DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

 

Com dois novos planos e mais de 220 iniciativas, Governo Federal reforça meta de acabar com a fome no Brasil
 

Presidente Lula participa de série de anúncios para garantir alimentação mais saudável a todos os brasileiros, além de produção mais sustentável e que priorize a agricultura familiar e o pequeno produtor


 

O presidente Lula, a primeira-dama Janja e ministros durante cerimônia em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, no Palácio do Planalto - Foto: Ricardo Stuckert / PR
 

Um Brasil que se alimente bem é prioridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde seu primeiro mandato, em 2003. E é ele próprio quem explica o porquê: “É porque eu sei o que é uma criança ir dormir sem ter o que comer. Eu sei o que é um jovem adolescente ir dormir sem ter o que comer. Eu sei o que é você passar o final de semana sem ter um bocado de feijão para colocar no fogo. A fome é um ponto crucial”, declarou o presidente durante cerimônia, no Palácio do Planalto, em homenagem ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, em mais de 150 países.
 

“Em 2014, a FAO anunciou que o Brasil estava fora do mapa da fome. Para tirar levou muitos anos, mas, para destruir, levou poucos meses. E a nossa ideia é tirar todos da fome, novamente, até terminar o mandato, em 2026”

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
 

Durante o evento, foi anunciada uma série de medidas voltadas para o combate à fome, em prol de uma alimentação saudável, além da redução da insegurança alimentar e nutricional, especialmente a grave, em todo país. Entre os principais lançamentos estão o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab) e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), para garantir comida na mesa de todos os brasileiros, além de um sistema de produção de alimentos saudáveis que seja sustentável, que valorize os pequenos produtores, cooperativas e associações, por exemplo, e o óbvio: acabar com a fome em todo território nacional.
 

“Em 2014, a FAO anunciou que o Brasil estava fora do mapa da fome. Para tirar levou muitos anos, mas, para destruir, levou poucos meses. E a nossa ideia é tirar todos da fome, novamente, até terminar o mandato, em 2026”, prometeu o presidente Lula. “Nós sabemos a quantidade de alimento que se perde entre a produção e o consumo. Nós sabemos a quantidade de alimento que sobra nos restaurantes por esse país afora, nas empresas. E, ainda assim, a gente fica estarrecido com o número de 733 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer. É uma coisa inexplicável”, lamentou.
 

Os planos foram construídos a muitas mãos, com contribuições de órgãos públicos, da sociedade civil e da iniciativa privada. “O Planapo vai ampliar a produção e o processamento de alimentos orgânicos e de base agroecológica, além de fortalecer a comercialização. São 197 iniciativas distribuídas em sete eixos, que têm como compromisso destinar R$ 6 bilhões em linha do Pronaf para produção orgânica e ou agroecológica, além de R$ 115 milhões em fomento, visando a inclusão produtiva”, explica o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
 

Sobre o Planaab, ele acrescenta que estão previstas 29 iniciativas e 92 ações estratégicas no plano. Entre suas medidas, está a ampliação de sacolões populares e centrais de abastecimento por todo o país. De início, serão implantadas novas seis centrais de abastecimento na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo (duas). Ao facilitar o acesso a alimentos saudáveis e frescos, o Alimento no Prato beneficia produtores e consumidores.

“O objetivo é criar um sistema de abastecimento inclusivo e estruturado, que garanta o direito à alimentação e à soberania alimentar, desde a produção até chegar no prato. Por isso, entre as iniciativas também está a produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis. Observando, principalmente, os alimentos da cesta básica consumidos pelo povo brasileiro”, afirmou Paulo Teixeira.
 


COMBATE À FOME — Além de garantir alimentos frescos e comida de qualidade para todos os brasileiros, as iniciativas apresentadas no Dia Mundial da Alimentação têm o propósito de acabar com a fome do país. “E, sim, temos o que comemorar. Encontramos o país com 33 milhões e 100 mil pessoas na insegurança alimentar e tiramos, no ano passado, 24,4 milhões de pessoas (do mapa da fome). No critério da FAO, nós reduzimos para 2,8% (nível de subalimentação) no ano de 2023 e, este ano, queremos atingir abaixo de 2,2%, para que a gente possa alcançar essa meta de retirar o Brasil da fome ainda neste mandato”, garantiu o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias.
 

