Quem pode, pode

Domingos Neto viabiliza reunião de prefeitos cearenses com ministros Kassab e Geddel

O deputado federal e presidente estadual do PSD, Domingos Neto, reuniu nesta quarta-feira (09), em Brasília, 17 prefeitos aliados para audiências com os ministros Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia e Comunicações, e Geddel Vieira Lima, Secretaria de Governo. As pautas das reuniões se referiam a criação de parcerias com o Governo Federal no sentido de viabilizar projetos e ações para os municípios cearenses. "Esse foi um momento muito importante para os futuros gestores cearenses. Nesse momento de crise, é essencial dialogar e buscar o apoio da União", destacou Domingos Neto. Os prefeitos eleitos que participaram dos encontros foram: Naumi Amorim (Caucaia), Zé Ailton (Crato), Luiz Menezes (Tianguá), Sônia Costa (Madalena), Chico César e Nezinho (prefeito eleito e atual prefeito de Horizonte), Zé Maria Lucena (Limoeiro do Norte), Canarinho (Mucambo), Júnior Fontenele (Martinópole), Júnior Saraiva (vice-prefeito de Capistrano), Glairton Cunha (Jaguaretama), Roberto Sávio (Apuiarés), Padre Pedro (Beberibe), Dr. Junior (Chorozinho), Neta (Jati), Dr. Rildson (Tabuleiro do Norte), Felipe Uchoa (Umirim), Franzé Carneiro (Ibicuitinga).

Opinião

janio de freitas
Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa as questões políticas e econômicas. Escreve aos domingos e quintas-feiras.

Trump reflete sociedade dividida entre vencedores e vencidos


Carlo Allegri/Reuters
Republicano Donald Trump, eleito presidente dos EUA
Republicano Donald Trump, eleito presidente dos EUA
Donald Trump saiu de junto dos seus cofres fortes para um importante favor ao mundo. Ainda que fosse derrotado, já o teria feito em grande parte, ao menos para quem quer ver o mundo como de fato é.
Vitorioso, Trump não é apenas mais um inesperado eleito para presidir a chamada democracia americana: em um século e pouco, é o mais representativo da índole majoritária nos Estados Unidos, da qual veio a comunhão bem sucedida entre o candidato e a maioria eleitoral.
Competitivo, ousado, bilionário, Trump reflete com perfeição a sociedade, como diz sua biógrafa Gwenda Blair, em que os homens são divididos e tratados como vencedores e vencidos.
Portador declarado de preconceitos racistas, exprime com propostas objetivas a rejeição, pela dominante parcela branca, que a lei não consegue evitar contra negros, latino-americanos, árabes, asiáticos, índios americanos e, por mais que um lado e outro o disfarcem, mesmo contra os judeus.
O simplismo do pouco que Trump falou sobre as relações internacionais, ou os focos de tensão, não contém ressalvas ao belicismo do seu país.
Breves citações à Coreia do Norte e ao Irã foram só para dizer que os Estados Unidos não podem admiti-los como países nucleares, o que é também o esperável da maioria que aprova ataques e invasões a países que nem sabe onde ficam. (Os americanos aprendem geografia com as guerras, dizem eles).
E tanto mais ou pior, porque se poderia mencionar as mortandades feitas pelo militarismo dos Estados Unidos mundo afora, com pleno assentimento da maioria nacional – e sem crítica de Trump senão para prometer o bem acolhido isolacionismo.
Quem fez menção ao estado da índole dominante americana foi Hillary Clinton. No seu último discurso, véspera da eleição: "Precisamos curar este país, temos de reunir as pessoas, de ouvir e respeitar um ao outro". Propõe-se cura para quem se sabe estar doente.
Se bem que Hillary, quando integrante do governo Obama, foi avalista de ações de guerra. E não reagiu à falta de atitudes efetivas contra a violência interna, em particular a dirigida aos negros.
Já foi possível aprender ou saber mais, graças a Trump, sobre as ideias da maioria politicamente ativa dos americanos que a identificam com o candidato do egocentrismo nacional. Trump foi eleito por uma multidão de trumps. Mas de como será ele, quando submetido às circunstâncias da Presidência, só se sabe que não será o presidente prometido.

