História? Quem tem?


Ideias, não. Porradas

Está meio em cima da hora, mas alguém poderia contar aos candidatos que, num debate, eles não se dirigem aos adversários, mas aos eleitores? Se gritar e olhar feio para os adversários funcionasse, o dr. Enéas teria sido presidente. Bolsonaro fala grosso, Erasmo Dias falava grosso, mas quem chegou lá foram Itamar, Sarney, Fernando Henrique, que podiam bater forte, mas com voz suave. Telespectador gosta de vale-tudo no debate, mas vota em quem não o assusta.
Obama e Clinton não levantam a voz. De Gaulle era tonitruante - mas tinha uma história que lhe permitia exageros. Não é o caso de Aécio nem de Dilma.

Historias do Narcélio

   
Narcelio Limaverde
18 de outubro às 09:30
 
Há muitos anos, já contei esta história e o Macário conhece. Pois bem, há muitos, entrei numa agência da VARIG (bem antigo, não?:) e perguntei com meu sotaque., do qual me orgulho, " Tem avião hoje:" A mocinha perguntou acintosamente, confirmando: " O senhor é nordestino,não?" E eu: " não senhora, sou alemão, não notou:" E nada mais disse nem fui perguntado, porque dei o pira...

O dia hoje

Hoje é o Dia do Médico
Meu respeito e admiração à classe.

Há quem use pesquisa pra se dar bem na eleição, porém...


“Pesquisa não projeta resultados futuros”, diz CEO do Ibope

No comando do instituto há 32 anos, Márcia está acostumada com questionamentos sobre o desempenho de pesquisas no pós eleição. Por isso, gosta sempre de lembrar que o Ibope, com seus números, conta histórias sobre as candidaturas
Marcia Cavallari defende que as pesquisas não são um oráculo
Desde que as pesquisas de boca de urna entraram em campo, no final da tarde do domingo, 5 de outubro, foi acionado o alerta: os institutos de pesquisas, supervalorizados nesta eleição, não tinham conseguido se aproximar da realidade apresentada depois de que cada brasileiro apertou a tecla CONFIRMA.
Sob questionamento, institutos defendem pesquisas
CEO de um dos principais institutos de pesquisa do Brasil, o Ibope, Márcia Cavallari sai em defesa dos resultados apresentados durante a eleição. “O objetivo da pesquisa não é projetar resultados futuros. Portanto, não há que se falar em disparidades”, afirma categoricamente.
No comando do instituto há 32 anos, Márcia está acostumada com questionamentos sobre o desempenho de pesquisas no pós eleição. Por isso, gosta sempre de lembrar que o Ibope, com seus números, conta histórias sobre as candidaturas, acompanha o comportamento do eleitorado, detecta tendências como mais uma vez aconteceu neste ano, após a entrada de Marina Silva na campanha.
“A pesquisa não é um oráculo, não dita a última palavra, não substitui a eleição. Ao longo das campanhas do primeiro turno, as pesquisas contaram a história de cada uma das campanhas, mostrando o crescimento, queda e viradas das candidaturas”, ressalva.
Veja abaixo a entrevista que ela concedeu ao site.
Congresso em Foco – O chamado “nível de confiança” induz a uma ideia de extrema eficiência, legitimidade. Mas, fixado em 95%, esse percentual não está muito alto, considerados os erros recorrentes?

Márcia Cavallari – O coeficiente de confiança é a probabilidade de que um intervalo, referente a uma amostra, inclua o parâmetro da população. O intervalo de confiança é construído a partir do erro amostral e do coeficiente de confiança. Toda pesquisa realizada através de amostragem faz estimativas dos resultados e o  nível de confiança é a probabilidade de que o parâmetro esteja dentro do intervalo de confiança. Sempre há uma probabilidade de que o intervalo de confiança não contenha o verdadeiro parâmetro da população. Esta é uma matéria técnica. O usual é trabalhar com nível de confiança de 95%.

As disparidades entre projeções e resultados abalam a credibilidade do instituto junto ao eleitorado?

