corrigir, e prometo às autoridades que conseguirei. Dias atrás, passeando na feirinha de antiguidades da Benedito Calixto, em São Paulo, vi uma caixa daqueles cigarrinhos de chocolate da Pan, um sucesso entre a garotada até pelo menos os anos 1980. Pensei em comprar uma para o meu neto, de 2 anos. Percebi a tempo, no entanto, que o presente seria uma iniciação suave ao vício deletério do tabaco futuro, e pedi de volta o cartão de crédito que já havia entregado ao vendedor.

O distinto comerciante perguntou, decepcionado, por que o arrependimento, e eu, elegantemente obscuro, respondi: “Novos princípios de educação de um menor” — e me dirigi à barraca ao lado para comprar bolas de gude caramboladas. Comprei-as, sim, mas só depois de muito matutar sobre a correção do gesto. Ainda tenho dúvidas. Será que com as bolas de gude eu não estaria insistindo na perpetuação de mais um ícone da formação machista?

*Joaquim Ferreira dos Santos é colunista do GLOBO, onde publica sua crônica às segundas-feiras no Segundo Caderno.

Tá no Josias

Reforma de Aécio inclui regra ruim para Rede

Josias de Souza

Uma das condições que Marina Silva cogita impor para apoiar a candidatura de Aécio Neves é o compromisso do candidato de realizar uma reforma política que inclua o fim da reeleição. O presidenciável tucano não terá dificuldades em aquiescer. Mas seu projeto de reforma, que ele promete para o primeiro dia do seu eventual governo, prevê um artigo que dificulta a criação partidos novos —como a Rede Sustentabilidade, de Marina.

Campanha presidencial 2014

Alguns chamam de cláusula de barreira. Outros, de cláusula de desempenho. Numa entrevista concedida ao blog há seis meses, em abril, o próprio Aécio explicou:
“Você pode criar um partido político, pode juntar as assinaturas e ir lá no TSE registrar seu partido. Mas você só vai garantir o funcionamento desse partido, com tempo de [propaganda] na televisão e fundo partidário, se ele tiver sintonia com algum segmento da sociedade. Para isso, ele preciará ter pelo menos 5% dos votos nacionais -pode-se até calibrar esse percentual, [...] divididos em pelo menos nove estados, com pelo menos 3% em cada um desses nove Estados.”
Aécio prosseguiu: “Nós vamos cair de vinte e tantos partidos [com representação no Congresso] para seis, sete partidos no Congresso Nacional. Isso já é um alívio nas relações internas, aqui.”
Nessa mesma entrevista, Aécio disse ser contra a reeleição. Porém, diferentemente de Marina, absteve-se de informar se a nova sistemática valeria já a partir do seu hipotético mandato. De resto, esclareceu que deseja um mandato de cinco anos, não de quatro, como é hoje.
Aécio disse: “eu, de forma objetiva e clara, sou contra a reeleição. A experiência da reeleição mostra uma disputa desigual. A própria presidente Dilma acabou de desmoralizar a reeleição. [...] Eu defendo mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos, sem reeleição.”

Um imbecil será sempre um imbecil -

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda-feira (6) que o PT cresceu nos grotões do país e que o Partido dos Trabalhadores tem o voto dos "menos informados". A declaração foi dada aos blogueiros do UOL Josias de Souza e Mário Magalhães.
"O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou o ex-presidente.
"Essa caminhada do PT dos centros urbanos para os grotões é um sinal preocupante do ponto de vista do PT porque é um sinal de perda de seiva ele estar apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados", disse FHC.
Para o tucano, o desempenho do PSDB é diferente, nesse aspecto, uma vez que em Estados como São Paulo seu partido tem maioria.
"Aqui em São Paulo, quando o PSDB ganha, ele ganha porque tem apoio de pobre, não é porque tem apoio de rico. (...) A falta de informação é responsabilidade do Estado, não da pessoa, é uma constatação. Geralmente é uma coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados."

