Fabrício Moreira da Costa está com Nelson Faheina Faheina e outras 2 pessoas em Icó - Ceará.
Chame o garçom!
Lendo há pouco um texto do nosso querido Giovani Olímpio, homem afeito ao riso e à felicidade plena, ele se lembrava dos bons tempos do CRI – Clube Recreativo Iguatuense – e dos garçons que, à época, atendiam a moçada. Cada um com seu estilo próprio, uma sabedoria aqui e ali, e muitas histórias lançadas à eternidade.
Daí, ressuscito também as belas e tradicionais festanças de Icó, no Cabana Clube, como o Réveillon e o Havaí. Na cidade dos contrastes, o Réveillon acontecia do dia 1º ao segundo dia de janeiro de cada ano, enquanto o Havaí era realizado no mês de julho, período das férias dos estudantes e dos conterrâneos espalhados pela federação.
Dr. João Félix, já em outro plano celestial, era um homem sério, seguro e rigoroso, embora apreciasse também as festas e um bom bate-papo. Nos bailes do Cabana Clube, seu garçom preferido era o Mazim, que sempre se apresentava bem trajado, educado e solícito aos clientes.
No entanto, Dr. João começou a perceber que sua conta sempre apresentava um acréscimo, apesar de sua lucidez quanto ao que bebia e consumia nas noitadas ao som das extraordinárias bandas que animavam aquele efervescente período em Icó.
Para resolver a dúvida, ele teve uma ideia: a cada rodada de uísque, colocava um pedaço de palito no bolso. E assim fez o primeiro teste.
– "Mazim, a conta, por favor!" "É pra já!", respondia o garçom.
A conta apresentada: 15 doses de uísque. E aí começava o tira-dúvidas.
– "Mazim, por favor, só tenho 10 palitos no bolso. Você está cobrando 15 doses. O que tem a dizer?", questionou.
A resposta veio em seguida:
– "O que passar, meu doutor, não me leve a mal, é o dinheiro do leite dos meninos durante toda a semana."
Dr. João Félix olhava sério, depois ria em sua direção, e a festa continuava sem qualquer problema!
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).
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Pompeu Macario Batista
Pois bem; perco jamais um conto. Nosso Nelson Faheina chegou num bar na Piedade, em Fortaleza, onde sempre "matava o bicho" pra aquecer a palavra. Nessa manhã de um sábado como hoje, tinha , escorado no balcão um cliente que Faheina não via havia seman…
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Autor
O veterano jornalista Nelson Nelson Faheina sabe que não há nada mais prazeroso do que recordar os tempos em que, com formalidade, apresentava e produzia matérias para a TV, levando informações da capital aos sertões para nossos irmãos cearenses. Seu parceiro de longa data, Macario Batista, também é conhecedor desse prazer e, após pendurar o paletó, a gravata e os sapatos bem engraxados, sempre encontra no barzinho de esquina o lugar mais acolhedor para relaxar. O Dr. Paulo Quezado costuma dizer que, em nossos sertões, vilas e lugarejos, temos nossos próprios códigos de conduta e de vida. Para aqueles que preferem a prosa sem formalismos, afirmo: poucas amizades se constroem apenas bebendo leite. É o aperitivo, a cerveja gelada, o fuxico da semana, as histórias engraçadas, os tropeços e triunfos, as emoções, as partidas e até algumas "mentirinhas" que fazem do bar um ponto de encontro onde todos se reúnem. Mas uma coisa é certa: as histórias que nascem ali perduram para a eternidade. Eu tenho centenas, Macário milhares, e Faheina, milhões. E uma verdade permanece inabalável para nós, frequentadores dos bares da vida: a tristeza não pisa na porta.
Bom dia!
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Pompeu Macario Batista
Só pra não ficar calado...Padre Vieira, querido e saudoso amigo, um dia na sua crônica no jornal O Povo - Cortes e um Recortes, escreveu uma delas com o titulo Bodega de Sertão. Isso tem mais de 60 anos e cê num quer que eu lembre todinha de cor, mas vou achar o livro Cem Cortes sem Recortes e trago proces. O Vieira era uma figura linda de quem nunca esqueço. E me fez filiado ao Clube Mundial do Jumento, que ele criou.