O objetivo da pesquisa não é projetar resultados futuros. Portanto, não há que se falar em disparidades. A pesquisa mostra as curvas de tendências das candidaturas. A pesquisa não é um oráculo, não dita a última palavra, não substitui a eleição. Ao longo das campanhas do primeiro turno, as pesquisas contaram a história de cada uma das campanhas, mostrando o crescimento, queda e viradas das candidaturas. Se não fossem as pesquisas, ninguém saberia o que aconteceu ao longo do processo eleitoral.
Há hipótese de adoção de nova metodologia de pesquisas, ou algum trabalho em curso para aperfeiçoar a atual?

Toda eleição é um novo aprendizado e aprimoramentos metodológicos são feitos.
O Ibope considera que, com a quantidade e a frequência na divulgação das pesquisas, pode influenciar o resultado dos pleitos?

Não existem estudos conclusivos sobre a influência das pesquisas na decisão do eleitor, mas se sabe que elas são mais uma fonte de informação para o eleitor decidir seu voto. Fica muito difícil saber qual o efeito isolado que as pesquisas têm na decisão de voto do eleitor, uma vez que estão expostos a muitas outras fontes de informação: horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, campanha de rua, matérias que a imprensa faz sobre os candidatos, debates, conversas com familiares, amigos, colegas de trabalho, etc. Além disso, o eleitor pode tomar várias atitudes com base na informação da pesquisa: pode votar em quem está na frente, pode votar em quem está em segundo colocado porque não gosta do primeiro colocado, pode votar branco/nulo, pode escolher aquele que, entre os que estão na frente, mais defende as idéias que o eleitor acredita etc. Não se pode dizer que o efeito, se existir, seja apenas em uma única direção, caso contrário, não aconteceriam as viradas que frequentemente ocorrem nas eleições.

Como o Ibope responde às insinuações de que manipula percentuais, a exemplo de outros institutos?

Todas as pesquisas realizadas pelo Ibope em mais de 72 anos de existência são pautadas em critérios técnicos da ciência estatística. Elas representam a população em estudo, pois todos os grupos sociais e as várias regiões geográficas aparecem na amostra em proporção muito próxima à da população pesquisada. Os resultados das nossas pesquisas refletem fielmente o que encontramos na interlocução com as pessoas que entrevistamos e independem totalmente dos interesses de quem nos contrata. Além do rigor estatístico, a empresa segue as normas ABNT NBR ISO 9001 e ABNT NBR ISO 20252 (esta última é específica para serviços de pesquisas de mercado, opinião e social), tem seus processos certificados pela ABNT e cumpre rigorosamente os códigos de autorregulação e ética da Esomar (associação mundial de profissionais de pesquisa).
Márcia Cavallari: Pesquisa não é infalível

Estraga prazer é contar o fim do filme


'Quero acabar com você', dispara Maurílio para José Alfredo em 'Império'

Comendador descobre que o amante de Marta foi quem roubou seu diamante e os dois trocam ofensas

Regina Rito
Rio - Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) enfrentará José Alfredo (Alexandre Nero) e dirá a ele que pretende destruí-lo. Na sequência de ‘Império’, a partir do dia 31, depois de descobrir que seu diamante cor-de-rosa sumiu, o Comendador encontra um bilhete na cova de Sebastião (Reginaldo Faria) em que está escrito: “José Alfredo Medeiros, ladrão e assassino.” Fulo da vida, ele acusa Maria Marta (Lilia Cabral) de ter roubado seu talismã e ela nega. Mas, depois, ele chega à conclusão de que foi Maurílio, o amante dela, que, além de roubar sua pedra da sorte, deixou o bilhete.
'Quero acabar com você', dispara Maurílio para José Alfredo em 'Império'
Foto:  Divulgação

José Alfredo tem uma longa conversa com Marta e pede sua ajuda para pegar o diamante de volta e impedir que Maurílio destrua o império que construíram. A matriarca impõe uma condição: que ele dê um chute no traseiro de Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa). Em vão. “Mil vezes não! Você não vai me separar da Ísis. Nem que a vaca tussa!”, afirma J.A. Marta: “Mesmo preferindo que eu me bandeie pro lado do inimigo?” J.A. descrente: “Embora você durma com ele, não acredito que esteja tão interessada naquele sujeitinho a ponto de botar nosso império em risco e o futuro dos seus filhos.” Ela alega que não é o império que está ameaçado, mas ele é quem está sendo acusado de ladrão e assassino.
Sem acordo, José Alfredo surpreende Maurílio no hotel. Força a entrada e vê no laptop do rival a foto da sepultura de Sebastião. O rapaz diz que o homem era irmão de seu pai, que, ao morrer, lhe disse onde estava enterrado o tio. J.A. não acredita, mostra o papel que achou na cova de Sebastião e pergunta o que ele pretende. Maurílio confirma que Sebastião Ferreira era seu pai e que foi ele quem deixou o papel pregado na sepultura, para que J.A. lesse. E indaga: “O que você acha que eu pretendo?” J.A.: “Dinheiro. E deve ser muito!” O outro: “Nem que fosse toda sua fortuna. Não seria suficiente! Quero muito mais que isso.” J. A. ri: “Quer a Marta, é?” Maurílio: “Ela pode vir no pacote, com todo o resto. Mas o que eu quero mesmo é acabar com você!”