Legado tucano

O ex-presidente avalia que, ao contrário de campanhas anteriores do PSDB, desta vez o candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, pode assumir o legado deixado pelo partido quando esteve à frente do governo federal.
"Tem que assumir tudo isso e não deixar que o PT fique botando a marca e o estigma de que eles é que fizeram e nós atendemos só ao mercado, está errado", diz FHC.
Quanto a uma possível omissão, nesse sentido, de candidatos anteriores, como José Serra (que disputou a Presidência em 2010), o ex-presidente diz que "houve uma espécie de amedrontamento perante o PT".
"Como o PT é um partido agressivo, é competente em fazer propaganda e estigmatizar, houve uma espécie de encolhimento [do PSDB]. Quando se diz que o governo foi ruim, tem que tentar mostrar que não foi ruim, tem que lutar, esse 'marketismo' atrapalha muito."
Em relação a uma possível aliança com Marina Silva no segundo turno da campanha presidencial, FHC afirmou que está à disposição da ex-senadora, com quem "sempre se deu bem".
"Eu tenho que respeitar também os tempos, ela deu uma declaração ontem (5) de que eles vão fazer reuniões para definir a linha, mas antecipou algo no sentido em que estaria disposta a compor uma maioria. E também o Beto [Albuquerque], o vice-presidente, foi mais claro ainda, de modo que eu acho que há sinais positivos. Se eu for útil nesse relacionamento, podem contar comigo", indicou o tucano.
"Essa aproximação tem que ser em função das coisas nas quais nós acreditamos, não tem que discutir o dá cá, toma lá. Não é do jeito da Marina nem do meu, mas vamos discutir quais os pontos que podem permitir uma aproximação efetiva da Rede, do Partido Socialista também, com o PSDB", acrescentou FHC.

Penso eu - Foi num"desses grotões" que os menos informados voltaram a eleger Tasso Jeseissati, do PSDB, partido dele, senador da república.

Bebuns ao volante

Consumo de álcool associado à direção reduz 45% após lei seca
A queda ocorre nos sete anos após a aprovação da lei seca e mostra mudança nos hábitos da população.
Um estudo do Ministério da Saúde revela que a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de álcool foi reduzida em 45% em sete anos. O índice passou de 2% em 2007, para 1,1% em 2013. A redução mostra uma mudança significativa nos hábitos da população após a aprovação das duas edições da lei seca (2008-2012), tornando mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, que entrevistou 52,9 mil pessoas maiores de 18 anos durante o ano de 2013.
A coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, explica que a redução significativa pode ser atribuída ao rigor da legislação, implantada pelo Governo Federal. “Uma lei mais rígida, mexe com o comportamento da população de todo o país”, destaca a coordenadora.
De acordo com o estudo, houve uma queda de 47% no consumo de bebidas alcoólicas entre os homens associado à direção. De 4,0% em 2007 para 2,1% em 2013. Já entre as mulheres, este percentual se manteve estável 0,3 no mesmo período.  A pesquisa identificou também queda de 62% no consumo de álcool relacionado ao volante na faixa etária de 35 a 44 anos, passando de 2,1% para 0,8%. Houve ainda uma redução no consumo de álcool quando se trata do número de anos de escolaridade. Entre pessoas com mais de 12 de escolaridade, a redução passou de 2.8% para 1.7%.
Os dados apontam ainda diminuição no consumo de álcool associado à direção entre os homens nos estados: Salvador, Maceió, Macapá, Porto Velho, Palmas e Belo Horizonte. E um aumento significativo entre as mulheres, de 0.1 para 0.4%  entre 2007 e 2013 em São Paulo. Já entre os homens, o consumo em São Paulo registrou 2.9%.
Foram encontradas também diferenças entre as regiões entre homens e mulheres. Na região Norte a redução foi 54% - passando de 2.2% para 1.0% - e no Nordeste de 50% - de 2.4% para 1.2%. Na região sul, a queda de consumo de álcool associado ao volante foi de 47% - de 2.1% para 1.1%; na região Centro-Oeste a diminuição foi de 40% - passando de 3.0% para 1.8% - e  no Sudeste também foi 40%, de 1.5% para 0.9%.
ACIDENTES: No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Em 2012, 44.812 mil pessoas perderam a vida no trânsito Essa violência reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram registradas 169.869 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de 229 milhões de reais.
Com o objetivo de reduzir as mortes e número de pessoas feridos em decorrência de acidentes no trânsito, em junho de 2010, o Ministério da Saúde implantou o Projeto Vida no Trânsito. Entre suas as ações está a realização de campanhas educativas e a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e as vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior. Desde a implantação do Vida no Trânsito, já foram liberados cerca de R$ 41,3 milhões para as atividades do projeto.
LEI SECA: Para inibir o consumo de bebidas alcoólicas antes de dirigir, em dezembro de 2012, o Governo Federal sancionou e tornou mais rígida a Lei 12.760, conhecida como Lei Seca. A medida autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de provas para confirmar a embriaguez de motoristas. Quem for pego dirigindo sob influência de álcool ou outra substância psicoativa terá a carteira de habilitação recolhida e o veículo retido. O motorista está sujeito à multa, no valor de R$ 1.915,40, e à suspensão do direito de dirigir por 12 meses. O valor da multa dobrará em caso de reincidência.