“A gente pode dizer que existe seca, que existe excesso de chuva. A gente pode dizer tudo o que nós quisermos, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, de quem governa os estados. Acabar com a fome no Brasil e acabar com a fome no mundo não deve ser motivo de orgulho: é obrigação moral, ética, política e até humanista. É isso que nós estamos fazendo”, finalizou o presidente.
 

OUTROS ANÚNCIOS — Portaria do Programa Arroz da Gente prevê investimento superior a R$ 998,12 milhões em contratos de opção para diversificar e estimular a produção de arroz no país com a formação de estoques (compra) de até 500 mil toneladas e um volume equivalente às perdas estimadas na safra 2023/24. Os pequenos e médios produtores que quiserem produzir arroz poderão assinar contratos de opção com o governo, que garantirá a compra da produção com preço já estabelecido.
 

  • Reforma e Modernização dos Armazéns da Conab (Itaipu), com destinação de R$ 55 milhões.
  • Cessão de espaços na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
  • Edital de modernização de Bancos de Alimentos em Ceasas.
  • Fortalecimento de arranjos territoriais para produção, distribuição e consumo de alimentos saudáveis.
  • Edital para a 1ª edição do “Prêmio Agricultura Urbana”.

Candidatos apostam em polêmicas para desgaste de adversário em debate

 

                                  Foto do promotor na internet

No 2º turno da eleição pela Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) tiveram mais um confronto direto nessa quarta-feira
Disputando o segundo turno da eleição pela Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) se enfrentaram nessa quarta-feira (16) em debate, o segundo realizado nesta nova fase da disputa. O encontro foi promovido pelo Sistema Verdes Mares. Na ocasião, além de apresentar suas propostas para solucionar os problemas da cidade, os candidatos trocaram acusações, buscando realçar as diferenças entre si.
Na primeira parte do debate, com perguntas de tema livre entre candidatos, André questionou Evandro sobre os gastos com a reforma do plenário da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) - Evandro é deputado e o presidente da Alece. A reforma, feita com dispensa de licitação, custa um total de cerca de R$ 23 milhões. O petista rebateu citando o exemplo da obra de reforma do prédio do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), atingido por um incêndio, assim como a Alece.
Evandro apontou a falta de experiência do adversário e, em seguida, resgatou uma série de falas polêmicas de André sobre mulheres. O candidato do PL respondeu afirmando que são declarações antigas, da época em que fazia vídeos para a internet de comédia, mas que agora amadureceu e listou propostas voltadas para o eleitorado feminino, principalmente para mães.
No segundo bloco do debate, os candidatos trocaram perguntas sobre propostas para determinadas áreas. André destacou para a saúde a realização de parcerias e convênios com iniciativa privada, abertura dos postos de saúde aos finais de semana para realização de pré-natal e campanhas de vacinação, a extensão dos horários dos postos de saúde para realização de exames, entre outras.
Já Evandro apontou que André pretende, caso eleito, indicar a médica e deputada federal Maira Pinheiro (PL) para a Secretaria de Saúde de Fortaleza - ela ficou conhecida nacionalmente como a “Capitã Cloroquina” por defender o uso do remédio para tratamento da Covid-19 na pandemia, quando fazia parte do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). André negou, dizendo que ainda não escolheu nenhum secretário. O candidato do PL ainda atacou o governo de Elmano de Freitas (PT), aliado de Evandro, apontando que a fila de cirurgias eletivas não foi zerada nem o Hospital da Uece está funcionando.
Na educação, André garantiu zerar as filas das creches através de um “vale creche” pago pela Prefeitura para atender o público em unidades particulares onde não houver vagas em unidades do município; ele também prometeu implantar o ensino em tempo integral em todas as escolas até o fim do mandato. Evandro também prometeu zerar as filas das creches construindo novas unidades desse serviço com apoio do governo federal e acusou o adversário de querer privatizar a educação pública, o que André chamou de “fake news”.
Os candidatos responderam a perguntas de jornalistas no terceiro bloco do debate. Perguntado sobre a primeira proposta que enviaria para a Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), André falou em fazer uma “grande reforma administrativa” na Prefeitura, reduzindo o número de secretarias para 27.
Questionado sobre a atuação da Guarda Municipal em uma gestão sua, Evandro propôs integrar essa instituição com as forças de segurança do Estado, criar um pelotão da Guarda em cada regional, chamar aprovados no concurso, além de promover ações preventivas para a segurança pública. Evandro apontou isso como o seu diferencial para a área e acusou André de apoiar o armamento como solução para a segurança, reforçando seu vínculo com Jair Bolsonaro, acusando de escondê-lo da campanha.
Já no quarto e último bloco do debate, com perguntas de tema livre, André resgatou polêmicas de Evandro em relação ao esporte - o petista foi presidente do Ceará Sporting Club. André perguntou se Evandro se orgulhava pelo fato de um time cearense não subir para a série B, em referência ao Fortaleza Esporte Clube, maior rival do Ceará. O petista rebateu dizendo que tem orgulho das suas experiências, inclusive como gestor no time e chamou André “inexperiente” e “despreparado”. Nas considerações finais, os candidatos aproveitaram o tempo para reforçar acusações e polêmicas contra os adversários.
Por Igor Magalhães do jornal OEstadoCe