Opinião de Leonardo Boff

As eleições à luz da história antipovo

Leonardo Boff
Diz Beozzo: “A questão de fundo em nossa sociedade é a do direito dos pequenos à vida sempre ameaçada pela abissal desigualdade de acesso aos meios de vida e pelas exíguas oportunidades abertas às grandes maiorias do andar debaixo.
Como nos ensina Caio Prado Júnior, nossa formação social desigual repousa sobre quatro pilares difíceis de serem movidos: a) a grande propriedade da terra concentrada nas mãos de poucos, de tal modo  que não haja terra “livre” e “disponível” para quem trabalha ou para os que eram seus donos originários, os povos indígenas; b) o predomínio da monocultura; c) a produção voltada para o mercado externo (açúcar, tabaco, algodão, café, cacau e hoje soja); d) o regime de trabalho escravo.
A independência de Portugal não alterou nenhum desses pilares.  Os que naquela época sonharam com um Brasil diferente, propunham a troca da grande pela pequena propriedade nas mãos de quem trabalhava; da monocultura para a policultura; da produção para o mercado internacional por outra voltada para o autoconsumo e para o abastecimento do mercado interno; do trabalho escravo pelo trabalho familiar livre. Isso pôde acontecer em pequenas regiões periféricas às monoculturas tropicais, na serra gaúcha e catarinense, com colonos alemães, italianos, poloneses, numa propriedade mais democratizada.
Houve geral oposição dos grandes proprietários escravistas a qualquer dessas medidas e foram matados a ferro e fogo  levantes populares que apontavam para qualquer medida democratizante na economia, na política e sobretudo nas relações de trabalho. Basta rememorar algumas dessas revoltas: a insurreição dos escravos Malês na Bahia, a Balaiada no Maranhão, a Cabanagem na Amazônia, a revolução Praieira em Pernambuco, a Farroupilha no  Sul.
A revolução de 30, com seu viés nacionalista, mesmo que parcialmente, deslocou o eixo do país do mercado externo para o interno; do modelo agrário exportador para o de substituição de importações; do domínio das elites exportadoras do café do pacto Minas/São Paulo, para novas lideranças das zonas de produção para o mercado interno, como as do arroz e charque do Rio Grande do Sul; do voto censitário, para o voto “universal” (menos para os analfabetos, naquela época ainda maioria entre os adultos), do voto exclusivamente masculino para o voto feminino; das relações de trabalho ditadas apenas pelo poder dos patrões para a sua regulação, pelo menos na esfera industrial, com a criação do Ministério do Trabalho e das leis trabalhistas voltadas para a classe operária. Não se conseguiu tocar o domínio incontornável dos proprietários de terra na regulação do trabalho dentro de suas propriedades, o que vai acontecer só depois de 1964, com o Estatuto do Trabalhador Rural.
Getúlio implantou uma política corporativista de apaziguamento entre as classes e de “cooperação” entre capital e trabalho, entre operários e os capitães da indústria em torno de um projeto de industrialização e defesa dos interesses nacionais.
Nesta  campanha eleitoral, certos meios de comunicação criaram o motto: “Fora PT”. Busca-se acabar com a “ditadura” do PT para instaurar a “ditadura do mercado financeiro”. O que realmente incomoda? A corrupção e o mensalão?
A meu ver, o que incomoda, em que pesem todos seus limites, são as medidas democratizantes como o Prouni, as cotas nas universidades para os estudantes vindos da escola pública e não dos colégios particulares; as cotas para aqueles cujos avós vieram dos porões da escravidão; a reforma agrária, ainda que muito aquém de tudo o que seria necessário; a demarcação e homologação em área contínua da terra Yanomami contra meia dúzia de arrozeiros apoiados pelo coro unânime dos latifundiários e do agronegócio, assim como todos os programas sociais do Bolsa Família, ao Luz para Todos, ao Minha Casa, minha Vida, ao Mais Médicos e daí para frente.
Nunca incomodou a estes críticos que o Estado pagasse o estudo de jovens estudantes de famílias ricas que deram a seus filhos boa educação em escolas particulares, o que lhes franqueou o acesso ao ensino gratuito nas universidades públicas aprofundando a desigualdade de oportunidades. Esse estudo custa mensalmente ao Estado nos cursos de Medicina de seis a sete mil reais. Nunca protestaram essas famílias contra essa “bolsa-esmola” dada aos ricos, e que é vista como “direito” devido a seus méritos e não como puro e escandaloso privilégio. São os mesmos que se recusam a ser médicos nos interiores e nas periferias que não dispõem de um médico sequer.
Os que sobem o tom dizendo que tudo no país está errado, em que pese a melhoria do salário mínimo, a criação de milhões de empregos, a ampliação das políticas sociais em direção aos mais pobres, a criação do Mais Médicos, posicionam-se contra as políticas do PT que visam a assegurar direitos cidadãos, ampliar a democratização da sociedade, combater privilégios e sobretudo colocar um pouco de freio (insuficiente a meu ver) à ganância e à ditadura do capital financeiro e do “mercado”.
É esta a razão do meu voto para outro projeto de país, que atende às demandas sempre negadas às grandes maiorias. É por isso, que votei Dilma no primeiro turno e o farei no segundo, respeitando outras escolhas. Associo-me a esta interpretação, também no voto à Dilma Rousseff.
* teólogo e escritor