Opinião

Ex-senador é preso por corrupção.
E o dinheiro? 

 
LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil.
Estou no 
professorLFG.com.br e no twitter: @professorlfg


A história do Brasil (também da América Latina e da África - veja Manoel Bomfim, A América Latina) constitui um dos relatos de enorme superação dos povos cruelmente colonizados; Ao mesmo tempo, coloridos por fatos deprimentes e desabonadores, tisnados de sangue e de roubalheira generalizada. Nesta magnífica terra de palmeiras, onde canta o sabiá, "tudo que é nego torto, do mangue ao cais do porto" (Chico Buarque), já foi inoculado com o vírus da corrupção (na Colônia, no Império, na República, nas ditaduras e nas democracias).
O ex-senador Luiz Estevão, que acaba de ser preso (em set/14), começou a trabalhar cedo e rapidamente fez fortuna na agropecuária, construção civil, revenda de automóveis e pneus, estação de rádio, banco de investimentos. Tornou-se um grande empresário (Grupo OK) e, ao mesmo tempo, conforme reconheceu a Justiça, um "barão ladrão". Foi fiador do "empréstimo" (mais que suspeito) de US$ 5 milhões para Collor (Operação Uruguai).
Foi deputado e depois senador (como político, concedeu-se nova licença para roubar). Envolveu-se com o juiz Nicolau dos Santos Neto no desvio das verbas públicas do TRT-São Paulo (prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos). Foi cassado pelo Senado. Prometeu devolver para a União R$ 468 milhões.
Tem mais de 30 anos de prisão para cumprir (somando-se duas condenações, uma ainda sem trânsito em julgado). O escândalo é do princípio dos anos 90. Veio à tona em 1998 e até hoje (depois de 20 anos) ainda não está resolvido pela Justiça brasileira (maldita morosidade!). A cultura ocidental inventou o capitalismo, a ciência e o Estado de Direito (M. Weber). No sistema capitalista selvagem (que não tem nada a ver com o capitalismo distributivo da Escandinávia, por exemplo, que eu admiro), tudo é instrumentalizado em função da roubalheira das elites poderosas imorais.
O Estado de Direito, na verdade o Estado e o Direito, no capitalismo selvagem, não são nada sagrados. São impuros e corrompidos pelos donos do poder. Tudo isso necessita de profundas reformas. O capitalismo no Brasil, diferentemente do que ocorre na Escandinávia (por exemplo), transformou-se em mero instrumento de dominação, das classes hegemônicas. É usado para promover o progresso, mas concomitantemente para o mal, para garantir a impunidade dos detentores "da ordem" (altos funcionários, políticos e agentes econômicos/financeiros).
Nos países de capitalismo civilizado, o Estado de Direito é costumeiramente usado para o bem (veja Mattei/Nader,Pilhagem). Mas isso não é a regra. É exceção.  A investigação de uma roubalheira (e punição) de um ex-senador constitui (no Brasil) uma suada vitória da corrente contra-hegemônica. A morosidade da Justiça, no entanto, retrata o normal uso do Direito e das instituições jurídicas para favorecer o capitalista selvagem, o bandoleiro, o corruptor e o corrupto.
O mal uso do Estado de Direito projeta a impunidade. Quando esta não acontece (em raros casos), preserva-se ao menos a riqueza ilícita nas mãos dos bandalheiros. A forma corrente de se alcançar esse indecente resultado consiste em a Justiça jogar todas as energias na pena de prisão (que satisfaz o desejo da patuleia), deixando a riqueza intacta ou não devidamente sancionada (com, pelo menos, o dobro do proveito ilícito obtido). É dessa forma que o Titanic chamado Brasil vai se afundando. Necessitamos de reformas profundas. Frente ao criminoso do colarinho branco não podemos deixar barato: devolução de, no mínimo, o dobro do proveito obtido ilicitamente.