Homenagem na Alece


A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realiza sessão solene nesta quinta-feira (17) para concessão do título de Cidadã Cearense a Luiza Helena Trajano e Annette Thérèse Yvonne de Castro. O evento foi solicitado pela Presidência da Casa, atendendo a requerimento da deputada Jô Farias (PT). A sessão acontece às 17h, no auditório Murilo Aguiar, no Anexo I da Casa. Nota da Alece diz que a solenidade representa o reconhecimento do estado do Ceará às contribuições dessas duas lideranças femininas em suas respectivas áreas de atuação.

Capa do jornal OEstadoCe

 


O dia -

 


O grandão chega hoje com gosto de gás. Empurrando nuvens num dá licença, dá licença e vai entrando. Faça como o sol e empurre a vida de banda pra cuidar da alegria e da vontade de viver. Agora, pense comigo, ou sem migo: tem gente que só sobe ao palco pra pedir autógrafo,; nasceu pra bater palmas na plateia. E tem os que chegam agora e já querem sentar na janela. Ei ei...

Coluna do Macário Batista em 17 de outubro de 2024

Comissão do Parlamento vai discutir mudanças no título CPLP
A proposta de lei será enviada à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde será analisada e votada novamente. Segundo a jornalista Amanda Lima, a proposta do Governo para equiparar os títulos de residência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aos demais títulos de residência será discutida na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. A primeira análise será no dia 17 de outubro, hoje,às 17h30. A proposta de lei foi enviada para a comissão sem passar por votação no Parlamento. Não houve votação porque a mudança está incluída em uma proposta muito mais ampla, a qual já suscitou debates acalorados nesta manhã no plenário da Assembleia da República: a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) na Polícia de Segurança Pública (PSP). O texto é complexo e mexe com as atribuições de várias entidades do país. Na comissão em que será analisada, o texto também pode sofrer alterações antes de ser passar por votação geral e final. Mas o caminho da aprovação final e implementação pode ser longo. Depois das aprovações necessárias no Parlamento, será necessário ter aprovação do presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. O passo a seguir é a publicação no Diário da República (DRE). Mas, ainda sim, na prática leva mais tempo para valer. A ação vai exigir um trabalho por parte da AIMA em convocar todos os imigrantes para a mudança, sendo necessário meios humanos e tecnológicos. O objetivo do Governo é que os documentos, atualmente uma folha em papel com QR Code, se torne um título como os demais e tenha validade de, no mínimo, dois anos. Os imigrantes serão convocados para a recolha dos dados biométricos, como ocorre em outros processos de regularização. A mudança vai proporcionar que os cidadãos tenham acesso a direitos atualmente limitados, como a renovação, o reagrupamento familiar e a livre circulação no Espaço Schengen. Também foi aprovada em primeira fase o regime de transição para os imigrantes que não conseguiram ingressar com a manifestação de interesse e já estão com número da Segurança Social atribuído. O projeto de lei é da Iniciativa Liberal (IL). Assim como no caso da mudança na CPLP, é preciso percorrer o mesmo trâmite para que a lei esteja em vigor na prática.