Nigéria anuncia acordo para libertar meninas sequestradas há seis meses

Agência Brasil
O sequestro foi no dia 14 de abril, quando os militantes do Boko Haram entraram na escola e, após incendiar o local, levaram 270 meninas em 20 camionetes e cerca de 30 motocicletas. Algumas conseguiram fugir ou foram libertadas, mas 219 continuam em cativeiro.
O governo nigeriano foi muito criticado internamente e por outros países pela incapacidade de resolver a situação e encontrar e libertar as garotas. A campanha #BringBackOurGirls (Tragam de volta nossas meninas, em inglês) conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas no abaixo-assinado online que ajudou a manter o caso no noticiário internacional.
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, postou em maio uma foto segurando um pedaço de papel em que estava escrito #BringBackOurGirls. A foto teve grande repercussão e atraiu a atenção e o apoio de várias personalidades. Ify Elueze, a jovem nigeriana de 23 anos que iniciou a campanha, disse hoje que está “extremamente animada com a notícia e otimista, mas cautelosa”.
Ify agradeceu as assinaturas no abaixo-assinado e ressaltou que a libertação das meninas não seria possível se pessoas de todo o mundo não tivessem levantado a voz para exigir que o governo nigeriano e governantes de vários países fizessem o possível para trazê-las de volta para casa. “Meus pensamentos estão com as meninas nigerianas e suas famílias, enquanto elas aguardam para poder voltar para casa. Eu mal posso esperar para poder dizer que nós trouxemos de volta nossas garotas, ou #WeBroughtBackOurGirls”.

Beatificação de Paulo VI

Bento XVI irá à beatificação de Paulo VI no domingo

"Podemos esperar a presença de Bento XVI domingo", disse o porta-voz da Santa Sé, padre Fedrico Lombardi. Em 27 de abril, Joseph Ratzinger também assistiu à missa de canonização de João Paulo II e João XXIII, realizada na Praça São Pedro e presidida pelo papa Francisco.   
Depois de ter renunciado ao cargo de Pontífice em fevereiro de 2013, Bento XVI, de 87 anos, vive em um mosteiro dentro do Vaticano e evita fazer aparições. Paulo VI foi líder da Igreja Católica entre 1963 até sua morte, em 1978. Sucedeu o papa João XXIII, que convocou o Concílio do Vaticano, e decidiu continuar os trabalhos do predecessor. Em seu pontificado, melhorou as relações entre os católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes através de diversos acordos bilatreais.