Opinião


TRUMP, 0 DR. FANTÁSTICO, E OS CAVALEIROS DO ARMAGEDOM.





Impossível não pensar na cena final do filme Dr. Fantástico - (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb) ao descobrir, no "day after" da eleição norte-americana, que Donald Trump tinha sido eleito Presidente dos Estados Unidos.

O filme, do diretor norte-americano Stanley Kubrick, de 1964, aborda com humor e sarcasmo a Guerra Fria e a possibilidade de um confronto nuclear, em um ano em que, por aqui, sofríamos na carne a divisão do planeta; os EUA se envolviam cada vez mais no Vietnã e em golpes sangrentos por todo o mundo; e a opinião pública ocidental estava tomada pelo impacto da construção do Muro de Berlim, e da então recente Crise dos Mísseis em Cuba.

O personagem que dá nome à obra é um cientista "ex-nazista" (existem ex-nazistas?), preso à cadeira de rodas, que, metaforicamente, se levanta dela no final da estória, em uma representação da ressurreição do fascismo que cairia muito bem nos dias de hoje, a começar pela própria eleição de Donald Trump.

O grande ator do filme é Peter Sellers, que faz três papéis, incluído o do Dr. Strangelove. 

Mas a figura que mais se identifica - até mesmo fisicamente - com o novo presidente eleito norte-americano, é, com certeza, a do Major T.J. "King" Kong, interpretado pelo ator Slim Pickens, que, como comandante da "fortaleza voadora", salta do avião no final do filme, com um chapéu de cowboy, montado na bomba atômica como se ela fosse um cavalo, em louca e frenética, apocalíptica, celebração da destruição e da morte.

Já dissemos em um artigo anterior sobre o tema, UM MALUCO NA CASA BRANCA, que Trump representa a ascensão hipócrita da "antipolítica" - e do fascismo - ao topo do "establishment" administrativo norte-americano, e, contra tudo e contra todos, tornou-se uma espécie de símbolo para a extrema-direita do mundo inteiro, a ponto de lideranças como Marine Le Pen, do Front National francês, o terem saudado como o advento de um "novo tempo", e de fascistas tupiniquins se manifestarem, ainda durante a campanha, em seu favor, em plena  Avenida Paulista, e contra a eleição de Hillary Clinton, a quem chamaram de "Dilma norte-americana", para a Casa Branca.

Sem precisar de razões ancoradas na realidade, ou de justificativa maior que "tornar a América grande de novo", e a rejeição aos políticos "tradicionais", os eleitores norte-americanos, e, principalmente os delegados dos "swing-states", que, teoricamente, poderiam ser comprados por um candidato bilionário, entregaram o poder a uma figura tão perigosa quanto controversa e imprevisível.

A polícia (também como costuma ocorrer em certos países) interferiu na campanha, a pouco mais de uma semana da eleição, lançando acusações relacionadas a emails não transcritos da candidata democrata, para depois negar, cinicamente, às vésperas do pleito, que algum indício de crime estivesse relacionado ao caso.

Seria interessante saber por que o Chefe do FBI, James Comey,  que é republicano, resolveu fazer esse desmentido na última hora.

Em política, tudo é uma questão de timing.

Feito o estrago contra Hillary, em uma campanha em que ela (como ocorreu também com outros personagens em certos países) foi tachada de corrupta sem nenhuma evidência jurídica que apoiasse essa acusação, o que aumentou o ódio - e a mobilização - dos eleitores de Trump em uma nação em que o voto não é obrigatório; talvez tenha sido preciso inocentar Hillary no último momento, não apenas para evitar acusações futuras de decisiva interferência no pleito, mas também para diminuir o ímpeto de seus eleitores, dando-lhes a certeza de que Trump certamente perderia, evitando que eles se esforçassem mais para comparecer em massa às urnas, para votar na candidata democrata.