A frase: “Me parece que, como os custos de não votar estão cada vez menores e há mais facilidade para se abster e justificar o voto, as eleições no Brasil estão ficando mais parecidas com eleições em que o voto não é obrigatório, daí as estratégias de mobilização [para as pessoas irem às urnas] contam mais”. Bruno Marques Schaefer-doutor em ciência política pela UFRGS
Saudades do Tio Ciro (nota da foto)
Antes de ir pra Paris, castigam as redes sociais, Ciro Gomes, uma das principais lideranças do PDT, já deixou claro que não irá apoiar o PT, repetindo a postura que adotou em 2018, quando se manteve neutro no segundo turno entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. "Não serei puxadinho do PT", afirmou o ex-presidenciável, reforçando o distanciamento que mantém do partido de Lula, mesmo com a aliança formal que existe entre as duas siglas no cenário nacional.
Mãe de leite
Desde que deu à luz a Maria Antonella, no dia 16 de setembro, a dona de casa Daniele Nogueira Gomes, 27, já doou quase dez litros de leite humano para o Hospital Regional Norte (HRN). A doação beneficiou os bebês da Neonatologia da unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), em Sobral.
E por falar em Sobral
Risco corre o município de ter um turno extra da eleição de outubro. Assim: O candidato que ganhou a eleição por pequena margem,em se tratando de Sobral, foi acusado formalmente de uma candidatura fora dos padrões.
Acusação
A deputada Lia Gomes foi ao meio fio e denunciou que o homem, Oscar Rodrigues, dono de universidade, anos atrás foi aposentado com Alzaimer, segundo laudos médicos. Pra ela o motivo da aposentadoria é falso.Vai render.
Vale o escrito?
Quantos prefeitos se elegeram com menos de 50%. Em 15% dos municípios, os eleitos tiveram menos da metade dos votos válidos. Em Piracanjuba (GO), prefeita eleita teve 23,1%.

Bom dia

 

Opinião
Chegando o fim do ano um mundaréu de gente se arruma pra viajar. Destinos mais buscados são EUA e Europa, entrando por Lisboa. Aqui, os locais reclamam e os escribas reclamam.
Davide Amado, presidente da Conselheria do PS foi às teclas.
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Lisboa. Triste sina de quem não é turista

Recuemos a 1 de outubro, dia em que Carlos Moedas participou na conferência Habitar as Grandes Cidades. Para espanto de todos os que o ouviam, declarou o Presidente da Câmara: “Hoje, por exemplo, em Lisboa, 30% dos que nos visitam ficam em Alojamento Local (AL). Se nós, de repente, agora dissermos acabou, corta tudo, não há mais AL, para onde é que essas pessoas iam? Os preços dos hotéis, o que é que acontecia? Aumentavam brutalmente.”

Seria lógico que a última das preocupações de alguém eleito por lisboetas fosse a carteira dos turistas, muito menos a meio de uma crise habitacional. O debate em torno da habitação, ou falta dela, assume muitas vezes contornos de irracionalidade, mas não lembra a ninguém sair em defesa de turistas que podem pagar a estadia, ao contrário de quem trabalha e vive na cidade e assiste ao disparar de preços sem o proporcional acompanhamento dos salários. Má sorte não ser turista.

