Opinião

O CAVALO E O CASCALHO

Mauro Santayana


Encerrada a ressaca das eleições municipais deste ano, o ambiente político brasileiro continua recomendando cautela aos observadores, que tendem a agir com o cuidado de equinos que,   em dia de neblina, tateiam, com a ponta dos cascos, os limites da pirambeira da trilha de cascalho em que se encontram. 

A vitória do PSDB, cujo maior símbolo foi a eleição, em primeiro turno, na cidade de São Paulo, do Sr. João Dória Júnior, com menos votos que os nulos, brancos, e as abstenções, foi também o triunfo da antipolítica e da terra arrasada, como consequência da criminalização da atividade pública, que espantou os eleitores e tolheu a sua presença nas urnas eleitorais e o seu apoio a este ou àquele nome.

Há que se frisar o importante papel exercido por certa mídia, a mais parcial e venal, nesse processo, que não escondeu, em frente às câmeras, e nas capas das revistas semanais, sua  lúbrica, babosa, satisfação com o resultado, e com a coroação de um bem sucedido trabalho de anos de cínica manipulação da opinião pública.

Ou as ações daqueles que, plantados em algumas áreas da justiça, se julgam acima do voto e parecem pretender tutelar o país pressionando, com êxito cada vez maior, o STF, e interferindo direta e indiretamente nos rumos do Executivo e do Congresso Nacional, com óbvia influência na decisão do eleitorado menos esclarecido.

Provisório, se não descartável, para muitos daqueles que saíram vitoriosos das urnas, o PMDB - que deu origem aos tucanos - e que já foi, em parte, no passado, baluarte da redemocratização e do nacionalismo no Brasil - pode ser defenestrado do Palácio do Planalto a qualquer momento se não fizer direitinho o dever de casa determinado pelo discurso e a agenda entreguista e conservadora.

O desmonte e esquartejamento da Petrobras, a entrega do pré-sal e o fim do estado brasileiro, por meio da aprovação do teto de despesas do governo, excrescência que só existirá no Brasil, já que não há país desenvolvido que não tenha crescido por meio do endividamento,  abrem caminho para uma nova fase da vida nacional, cujo maior símbolo é a volta das missões do FMI a um país que é credor da instituição e que, com 370 bilhões de dólares em reservas internacionais, ocupa o posto de  quarto maior detentor de títulos do tesouro norte-americano.

A decepção da população brasileira com o PT, favorecida pelos erros do partido e por mega-factoides como o do Mensalão, que, apesar de manter o país em suspense por dois anos, envolveu menos de 70 milhões de reais, e o do suposto "Petrolão", que não conseguiria passar, sem os bloqueios e multas punitivas bilionárias por "danos morais" e sem a transmutação retroativa de doações normais de campanha em propina, de algumas dezenas de milhões de dólares (o mais é fruto de ilações  nascidas de delações forçadas, arrancadas de indivíduos detidos indefinidamente como o ex-ministro Antônio Palocci está agora, sob permanente "custódia"   da República de Curitiba) deu origem a um crescente número de votos nulos e de cidadãos que não compareceram às urnas, que retira boa parte da representatividade dos eleitos, e que não pode ser nada bom para a jovem - e periclitante -  democracia  brasileira.

Contra o retrocesso político e o econômico, a única saída no horizonte é a negociação e o bom senso.

A esquerda não pode colocar apenas no PMDB., ou no PSDB, a conta de um golpe anunciado, que todo mundo sabia que iria ocorrer, desde, que, pelo menos, inaugurando uma série de episódios mais que sintomáticos, sutis como Dinossauros, Dilma foi insultada em pleno estádio, de forma estúpida e chula, na  abertura da Copa do Mundo de 2014.

Sejamos francos e diretos, porque a História é dura e crua e não admite complacência ou meio termos.

Independente de suas eventuais conquistas, o PT - e não estamos nos referindo à sua militância - foi fraco, dividido, arrogante, medroso, incompetente, equivocado e omisso na  resposta e nas reações à articulação estabelecida para derrubá-lo.