Agora, será preciso esperar, para ver o que vai ocorrer com os EUA, e, também, com o mundo, nos próximos quatro anos, com Donald Trump na Casa Branca.

Teoricamente, ele é muito mais radical do que a candidata democrata, agora derrotada.

Mas foi ela, como Secretária de Estado, responsável pelas relações exteriores, que endossou, ou melhor, promoveu, no primeiro  mandato de Obama, alguns dos maiores erros cometidos pelos EUA, em matéria de política externa, nos últimos anos.

O seu apoio à malfadada e mentirosa "primavera" árabe, com a derrubada de Khadafi - e o seu assassinato por terroristas apoiados pelos EUA - a queda do governo no Egito, que levou os militares de volta ao poder naquele país, com a implementação de uma ditadura de fato, depois de uma eleição controversa; o maior envolvimento dos EUA no Iraque e as suas tentativas frustradas de derrubar o Presidente sírio Bachar Al Assad, ajudaram a criar um monstro chamado Exército Islâmico, destruíram países estáveis levando-os a horripilantes guerras civis, e causaram centenas de milhares de mortes, principalmente de velhos, mulheres e crianças, levando à crise dos refugiados, que obrigou milhões de pessoas a deixar os seus países para encontrar a morte nas águas do Mediterrâneo, ou enfrentar um destino amargo e incerto, em países como a Turquia, ou em uma Europa que não os quer, que neles vê um estorvo e um perigo, e que os tratará como animais, discriminando- os por sua cor e sua cultura.

Trump, paradoxalmente, parece se dar bem com regimes de força, como o chinês e até mesmo com os russos, principalmente Putin, a quem parece admirar pela sua personalidade forte e - quem sabe - seu físico de atleta.

Resta saber se isso não vai mudar depois que ele se sentar, com o seu queixo erguido e seu topete postiço, na cadeira mais poderosa do planeta, tendo, ao alcance de sua mão, os códigos para ordenar um ataque nuclear que poderia dar início ao Armagedon.

Nesse caso, com um Presidente na Casa Branca com uma trajetória menos previsível que a de um asteróide gigante dirigindo-se  para a Terra, só podemos rezar e pedir, já que os eleitores norte-americanos não o fizeram, que Deus nos ajude, a nós e a nossos filhos e netos, nos próximos anos. ]

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

O mundo ta doidim doidim

Após eleição de Trump, Califórnia pede independência dos Estados Unidos

Movimento "CalExit" em estado progressista ganhou força com "Brexit"