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O AL e a sua combinação com políticas de Golden Visa e fiscalidade desagravada para atração de estrangeiros foram fatores decisivos para o sobreaquecimento do mercado da habitação. Tanto que, um pouco por todo o mundo, as restrições a este tipo de alojamento têm-se multiplicado. Nova Iorque mostrou um cartão vermelho aos alugueres temporários e decidiu que só são possíveis em endereços registados, para um máximo de duas pessoas e com a presença do proprietário. Tóquio e Vancouver também exigem que os anfitriões vivam nas casas que alugam, enquanto Londres e Paris limitam o número de noites em que uma propriedade pode ser alugada.

Embora com uma suspensão temporária de novas licenças para AL, Madrid tem vivido protestos massivos contra uma habitação cada vez mais inacessível. Em Valência recorreu-se à criatividade para interditar estes alugueres em casas acima do primeiro andar, esperando que a vista para um parque de estacionamento em vez do Mediterrâneo seja suficientemente dissuasora. Mais longe foi Barcelona, que não só não vai conceder novas licenças, como já anunciou a morte dos seus 10 mil apartamentos turísticos até 2028. Noutros países, como a Dinamarca, Finlândia, Croácia e Malta, optou-se pela restrição da venda de imóveis a não-residentes. Objetivo comum? Impedir pressões sobre o mercado imobiliário.

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Por cá, corre tudo tão bem que nos damos ao luxo de desfazer um caminho de regulação que já se tinha iniciado. O Presidente da República promulgou o regime jurídico que vai tornar mais difícil evitar novas aberturas ou conseguir encerramentos de AL, já que os condóminos deixam de poder opor-se a partilhar o seu prédio com turistas, devendo agora provar “incomodidade”. Marcelo Rebelo de Sousa também já tinha promulgado a revogação da Contribuição Extraordinária sobre os imóveis em AL.

Lisboa, que até foi pioneira nas restrições ao AL, começa agora a arrepiar caminho, mesmo que alguns estudos demonstrem que banir novos registos em áreas muito sobrecarregadas levaram a um menor aumento de preços na habitação. Recorde-se que em algumas freguesias o número de licenças de AL chega a ser mais de metade do número total de habitações, como Santa Maria Maior, onde o rácio em 2022 era superior a 71%. É por isso prioritário estabelecer um teto máximo para a cidade, que não deve ser superior a 5% das habitações disponíveis.

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É do interesse de todos, inclusivamente do AL, regular e fiscalizar o mercado, impedindo ilegalidades e especulação, mas é sobretudo preciso aumentar o parque público. Na mesma conferência em que Carlos Moedas defendeu o bolso estrangeiro, uma investigadora trouxe novos dados a público: uma em cada quatro casas construídas desde 2006 está vazia por causa da especulação imobiliária. Só na capital são quase 50 mil.

A câmara, que tem um financiamento inédito para o setor (560 milhões de euros entre PRR e Orçamento do Estado), tem de construir e reabilitar, disponibilizando casas para quem mais precisa e também para a classe média, evitando o esvaziamento e a morte dos seus bairros. Talvez assim consiga convencer os lisboetas que governa a cidade a pensar neles, e não nos turistas.

O dia -

O ruim de errar é não ter como pedir desculpas, seja pela ausência, seja por muitos quando o erro chega a mais de uma pessoa ou coletivo. Dói pelo erro involuntário, dói por não olhar no olho e dizer, me perdoe; foi sem querer, por ignorância, por desconhecimento, ou por não saber o que estava fazendo só tentar apagar erros dos outros. Seja como for, o sol que nasce com o novo dia que ilumine de perdão a quem humildemente pede desculpas. Mais que desculpas, pede perdão.