Agora, seria recomendável que assumisse sua quota da responsabilidade - que não pertence apenas a seus adversários - pelo retrocesso estratégico e histórico que o país está vivendo, e que fizesse uma urgente e pragmática autocrítica, diante do que está acontecendo com a Nação, antes que o desastre - para mal da diversidade democrática do espectro político nacional - se repita, em maior proporção do que ocorreu, agora, com a legenda, nas próximas eleições. 
 
Não adianta querer agir intempestiva e  desarticuladamente, para colocar tramela na porta depois que a casa foi quase que definitivamente arrombada.

É hora de determinar e unificar estratégias - viáveis - e recolher os cavalos de batalha, ou melhor, de tirar o cavalinho da chuva e parar para pensar no futuro e no que se vai fazer com ele.

Da mesma forma que o eventual isolamento do PSDB em uma situação de força, quando lhe caberia liderar, neste momento, se não estivesse dividido e contaminado, no caso da maioria de suas lideranças,  por uma deslocada visão de mundo, a reação da política em torno da defesa das instituições; o crescente isolamento - também em boa parte dos casos  estéril - de alguns segmentos mais indignados e desesperançosos da esquerda, e principalmente da esquerda nacionalista, embora compreensível, não favorece em nada a liberdade e a democracia.

Ele apenas - principalmente se o PSDB caminhar ainda mais para a direita - pavimentará, como já se viu pela relação dos vereadores eleitos para a cidade do Rio de Janeiro nestas eleições, o caminho para a ascensão do fascismo em 2018.

E só pode beneficiar os inimigos do Brasil e de sua soberania, que se deleitam, lá fora, enquanto  fincam o pé, aqui dentro,  aproveitando o avanço do esquartejamento e da liquidação do país, com um célere e desastroso retorno a uma situação de colônia - que nos afastará da negociação - em que nos colocou a condição de uma das dez maiores economias do planeta - dos destinos do mundo neste vigésimo-primeiro século, ainda tão jovem quanto desafiante.

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo

Opinião

Teto generalizado ou indiscriminado de gastos é uma brutalidade
Por Janio de Freitas (Da folha)
Henrique Meirelles e o grupo de Michel Temer reproduzem, combinadas em seu comportamento, as mirabolâncias de Collor que salvariam a economia do país e as criações do caos que ressuscitariam o Plano Cruzado, no governo Sarney.
O projeto que fixa um teto estrangulante para os gastos de governo durante 20 anos, cortando todo o necessário para a retomada do crescimento econômico, equivale à extorsão de 50% dos recursos financeiros de pessoas e de empresas, executado por Collor a pretexto de sustar gastos inflacionários. A incapacidade de Meirelles, Temer & cia. de apresentar ideias convincentes, ou de ao menos fazer uma demonstração respeitável das suas hipóteses, repete o blablablá e o gasto em propaganda no governo Sarney contra igual carência.
A campanha defensiva do tal teto, por parte do governismo, recorre a argumentos patéticos. Meirelles: "Sem o teto, a alternativa será muito pior". Onde está um mínimo de demonstração disso? A alternativa pode ser ótima, a depender da criatividade e da competência técnica já vistas, por exemplo, no Plano Real, de André Lara Resende. E ausentes agora.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, avisa que só o teto salvará o Brasil de ficar "como o Haiti". Se fosse exagero, seria ridículo. É, porém, um ato de propósito enganador e nenhuma inteligência. Michel Temer: "Se as medidas fossem tomadas antes, agora não se precisaria disso". Foi o que Joaquim Levy, com os mesmos princípios conservadores e sem aventureirismo, tentou durante todo o 2015, em negociações com as lideranças do Congresso. Sempre bloqueado por PSDB e PMDB. Sozinho, o primeiro nada poderia. Decisivo foi o outro: o PMDB então presidido por Michel Temer. Já era a conspiração.
É dessa maneira que o governismo defende seu projeto milagroso. Nesta ocasião, também, em que uma pesquisa internacional faz oportuna constatação (editorial da Folha, 14.out). Apesar de incluir-se nos países de maior violência interna, o Brasil continua mais preocupado com o sistema de saúde (50%) do que com os problemas de violência (48%). O que lhes reserva a respeito o projeto governamental do teto?
Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima perda até de R$ 743 bilhões no sistema de saúde, durante a vigência do teto. O presidente do instituto, Ernesto Lozardo, tratou de emitir uma nota antiética para dizer aos de cima que o Ipea é a favor do teto. Mas não é, nem contra, por ser instituição apenas de pesquisa, não de política econômica. Ainda assim, Fabíola Sulpino Vieira, economista co-autora da pesquisa, deixa seu cargo no Ipea.
Se a violência não tem estudo, outra preocupação nacional aumenta o alarme: a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara –a Conof dos melhores técnicos da Casa em questões orçamentárias– concluiu que a educação perderá R$ 20 bilhões por ano, R$ 480 bilhões na pretendida vigência do teto.
Mas a solidez do plano e o critério que determinou sua duração estão expostos pelo próprio Temer, segundo o qual, na GloboNews, a duração pode ficar em "uns quatro, cinco, seis anos". O fato, simples e incontestável, é que teto generalizado ou indiscriminado de gastos é uma brutalidade. E nega a razão de ser dos governos, que é administrar circunstâncias a cada dia, a cada hora, e seu provável futuro.
O Brasil necessita é de racionalização de gastos. E isso não requer alterações constitucionais. Só precisa de critérios competentemente honestos e de um presidente firme e íntegro, que não se caracterize por oscilações e recuos.