Embalado pela saída do Reino Unido da União Europeia -- o "Brexit" -- e pela eleição do republicano Donald Trump, ganhou força, com milhares de adesões desde terça-feira (8), um movimento para tornar o estado da Califórnia independente dos Estados Unidos. Nomeado "CalExit", o movimento busca adesão massiva da população do estado para realizar o referendo no início de 2019.
Um dos estados mais progressistas da federação, ao lado de Nova York, e que deu a vitória à candidata democrata Hillary Clinton, a Califórnia tem uma economia mais forte que a da França e uma população maior que a da Polônia, de acordo com dados da campanha "Yes California". No manifesto, os organizadores argumentam que os valores norte-americanos estão em conflito com os valores californianos e a manutenção do estado na federação significa que a Califórnia "continuará subsidiando os outros estados em detrimento próprio e em detrimento de nossos filhos".
"É sobre Califórnia tomando seu lugar no mundo, estando como um igual entre nações. Acreditamos em duas verdades fundamentais: (1) a Califórnia exerce uma influência positiva sobre o resto do mundo, e (2) a Califórnia poderia fazer mais bem como um país independente do que é capaz de fazer como um simples estado dos EUA", justifica o documento, disponível no site Yes California.
Entre os argumentos, o movimento lembra que a Califórnia, "claramente inclinada para a esquerda politicamente", na maioria das vezes, não é governada pelo candidato que escolhe nas eleições para presidente dos Estados Unidos e traça um panorama de dissonância entre a opção do estado por representantes da Câmara e do Senado do Partido Democrata e a dos demais estados por parlamentares republicanos.
O "CalExit" enumera 9 pontos para sustentar o desligamento do estado da federação:
1) Paz e segurança: o governo dos EUA gasta muito com as Forças Armadas e a Califórnia é obrigada a subsidiar o enorme orçamento militar; os californianos são enviados para lutar em guerras que perpetuam o terrorismo em vez de abatê-lo; os terroristas podem querer nos atacar porque somos parte dos EUA e somos culpados por associação;
2) Eleições e governos: os votos eleitorais da Califórnia não afetam as eleições presidenciais desde 1876; os resultados são conhecidos antes que nossos votos sejam contados; por que deveríamos nos sujeitar a presidentes que não elegemos, e a 382 representantes (da Câmara) e 98 senadores?
3) Comércio e regulamentação: O governo federal mantém um sistema de comércio oneroso que prejudica a economia do estado; os Estados Unidos estão arrastando a Califórnia para o acordo de Parceria Trans-Pacífico, que está em conflito com nossos valores;
4) Dívida e impostos: Desde 1987, a Califórnia tem subsidiado os outros estados com uma perda de dezenas e às vezes centenas de bilhões de dólares em um único ano fiscal. Como resultado, somos muitas vezes forçados a aumentar os impostos e cobrar taxas na Califórnia, e emprestar dinheiro do futuro para compensar a diferença;
5) Imigração: A Califórnia é o estado mais diversificado dos Estados Unidos e isso é algo de que nos orgulhamos. Esta diversidade é uma parte central de nossa cultura e uma parte indispensável de nossa economia. Nosso sistema da imigração foi projetado pela maior parte pelos 49 outros estados há 30 anos. Este sistema de imigração desde então negligenciado as necessidades da economia da Califórnia e tem ferido muitas famílias da Califórnia;
6) Recursos naturais: Certos minerais e outros recursos naturais como carvão, petróleo e gás natural estão sendo extraídos da Califórnia por taxas de valor de mercado abaixo de empresas privadas com a permissão do governo dos Estados Unidos. Embora uma pequena parcela da receita seja compartilhada conosco, nossa participação foi retida durante os períodos de sequestro. Isso significa que o governo dos EUA está pagando suas dívidas com royalties cobrados de vender os recursos naturais da Califórnia; 
7) O ambiente: A Califórnia é um líder global em questões ambientais. No entanto, enquanto os outros estados continuarem a debater se a mudança climática é ou não real, eles continuarão a realizar esforços reais para reduzir as emissões de carbono. A verdade é que este país responde por menos de 5% da população mundial e ainda consome um terço do papel do mundo, 1/4 do petróleo do mundo, 27% do alumínio, 23% do carvão e 19% do cobre;
8) Saúde e medicina: O Ato de Cuidados Acessíveis foi promulgado pelo Governo dos EUA para reduzir o custo dos cuidados de saúde e expandir a cobertura de seguro de saúde para os não segurados, mas milhões de californianos ainda não têm acesso a cuidados de saúde de qualidade, porque eles não podem pagar. A independência significa que podemos financiar os programas de cuidados de saúde que queremos e garantir que todos tenham acesso aos medicamentos de que necessitam porque os nossos impostos deixarão de subsidiar outros Estados.
9) Educação: A Califórnia tem algumas das melhores universidades, mas de várias maneiras, nossas escolas estão entre as piores do país. Independência significa que seremos capazes de financiar integralmente a educação pública, reconstruir e modernizar as escolas públicas e pagar aos professores das escolas públicas os salários que merecem.