Apertem os cintos que vai ter turbulencia a bordo


Renovação chega a 52% na Assembleia
A eleição do último domingo (5) provocou uma renovação de 52% dos representantes que irão ocupar as cadeiras da Assembleia Legislativa do Ceará a partir de janeiro de 2015. Dos 46 deputados eleitos em 2010, 22 conquistaram a reeleição, e os outros 24 foram eleitos para substituir os parlamentares da atual legislatura.
O diretor do departamento legislativo da Assembleia, Carlos Alberto Aragão, considera o número bastante expressivo.  “Geralmente, a renovação da Assembleia está em torno de 45%. Mesmo com alguns deputados tendo se candidatado a outros cargos, tivemos um número representativo dos que não conseguiram se reeleger”, destacou Alberto.
Nomes como o do deputado Fernando Hugo (SD), Professor Teodoro (PSD), Rachel Marques (PT), entre outros, não conseguiram manter seus cargos e, no final deste ano, se despedem da Assembleia.
Bancadas
Olhando para a composição das bancadas dos partidos na Casa, o Pros será o partido com maior representatividade. A legenda elegeu 12 parlamentares. A segunda maior bancada ficou com o PMDB que elegeu seis deputados, seguido pelo PSD com quatro. Irão compor a Assembleia, com dois representantes cada, o SD, PT, PR, PCdoB e o PP. O Psol, PV, PRB, PSL, PHS, DEM, PRP, PSDB, PSDC, PPS, PTN, PSC e o PEN ficaram cada um com apenas um representante na bancada.
O peso no segundo turno
Vale lembrar que, atualmente, o Pros faz parte da coligação de apoio à candidatura do petista Camilo Santana na disputa pelo governo do Ceará. Já o PMDB é o partido do candidato Eunício Oliveira. No próximo dia 26 de outubro, um dos dois será escolhido para administrar o Ceará pelos próximos quatro anos.
Os candidatos reeleitos foram: Zezinho Albuquerque (Pros), Heitor Ferrer (PDT), Dr. Sarto (Pros), Sérgio Aguiar (Pros), Fernanda Pessoa (PR), Ivo Gomes (Pros), Welington Landim (Pros), Duquinha (Pros), Roberto Mesquita (PV), Danniel Oliveira (PMDB ), João Jaime (DEM), Dr. Lucílvio Girão (SD), Antônio Granja (Pros), Osmar Baquit (PSD), Gony Arruda (PSD), Mirian Sobreira (Pros), Ely Aguiar (PSDC), Tin Gomes (PHS), Carlomano Marques (PMDB), Bethrose (PRP), Ferreira Aragão (PDT) e Júlio Cesar (PTN).
Os 24 novos deputados são: Capitão Wagner (PR), Aderlânia Noronha (SD), Agenor Neto (PMDB), Dr. Bruno Gonçalves (PEN), Moises Braz (PT), Evandro Leitão (PDT), Robério Monteiro (Pros), Renato Roseno (Psol), Odilon Aguiar (Pros), David Durand (PRB), Augusta Brito (PCdoB), Lais Nunes (Pros), Jeová Mota (Pros), Naumi Amorim (PSL), Elmano (PT), Dra. Silvana (PMDB), Walter Cavalcante (PMDB), Carlos Matos (PSDB), Carlos Felipe (PCdoB), Audic Mota (PMDB), Bruno Pedrosa (PSC), Tomaz Holanda (PPS), Joaquim Noronha (PP) e Zé Ailton Brasil (PP).
Mulheres na AL
As mulheres ganharam mais representatividade na eleição de domingo. Em 2010, foram eleitas seis representantes femininas para a Assembleia. Agora, a Casa irá receber sete deputadas. Mirian Sobreira (Pros), Fernanda Pessoa (PR), Bethrose (PRP), Aderlânia Noronha (SD), Augusta Brito (PCdoB), Lais Nunes (Pros) e Dra. Silvana (PMDB) foram eleitas para o mandato que começa em 2015.