Proposta com orçamento do Estado para 2025 começa a tramitar na Alece em próxima sessão

 


O Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) do Estado para 2025 deve iniciar a tramitação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) a partir da próxima sessão plenária da Casa. O PLOA já foi enviado pelo Governo do Estado para a Alece; o prazo final para o envio da proposta se encerrou nessa terça-feira (15). Como a sessão dessa terça foi levantada por conta do falecimento do ex-deputado estadual Francisco Austregésilo Rodrigues Lima, a matéria ainda não foi lida, o que seria o primeiro passo da tramitação.
Além disso, a assessoria da Assembleia ainda não confirmou se haverá sessão plenária na próxima semana; o período antecede o segundo turno da eleição municipal. Durante a semana que antecedeu o primeiro turno, o prédio da Alece foi fechado a pedido da Justiça Eleitoral já que o local é sessão de votação e não houve sessão plenária.
O PLOA estima a receita e fixa as despesas do Estado do Ceará para o exercício financeiro de 2025; os deputados estaduais só entram no recesso parlamentar ao fim do ano após a aprovação dessa matéria, que deve ser a última a ser analisada pelos parlamentares.
Após o recebimento da matéria, a Mesa Diretora da Assembleia a encaminha para a Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação (COFT) da Casa, presidida pelo deputado Sérgio Aguiar (PDT). "A partir daí, o deputado vai designar o relator do projeto da LOA e fixar prazo para a apresentação de emendas pelos parlamentares’, ressalta Carlos Alberto Aragão, diretor do Departamento Legislativo da Casa.

Os trabalhos legislativos na Alece estão funcionando em horários reduzidos em meio ao período eleitoral, com as comissões técnicas se reunindo às segundas-feiras para analisar matérias de autoria de parlamentares e de outros poderes e as sessões plenárias ocorrendo somente às terças-feiras para deliberar sobre as proposições. A Alece, por meio do diretor Carlos Alberto Aragão, informou que a redução do ritmo dos trabalhos não está prejudicando o fluxo das matérias legislativas.

Sarto manda orçamento pra 2025


Com previsão de R$ 14,7 bilhões, proposta da Lei Orçamentária Anual chega a CMFor

A gestão do prefeito José Sarto (PDT) encaminhou à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, com um valor total previsto para o orçamento da cidade de  R$ 14,7 bilhões; a quantia é 12% maior que o orçamento atual. O presidente da CMFor, vereador Gardel Rolim (PDT), recebeu nessa terça-feira (15) o projeto orçamentário das mãos do secretário adjunto da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPOG), Mário Fracolossi.

“A LOA é um dos principais instrumentos de planejamento do governo, pois define as prioridades e orienta a destinação dos recursos públicos para o próximo ano, garantindo a execução das políticas públicas previstas. Trata-se de um passo fundamental para assegurar uma gestão transparente e eficiente dos recursos. A partir de agora o projeto tramitará na Câmara Municipal de Fortaleza”, afirmou Gardel ao receber o documento.

Dos R$ 14,7 bilhões previstos no orçamento da Prefeitura de Fortaleza para 2025, R$ 1,2 bilhão está reservado para investimentos. As áreas prioritárias desses investimentos são saúde, com 26,8% do total; educação, com 23,25%; e urbanismo, com R$ 1,1 bilhão. Nessas áreas, destacam-se algumas entregas como a ampliação da telemedicina na Capital, a construção de mais oito Centros de Educação Infantil e a reforma e ampliação de 16 escolas; além da continuidade de obras de drenagem e pavimentação na periferia.

Na CMFor, o projeto da Lei Orçamentária Anual segue agora para análise da Comissão de Orçamento, Fiscalização e Administração Pública e deve ser discutido ainda em duas audiências públicas antes de ser votado pelos vereadores. Em seguida, retorna ao prefeito para que seja sancionado.

O orçamento previsto para a Prefeitura de Fortaleza em 2025 será fruto da proposta da atual gestão do prefeito José Sarto mais as modificações feitas pelos atuais vereadores, mas a administração desses recursos caberá ao futuro gestor, a ser eleito no próximo dia 27 de outubro; a fiscalização da aplicação desse orçamento caberá à futura composição do Legislativo municipal.