COluna do blog


O que pode Trump fazer na Economia?
Atlanta(Geórgia-EUA) 12  graus  - Muitas das promessas econômicas de Donald Trump exigem cooperação com o Congresso e o Supremo Tribunal. Construir um muro na fronteira com o México e reduzir impostos para os mais ricos são promessas eleitorais de Donald Trump que exigem prévia cooperação com outros órgãos de soberania para serem implementadas. O mesmo será exigido no chumbo do plano de Obama, que permitiu deu a milhões de americanos ter acesso a seguros de saúde, entre outras matérias que exigem concertação com o Congresso - Senado e Câmara dos Representantes, ambos controlados pelos republicanos - e o Supremo Tribunal. Segundo um trabalho publicado na edição de setembro da revista New Yorker, sobre o que poderia Donald Trump fazer no domínio da economia caso fosse eleito presidente dos EUA, o poder executivo não lhe permitiria implementar muitas das promessas feitas. Contudo, as fontes ouvidas pela New Yorker admitiam que Donald Trump usasse os seus poderes executivos para cancelar as negociações sobre o Acordo de Livre Comércio Transpacífica, desregular os preços da energia ou agravar as tensões comerciais com Pequim.

A frase: "Não sei como seguimos em frente a partir daqui. É a América um Estado e uma sociedade falhados? Parece verdadeiramente possível.""Muito provavelmente estamos a encarar uma recessão global, sem fim à vista. Suponho que de qualquer modo podemos ter sorte. Mas na Economia, como em tudo o resto, algo terrível acabou de acontecer.": "Provavelmente estamos a encarar uma recessão global". Paul Krugman, Nobel de Economia.



Uma reunião, urgente (Nota da foto)
Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, endereçaram uma carta ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitando a realização de uma cimeira UE-EUA o quanto antes. Juncker e Tusk referem algumas das questões que preocupam as lideranças dos dois lados do Atlantico. Combate ao Estado Islâmico, o conflito na Ucrânia, as alterações climáticas ou a crise dos migrantes e refugiados são alguns dos exemplos dados. O mundo inteiro com medo do cara.

Porco-chauvinista
O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, considerou que a vitória de Donald Trump nos EUA é um aviso para a Alemanha e para a Europa. "Trump é o pioneiro de um novo movimento autoritário e chauvinista", declarou o também líder do SPD ao jornal 'Funke Mediengruppe'.

Otam: Liderança americana é "mais importante do que nunca"
O secretário-geral da Otam felicitou hoje o presidente eleito norte-americano, Donald Trump, com quem espera encontrar-se "em breve" para discutir a cooperação futura.Numa declaração divulgada em Bruxelas, sede do quartel-general da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg sublinha que no "novo ambiente de segurança, que inclui guerra híbrida, ciberataques e a ameaça do terrorismo", a liderança dos Estados Unidos "é mais importante que nunca", mas sustenta também que "uma NATO forte é boa para os Estados Unidos".

Melania Trump:fora de casa
Melania Trump é a segunda primeira dama nascida fora dos EUA, na Eslovénia, em 1970. A primeira foi Louisa Adams, que nasceu no Reino Unido, em 1775. Era a mulher de John Quincy Adams, que foi o sexto presidente dos EUA entre 1825 e 1829.

Extrema-direita europeia festeja vitória de Trump
Além de Marine Le Pen, a presidente da francesa Frente Nacional, uma das primeiras figuras a felicitar Donald Trump, também o seu pai, Jean-Marie Le Pen, afirmou: "Hoje são os Estados Unidos, amanhã é a França!"

Na Alemanha
A vice-presidente do partido anti-imigração Alternativa para Alemanha, Beatrix von Storch, declarou: "A vitória de Donald Trump é um sinal de que os cidadãos do mundo ocidental querem uma clara mudança na orientação política."

Na Itália
O líder do partido italiano xenófobo Matteo Salvini disse que a vitória do republicano Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos significa a "vingança do povo" contra os banqueiros, os especulados, as sondagens e os jornalistas.

Absurdo
Sabe quanto um botequim está cobrando por uma empadinha de palmito no aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza? R$14,00. É mole ou quer mais?