Pelo direito de andar armado

“Um Brasil desarmado é um perigo”, afirma Manoel Duca


O debate está envolto em polêmicas, mas o deputado estadual Manoel Duca (PDT) não tem dúvidas quando o assunto é o Estatuto do Desarmamento.O parlamentar é contra a proibição do porte de armas e chama a atenção para a crescente violência no País. “A Lei do Desarmamento, aprovada em 2003, teve um plebiscito de resultado contrário da população. As pessoas, em maioria, preferem ter direito a se defender, mas não foi respeitada a vontade da maioria”, afirma.
Segundo o parlamentar, a situação de violência é insustentável no Brasil, e as pessoas ficam confinadas em casa com medo de sair. “Pensam que um Brasil desarmado é bonito, mas, na verdade, é um perigo, porque a polícia não consegue desarmar o bandido, já que bandido não tem endereço, ou seja, o bandido está armado, mas as pessoas de bem não”, apontou.
O deputado salientou que, com o desarmamento, o bandido está seguro de que pode fazer o que quiser, sabendo que a sociedade não tem como se defender. “Até a Constituição diz que existe a legítima defesa, mas nem a isso o cidadão tem direito. Não podemos defender a nossa vida. O porte de arma ao cidadão de bem precisa ser admitido. Cada um pode ter direito a se defender, já que o Estado não pode fazer isso”, observou.
Maioridade
Em pronunciamento, na semana passada, na Assembleia Legislativa, Manoel Duca enfatizou ainda a redução da maioridade penal como medida de prevenção e diminuição da violência no País. “Os menores não têm punição. Um adolescente infrator que comete um latrocínio fica três anos em uma instituição correcional e, muitas vezes, ainda consegue fugir do local. Não existe punição, mesmo em caso de crime hediondo”, ressaltou.
De acordo com o parlamentar, em todas as quadrilhas formadas por bandidos, existe um menor “para levar a culpa”. “Todos sabem que o menor escapa da responsabilidade, então, é mais fácil atribuir tudo ao adolescente”, disse.

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog




Izolda comanda o Ceará Pacífico
As ações realizadas pelo Pacto por um Ceará Pacífico no território do Vicente Pinzon, em Fortaleza, não param de ser implementadas pelo Estado. Já está funcionando no bairro, o Núcleo de Ação pela Paz, ponto de encontro para o enfrentamento da violência e da construção de uma cultura de paz na comunidade, inaugurado na última terça-feira.A vice-governadora Izolda Cela ao comparecer à solenidade de inauguração,  destacou a importância no Núcleo de Ação pela paz para a confirmação do Pacto por um Ceará Pacífico. Izolda destacou, também, que a comunidade pode usar o Núcleo para que a comunidade apresente suas reivindicações ao Governo do Ceará. O Vicente Pinzon foi instituído como o primeiro território de atuação, sendo o projeto-piloto em 2015. A iniciativa abrange programas, projetos e ações voltadas para a prevenção da violência e redução da criminalidade. Com o objetivo de construir uma cultura de paz em todo o território cearense, opera a partir de políticas públicas interinstitucionais de prevenção social e segurança pública. A meta é a melhoria do contexto urbano, por meio de ações que possibilitem o monitoramento e a avaliação contínua da sociedade, criando as condições de acolhimento das populações mais vulneráveis e o enfrentamento da violência.