Esqueçam o que eu escrevi - O idoso ataca de novo

FHC procura campanha de Marina para apoio a Aécio
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso iniciou ontem uma ofensiva por telefone para conquistar o apoio de Marina Silva à candidatura de Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições. FHC e representantes da cúpula tucana já procuraram interlocutores da ex-senadora para fazer a ponte que resultará na aliança eleitoral contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
Fora do segundo turno, Marina telefonou na manhã de ontem para Dilma e Aécio, candidatos que seguem na disputa pelo Palácio do Planalto, para parabenizá-los pelo desempenho na campanha, mas não tratou de apoio com nenhum dos adversários.
A pessebista reuniu, na manhã de ontem, em São Paulo, seus principais interlocutores para traçar as estratégias para os próximos dias. Na noite de hoje, haverá uma reunião da Rede para definir a posição do grupo político de Marina. O PSB fará um encontro separadamente e a decisão deve ser anunciada até a quinta-feira (9). Apesar da inclinação de Marina por Aécio, o presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, defende o apoio a Dilma.
De acordo com aliados, a ex-senadora está atenta ouvindo pessoalmente as opiniões de Bazileu Margarido, Neca Setúbal, Pedro Ivo, João Paulo Capobianco e Walter Feldman, mas já indicou que, caso não haja consenso entre Rede e PSB, definirá seu posicionamento individualmente. Amaral e o vice de Marina, Beto Albuquerque (PSB), devem chegar para o fim da reunião. Albuquerque defende apoio ao PSDB no segundo turno.
Marina quer que pontos de seu programa de governo sejam incorporados à candidatura neoaliada. Sustentabilidade, comprometimento com o fim da reeleição e a manutenção das conquistas dos últimos anos, incluindo os programas sociais do PT, figuram na lista dos principais itens.
PETISTAS
Interlocutores de Marina afirmam que também foram procurados por petistas. No entanto, Marina está bastante magoada com a campanha que o PT lançou contra ela desde o início de setembro, em que investiu na desconstrução da imagem de “nova política”. A ex-senadora deixou claro, inclusive publicamente, que não deve estar com Dilma no segundo turno.
Em seu primeiro pronunciamento após o resultado das eleições, na noite do domingo (5), Marina disse que o Brasil “sinalizou claramente que não concorda com o que está aí”.