Cadê a atenção
O Ministério Público é tão atento à roubalheira contra o povo e não toma um rumo nessa história do aeroporto de Fortaleza. Hora estacionada R$14,00,coincidindo com o preço de uma empadinha.



Bom dia

CE Pacífico apresenta Comitê de Governança do Tempo de Justiça nesta sexta-feira (11)

O Pacto por um Ceará Pacífico lança, na manhã desta sexta-feira (11), o Comitê de Governança do Tempo de Justiça. A reunião está marcada para as 10 horas, no Palácio da Abolição, e envolve as principais instituições parceiras ligadas ao tema: Governo do Ceará, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública Geral.

O Tempo de Justiça visa a dar celeridade ao julgamento de processos que envolvem homicídios com autoria conhecida. Na reunião serão apresentados detalhes do projeto e as responsabilidades de cada ente no trâmite dos casos.


Serviço

Lançamento do Comitê de Governança do Tempo de Justiça

Data: 11/11/2016 (sexta-feira)
Horário: 10h
Local: Palácio da Abolição (Rua Silva Paulet, 400, Meireles)

O trem ta feio

Aqui nos EUA tem movimentos de ruas, no país inteiro, contra a eleição de Trump. Pode até não dar em nada, mas está dando uma péssima imagem da vitória.

Opinião

Cautela e Serenidade

Apesar da surpresa inicial em vista das pesquisas que apontavam a possível vitória da candidata democrata, Hillary Clinton, os efeitos para o Brasil, do resultado indicando o republicano Donald Trump como presidente eleito dos Estados Unidos, devem ser avaliados com cautela. O entendimento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) se baseia na forte relação institucional entre nosso país e os EUA, considerados parceiros em várias áreas.

 O setor industrial cearense espera que o apelo inicial de Trump logo após a definição do pleito, no sentido de propor a união, sirva de inspiração para que a gestão do futuro presidente aconteça da forma mais serena possível. A FIEC confia ainda que as instituições americanas, ancoradas nos valores de uma sólida democracia, serão determinantes para impedir que ações voluntaristas comprometam as relações dos Estados Unidos com o resto do mundo.

Beto Studart, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)

O perde-ganha americano

Hillary teve pelo menos mais 140 mil votos que Trump

Clinton superou Trump em número de votos - 59,18 milhões para a democrata contra os 59,04 milhões do republicano
A candidata democrata à presidência norte-americana, Hillary Clinton, conquistou mais votos que o seu adversário republicano Donald Trump, cuja vitória antecipa uma continuação dos conservadores no Supremo Tribunal, para alívio dos tradicionalistas religiosos, ativistas de armas e interesses financeiros.
Clinton superou Trump em número de votos - 59,18 milhões para a democrata contra os 59,04 milhões do republicano -, um número que pode aumentar ligeiramente a favor de Hillary Clinton enquanto avança o escrutínio na costa oeste e no Alasca.
Normalmente, o vencedor da maioria dos 538 lugares do Colégio Eleitoral tem uma maioria do voto popular, mas há exceções, como ocorreu em 2000, quando o republicano George W. Bush chegou à presidência norte-americana, apesar de ter menos 500.000 votos que o democrata Al Gore.
Com vitórias nos estados da Flórida, Pensilvânia e Ohio, Trump conquistou a chave da Casa Branca.
O candidato do Partido Libertário (terceiro maior partido dos EUA), Gary Johnson, recebeu cerca de quatro milhões de votos, enquanto a candidata do Partido Verde, Jill Stein, obteve cerca de 1,1 milhões de votos.
Trump impôs-se nos estados decisivos nas eleições presidenciais desta terça-feira, em particular em lugares considerados seguros para os democratas, conquistando assim mais do que os 270 votos que garantem a presidência.
Quando ainda falta confirmar os resultados em Arizona, Michigan e New Hampshire, Trump obteve 279 votos, contra 218 para Clinton.
No Supremo Tribunal, os resultados eleitorais deverão garantir, possivelmente durante a próxima geração, uma viragem à direita.
Caso Hillary Clinton tivesse chegado à Casa Branca nestas eleições, poderia ter conquistado uma maioria progressista nesta alta instância, pela primeira vez desde 1969.
O colégio do Supremo Tribunal é constituído por nove juízes, estando atualmente reduzido a oito - quatro conservadores e quatro progressistas -, desde a morte, em fevereiro, do magistrado Antonin Scalia, um dos pilares da direita conservadora.
Em caso de morte ou reforma de um dos juízes, a sua substituição é indicada pelo Presidente e, depois, confirmada pelo Senado. No entanto, este órgão rejeitou reiteradamente aceitar o magistrado Merrick Garland, escolhido por Barack Obama para substituir Scalia, uma estratégia criticada por prejudicar o normal funcionamento das instituições.
Agora, Trump está em posição de nomear o nono juiz do Supremo Tribunal, e a sua escolha será forçosamente aprovada pelo Senado, que conservou, nestas eleições, a maioria republicana.
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, venceu as eleições, tornando-se o 45.º Presidente norte-americano, cargo que ocupará a partir de 20 de janeiro de 2017.