 

A frase:Tiririca estava errado: pedia votos dizendo que pior do que está não fica”. Reflexões.



As crianças de Francisco(Nota da foto)
“As crianças são um sinal. Sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de ‘diagnóstico’ para compreender o estado de saúde de uma família, de uma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”. Papa Francisco.

Fugas de Delegacias
Pelo menos uns cinco anos fazem, a promotora Fernanda Marinho luta pelo fim dos cárceres em delegacias do Ceará. Mexeu céus e terra e nada. Agora, que as fugas e abusos extrapolaram fazem o que ela sempre lutou.

Coerência
Deu neste jornal a defesa do deputado Duquinha do esporte da Vaquejada. Podem até torcer o nariz pro esporte mas jamais para a coerência de Duquinha, atleta, paraquedista,derrubador de boi e vaqueiro. - Os ministros não conhecem do que falaram,disse com a coragem de sempre.

Fogo na mata
O pronunciamento de Duquinha provocou colegas deputados, lá dele, que estão se juntando para uma ida aos Ministros. Eles querem provar que Vaquejada é esporte e não é coisa de maus tratos ao boi. Sem falar na tradição nordestina.

Premiação
Duas pesquisas de doutorado realizadas na Universidade Federal do Ceará, no Programa de Pós-Graduação em Matemática e no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, foram contempladas com o Prêmio Capes Tese 2016.

Além da tabuada
Tiraram  primeiro lugar, em suas respectivas áreas, os trabalhos "Regularidade Lipschitz, Invariância da Multiplicidade e a Geometria dos Cones Tangentes de Conjuntos Analíticos" (https://goo.gl/yBBvOm), de Edson Sampaio, e "Mortalidade relacionada às doenças tropicais negligenciadas no Brasil, 2000-2011: magnitude, padrões espaço-temporais e fatores associados" (https://goo.gl/uzKO1z), do pesquisador Francisco Rogerlândio Martins de Melo.



Bom dia

Casa Nova do Icó

JERÔNIMO E SUAS TRÊS MULHERES.
Transeunte rotineiro dos sois cotidianos de Icó, o agricultor Jerônimo Bezerra, residente no sítio Retiro, pessoa trabalhadora e de bem com a vida, foi acusado de ferir o ordenamento penal e restou preso.
Daí, Jerônimo, nosso preso temporário, mostrou-se talentoso para o amor: uma namorada e duas esposas.
Preso, as três mulheres foram solidárias para com Jerônimo.
Procuraram o nosso então juiz de direito, Dr. Luiz Carlos e, o diretor de secretaria do fórum, Erlândio Rolim, para uma reunião.
“Senhor Juiz, Senhor Diretor, eu sou a nomarada de Jerônimo, disse a primeira. Eu sou a esposa no papel de Jerônimo, disse a segunda. Eu sou amancebada com Jerônimo, disse a terceira”.
- “Nós fizemos um acordo, sem briga alguma, pois, Jerônimo está preso e nós queremos ter o direito de visitá-lo, intimamente, na cadeia do Icó. Pelo acordo, Senhor Juiz, cada uma terá direito a ficar com ele dois dias durante a semana”.
Dr. Luiz Carlos, nosso elegante magistrado, atento a legislação penal-processual, decidiu por outro caminho: “concedeu o alvará judicial, e, doravante a liberdade ao nosso homem do amor Jerônimo”.
Agora livre das grades da cadeia icoense, Jerônimo terá que decidir quantos dias, a seu bel prazer, ficará as suas mulheres em sua companhia.
Pelo o visto, o amor não tem cerca que o separe!
(Do livro de causos do advogado Fabrício Moreira da Costa).

Reflexões domingueiras

Tem horário de verão aí pra encher sua santa paciência. Quando der uma na véia vai dar quanto na nova?
Perguntas imbecis que teremos na internet, tão boa pra gente se livrar dos idiotas.

Opinião

janio de freitas
Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa as questões políticas e econômicas. Escreve aos domingos e quintas-feiras.