Isso o TSE permite

Conversa Afiada bota o bode na sala


Foi assim que Aécio levantou
R$ 166 milhões para 2012-2014?

Aécio Neves e Eduardo Campos estariam unidos desde a eleição de 2012

Cartório autenticou assinatura de Danilo de Castro



O Procurador Federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO-MG), um documento que mostra uma lista de políticos, partidos e empresas numa operação para, supostamente,  financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e vereadores.

Conversa Afiada tem a informação de que o promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à Procuradoria Geral da República, já que entre os suspeitos estão políticos com direito a foro privilegiado.

No documento, onde se lê “consórcio” é possível entender que dele façam parte operações à margem da legislação eleitoral.

O arquivo teria sido enviado ao candidato a Presidente Aécio Neves (PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro, à época Secretário de Estado de Governo de Minas e possível operador do esquema. Nessas eleições, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao Governo de Minas.

A movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos – principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de 2012. Entre eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu este ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e 500 mil a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos.

Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos citados, estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São Paulo, que teria recebido R$ 3 milhões e 600 mil, o prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), R$ 7 milhões, Arthur Virgilio (PSDB), prefeito de Manaus (AM), R$ 600 mil, Geraldo Julio (PSB), prefeito de Recife (PE) R$ 550 mil e o senador José Agripino Maia (DEM), R$ 2 milhões e 300 mil “por intermédio” do deputado Gustavo Correia (DEM-MG), de acordo com o documento.

Os recursos podem ter saído de mais de 150 empresas dos mais diversos setores, como alimentação, construção civil, bancos, associações e sindicatos. Algumas foram citadas recentemente pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Correa.

Chamam a atenção supostas doações de grupos como Conselho Federal de Medicina, que se envolveu na polêmica do programa Mais Médicos, que teria cedido R$ 40 mil, Federação Mineira dos Hospitais R$ 45 mil, Federação das Santas Casas de MG com R$ 100 mil, Associação Espírita o Consolador com R$ 160 mil, Associação dos cuidadores de idosos de MG, com R$ 200 mil, UGT (União Geral dos Trabalhadores) R$ 50 mil e Sindicato dos ferroviários R$ 55 mil. Além de bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú e Mercantil do Brasil.

Outras que aparecem são empresas ligadas a governos, como a CEMIG, companhia de energia de Minas, que teria doado R$ 6 milhões, a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) R$ 3 milhões e a Fundep (Fundação de desenvolvimento da Pesquisa) instituição que realiza a gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Alguns dos doadores já são denunciados por participar de esquemas polêmicos. Um deles é o dono da Stillus Alimentação Ldta, Alvimar Perrela, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do deputado Zezé Perrela. Segundo matéria de O Globo, “ele é acusado de liderar um esquema de fraudes que o fez vencedor em 32 licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas para presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de 2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu cerca R$ 80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas”.
A Construtora Cowan, uma das responsáveis pela construção do viaduto que caiu em Belo Horizonte, de acordo com os documentos, teria cedido ao esquema R$ 650 mil.

Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas.

O dinheiro arrecado teria irrigado, principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.
Abaixo, o documento na íntegra:




















Em tempo: membros da oposição na Assembleia Legislativa de Minas chegaram a convocar uma coletiva para divulgar esse documento. Mas cancelaram, sobretudo, porque ele menciona  nomes que fazem parte de um grupo que pode vir a apoiar o Governo de Fernando Pimentel.

Em tempo2: Na ilustração do alto, o amigo navegante pode observar que o documento com o timbre do 7o ofício de notas de Belo Horizonte, situado à Rua dos Goytacases, número 43, centro,  datado de 04/09/2012, teve a assinatura de Danilo de Castro reconhecida no dia 02/10/2012, pelo escrevente Gustavo Correia Eunapio Borges no 7o ofício de notas de Belo Horizonte.

Filiado ao PSDB-MG, foi Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais e Deputado Federal, eleito por três vezes consecutivas.

Em tempo3: O Conversa Afiada encaminhou este post ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Dias Toffoli, com a pergunta: se for verdade, que Democracia e que eleições são essas?

Em tempo4: atento amigo navegante liga para observar que a cidade de Cláudio teriam sido destinados R$ 300 mil , possivelmente ao Titio, e, talvez, antes de ele manter a guarda da chave do aeroporto….


Paulo Henrique Amorim com Alisson Matos