É bom prestar atenção nas coisas que o Trump disse e diz

Seis promessas de Trump e o que ele pode mesmo fazer com elas

Donald Trump no discurso de vitória
O candidato Trump fez promessas controversas e afirmou que certos compromissos internacionais poderiam ser revistos. O que pode e não pode ele fazer?
Uma maioria republicana na Câmara dos Representantes e no Senado é uma ferramenta tentadora para um presidente eleito com um programa ambicioso. Mas a relação conflituosa de Donald Trump com alguns responsáveis do partido republicano e os efeitos colaterais a nível popular de algumas medidas poderão constituir os maiores travões à sua concretização. Aqui ficam seis frases da campanha e os desenvolvimentos mais prováveis.
"Durante a Guerra Fria, tínhamos um teste ideológico. É tempo de desenvolver um novo teste para as ameaças que enfrentamos hoje. Chamo-lhe a seleção radical [dos imigrantes].
A construção de um muro ou vedação ao longo da fronteira com o México, que já existe parcialmente, seria dispendiosa. Segundo o próprio Trump teria um custo de oito a 12 mil milhões de dólares (7,2 a 10,8 mil milhões de euros). O projeto teria de passar pelo Congresso, onde muitos republicanos são reticentes à presença em larga escala de migrantes clandestinos e legais, que consideram uma ameaça à mão-de-obra americana. Por outro lado, os elevados custos da construção do muro, a pressão de grupos ligados a empresas que beneficiam da mão-de-obra estrangeira e da comunidade hispânica pode acabar por bloquear ou reduzir substancialmente os objetivos iniciais de Trump.
Acompanhe aqui em direto o dia a seguir às eleições:
"Vamos fechar acordos comerciais muito bons".
A margem de manobra de Trump é limitada. Pode abster-se de aprovar a Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês) ou forçar a renegociação do acordo de comércio livre com o México e o Canadá, (NAFTA, em inglês) e impor uma política fiscal mais dura para com as exportações provenientes da China, mas tudo isto não deixaria de ter repercussões negativas na economia americana. Os países afetados podem retaliar, impondo taxas sobre os produtos americanos, ao mesmo tempo que o fim dos espaços de comércio livre significaria que a importação de produtos estrangeiros ficaria também mais dispendiosa, refletindo-se num aumento do preço desses bens.
"Imediatamente após a tomada de posse, vou pedir às chefias militares para me apresentarem um plano, no espaço de 30 dias, para derrotar o Estado Islâmico. O que vai implicar um combate militar, cibernético, financeiro e tecnológico".
É fácil afirmar que se neutraliza um grupo terrorista. Mais difícil é concretizá-lo. A referência à componente militar, tecnológica e financeira significa que Trump está a par das múltiplas dimensões do desafio do terrorismo islamita. O novo presidente recusa a entrada de refugiados sírios nos EUA, e de muçulmanos em geral, defendeu a criação de zonas tampão para acolher aí as pessoas que procuram fugir ao conflito. A criação destas zonas seguras levanta a questão de como seria garantida a sua segurança - de forma unilateral pelos EUA e/ou NATO - ou no quadro de uma missão da ONU, onde seria certo o veto da Rússia. Questão conexa, o custo da criação e manutenção dessas zonas, que Trump afirmou que seriam financiadas pelos Estados do Golfo. O que também não é certo.
