Atípica, amarga e eletrizante
Miami (Flórida)USA – 25 graus - Se
você e perguntar como traduzir esta recém finda eleição para a presidência dos
Estados Unidos da América eu lhe direi: suja, travosa e borolenta. Por que se
você ouviu só a Trump e sua arrogância e a Hillary e sua ironia, perdeu a
guerra pelo Senado, a batalhas por prefeituras. Quando falo na atípica campanha
é que no reta final, estavam um maluco que saiu no cacete contrariando
determinações do partido que o acolheu sem jamais ter sido candidato a coisa
alguma e uma mulher a primeira a chegar, de fato, próximo a ser a possível
primeira mulher presidenta dos EUA. Outro aspecto foi o fato de que jamais
tanta gente foi às urnas antes, durante e no dia fatal, o 8 de novembro. Aqui,
vota-se bem antes do dia D, vota-se durante a própria campanha e no dead line,
ou o a data final. Pude ver ao longo do período, como fiz nas ultimas 5
campanhas para a presidência americana. Não vi, jamais, 51% rejeitarem uma
candidata e 64% rejeitarem o outro. Os latinos são hoje 13 milhões de votos. Ao
todo esperavam 100 milhões de eleitores. Cada um com seus motivos. Trump prometia
um muro para separar mexicanos e outros latinos, porque “criminosos, assassinos, ladrões,
traficantes”. Hillary rebatia sempre com frase de efeito: “Sou uma candidata
que quer erguer pontes e não muros”. E assim foi o chegar ao número mágico, o
resultado final dos delegados, aqueles que formam o colégio eleitoral que já
deu vitórias históricas à vida americana. Passo a passo, noite a dentro, de
ontem para hoje, 9 (você está lendo dia 10) esta coluna ficou na atenção dos
detalhes desde o voto ao comportamento do povo; uma inusitada campanha de uma
eleição atípica, amarga e eletrizante que escolheu... Donald Trump.
A frase: “Seremos amigo de quem quiser ser nosso
amigo”. “Vamos começar cedo a construir o muro eu vai nos separar do México”.
Donald Trump no discurso da madrugada comemorando a eleição pra presidente dos
Estados Unidos.
O cara bateu a todos (Nota
da foto)
Trump bateu à direita e à
esquerda. Arrumou briga dentro do partido dele que nunca mais será o mesmo.
Arrumou briga com os adversários e aí nem ele nem o partido dele jamais serão o
mesmo. No discurso de vitória prometeu cumprir cada meta anunciada nos discursos
de campanha.Vai botar pra correr os imigrantes indocumentados e fazer o tal do
muro que mata o México. De cara conseguiu derrubar as bolsas e moedas do mundo
inteiro. Era isso que queriam?
Barba, cabelo e bigode
A campanha de Donald Trump
foi algo tão especial que provou, outra vez, que os institutos de pesquisas
estavam todos, estou dizendo todos, errados. Ninguem chegou perto.
Fechados
Trump fez maioria no senado.
Trump fez maioria na Câmara. Trump fez maioria na Câmara baixa, uma gente muito
especial e tem a seu favor 8 membros do Supremo. É!
Aqui e ali
Alguns acertaram uns raros
estados, os mais visíveis,na vitoria de Trump. No geral erraram tudo. O povo
queria Trump, um cara branco,um cara discriminador, um cara racista, um cara
intimidador.
Texto brasileiro
Eles que se arrumem com o
que arrumaram, me disse um brasileiro que mora aqui, indocumentado. E sem medo
de ser deportado: Eles precisam da gente pra limpar as porcarias deles, foi a
desculpa.
Impacto
Dois vizinhos sentirão de
perto o que quiseram os eleitores latinos que votaram na eleição americana.
Seus povos, em maioria nos EEUU lutaram até a ultima hora.
México e Cuba
Se desse Trump o povo
mexicano diria que a vida viraria um inferno no México e sua gente sofreria
muito. Se desse Hillary eles estariam no céu, dizia a maioria.
Cuba e México
Os cubanos que são um “país”
dentro dos EUA, torciam em Havana, Camaguay e Varadero entre outras cidades.
Votaram no outro
Torciam e pediam votos aos
compatriotas na América.Para Clinton. Aparentemente. Na verdade era da boca pra
fora. Votaram em Trump. Querem ficar sozinhos, longe de indocumentados.
Voto cubano
O voto cubano, aqui em Miami, ou por toda a
Florida nada mais foi que o ódio da Castro que Trump resolveu que não teria
refresco como está tendo com Obama. Só.
É isso que esculhamba
Um candidato a presidente da República que seja réu
em primeira instância pode disputar e até tomar posse, se for eleito, de acordo
com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. Ele
afirma que a decisão da Corte de que um réu não pode ocupar a linha sucessória
não se aplica neste caso porque a Constituição determina que um presidente não
pode ser responsabilizado por atos estranhos ao mandato. Assim, eventual
processo ficaria suspenso enquanto o réu ocupasse a Presidência do país.