Atraso está antes no Judiciário que em recursos da defesa


Pedro Ladeira/Folhapress
Sessão do Supremo Tribunal Federal
Sessão do Supremo Tribunal Federal
Um caso excepcional, pela variedade de atos criminais reunidos, em operações entre governo e sistema financeiro, e pelo forçado desfecho libertário dado às condenações. Improbidade, falsidade ideológica, desvio de finalidade, associação ilegal, fuga e, claro, corrupção. Mas excepcional não só por isso, senão sobretudo pelo desafio ao argumento do Supremo Tribunal Federal para determinar, na semana passada, a prisão de condenados em segunda instância, ainda que tenham direito a recorrer aos níveis superiores.
A modificação repentina do valor do real, no que ficou conhecido como o "estelionato eleitoral" de Fernando Henrique, ao iniciar seu segundo mandato com um ato contra a tese central da campanha, gerou o célebre escândalo com o Banco Central e os bancos privados Marka e FonteCindam. Como os dois quebravam com o aumento do dólar, o BC vendeu-lhes a preço reduzido uma fortuna da moeda, salvando-os da intervenção e da liquidação.
Não houve como livrar de processo os dirigentes dos dois bancos, embora salvar banqueiros ao custo de bilhões para o Tesouro Nacional fosse parte da peculiar moral do governo. Dirigentes do BC, por sua vez, deixaram rastros de conexões pessoais com os dois bancos, sendo por isso incluídos nos processos.
De 1999 a 2005, investigações múltiplas, processos, julgamentos e recursos não consumiram tempo anormal, considerados os tempos no Judiciário brasileiro. Naquele último ano, obtida uma redução das penas para quatro anos, a defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça em busca de mais vantagem. Não a recebeu em razão do recurso. Mas recebeu.
Há pouco, a juíza Ana Paula de Carvalho, ao escavar na jazida judicial dos casos de corrupção em aberto, deu com o processo BC/Marka/FonteCindam. Para só poder aplicar-lhe a prescrição: o processo estava parado no STJ havia 11 anos, quase o triplo dos anos de condenação a serem rejulgados. Os processados do BC e dos bancos privados estão livres sem terem estado presos (com exceção de Salvatore Cacciola, preso preventivamente quando desfilava em Mônaco com sua garupa). Nem sequer devolução de uns trocados: o prejuízo de cerca de US$ 2 bilhões fica, todo, como um legado da feliz associação entre o governo Fernando Henrique e o Judiciário, ainda vigente com outros representantes do PSDB.
O argumento mais forte do Supremo, nos 6 a 5 votos com que estabeleceu a prisão precipitada, foi a dos recursos de defesa como causa da lentidão do Judiciário. Os últimos 11 anos do processo BC/Marka/FonteCindam dão prova inquestionável de que o atraso está antes no Judiciário. Mais que tudo, nas instâncias superiores.

Evangelizar

Roberto Cláudio participa do IX Evangelizar é Preciso 

O prefeito Roberto Cláudio e a primeira-dama, Carol Bezerra, participaram do IX Evangelizar é Preciso, considerado o maior evento católico do Ceará, realizado neste sábado (15/10), na Praia de Iracema. O Prefeito esteve acompanhado do governador Camilo Santana e da primeira-dama do Estado, Onélia Leite.

Para Roberto Cláudio, é muito importante ter eventos como este para promover mais convivência comunitária. “O Evangelizar é Preciso é um evento muito organizado, estruturado pela Igreja Católica para estimular a integração comunitária e a fé em Deus por vários caminhos. Aproveitei a tarde deste sábado para orar e pedir muitas bênçãos a Deus e ao povo de Fortaleza”, afirmou o Prefeito.

De acordo com os organizadores do evento, cerca de 2 milhões de fiéis lotaram o aterro da Praia de Iracema. O Evangelizar é Preciso contou com shows e oração com o padre Reginaldo Manzotti, idealizador do evento. Uma missa também foi celebrada pelo arcebispo de Fortaleza, Dom José Aparecido Tosi Marques.

Bom dia

“Uns sentem a chuva, outros apenas se molham”, em apenas oito palavras a definição precisa do  que diferencia pessoas. Seu autor, Bob Dylan, é Prêmio Nobel de Literatura de 2016.