"O presidente Obama disse que quando um telemóvel novo aparece e tem problemas, é reparado e se acaba por se incendiar, então retiram-no do mercado. Pois olhe, é o que vou fazer com o seu Obamacare".
Este é um ponto em que Trump pode, de facto, atuar, mas as consequências políticas podem revelar-se contraproducentes. Com a maioria em ambas as Câmaras, os republicanos, com 51 votos, no Senado, precisam apenas de mais nove para revogarem a legislação conhecida como Obamacare. Se não é certo que consigam esses votos, até por estar em causa o legado da administração Obama, a reação de muitos americanos será negativa. O fim do Obamacare comprometeria o seu acesso a cuidados de saúde. Trump tem defendido um maior controlo estadual sobre os planos de saúde para os desfavorecidos e a criação de seguros a nível nacional para garantir o acesso à saúde. Trump pode ainda interferir no alcance do Obamacare com a nomeação de responsáveis para a direção do programa.
"Se baixarmos nossos impostos e removermos alguma legislação (...) então não há limite para o número de postos de trabalho que podemos criar".
A redução de impostos, a que Trump quer associar um maior rigor na sua aplicação, conjugada com a manutenção de programas sociais, que representam um terço da despesa pública, segundo a Reuters, levaria ao aumento da dívida pública, ainda que o novo presidente afirme que deseja acabar com isenções e benefícios atualmente em vigor. No primeiro ponto, a maioria republicana seria favorável a medidas nesse sentido; mas o impacto do segundo aspeto no orçamento federal não será bem visto por muitos setores daquele partido.
"Há muitos anos que somos desrespeitados, gozados e burlados por outros, que têm sido mais espertos, mais astutos e mais duros".
É talvez um dos pontos em que irão revelar-se mais notórias as diferenças entre o dito na campanha e a linha de atuação do novo presidente. É impossível pensar numa redução do envolvimento americano na Aliança Atlântica ou numa política de complacência para com o regime de Vladimir Putin. Haverá certamente diferenças face à anterior administração, mas o reconhecimento da anexação da Crimeia ou a suspensão das garantias de apoio a um país aliado, ao abrigo do artigo V do Tratado da NATO, como Trump deixou no ar em julho, são impossíveis. Então, Trump argumentou que "primeiro teria de ver se esse país cumpria com as responsabilidades financeiras" para com a Aliança, referência à meta das despesas com a Defesa que devem corresponder a 2% do PIB de cada Estado membro, o que a grande maioria não cumpre. Uma das prioridades da NATO é conseguir que os seus membros adiram aquela meta. Noutro plano, as palavras de Trump traduzem o distanciamento face à convicção recorrente em Washington que vê nos EUA uma "nação indispensável" no mundo e que conduziu a envolvimentos em dispendiosas operações militares no Iraque e no Afeganistão. As relações com a Arábia Saudita e o Japão foram também criticadas por Trump, afirmando que, no primeiro caso, os EUA deveriam deixar de comprar petróleo saudita, pois não só possuem produção própria suficiente como têm fontes alternativas de aquisição. No segundo caso, existe a obrigação, que o novo presidente considera "unilateral, dos EUA em defenderem o Japão, país que está constitucionalmente impedido de ter forças armadas e que gasta apenas cerca de 1% do PIB em Defesa. A referência à renegociação do acordo nuclear com o Irão também não surge como uma hipótese realista.